Outubro Rosa é um movimento internacional que busca conscientizar sobre o câncer de mama. Surgido na década de 1990, promove a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.
O laço rosa, símbolo reconhecido mundialmente associado à luta contra o câncer de mama, foi criado pela Fundação Susan G. Komen nos EUA e representa apoio, solidariedade e conscientização. Usar ou ver o laço rosa, faz lembrar da importância dos exames preventivos e do diagnóstico precoce.
No Brasil, a campanha iniciou-se em 2002 e foi oficialmente instituída em 2018, pela Lei nº 13.733. Atualmente, vem sendo considerada uma oportunidade para ampliar a abordagem da saúde da mulher e a prevenção do câncer, de forma mais ampla, incluindo também o câncer do colo do útero.
Durante todo o mês de outubro, diversas manifestações são realizadas para informar a população sobre os cuidados necessários. Palestras, caminhadas, iluminação de monumentos e ações nas redes sociais são alguns exemplos. Essas atividades ajudam a disseminar informações vitais sobre os sinais e sintomas do câncer de mama e a importância dos exames periódicos.
Segundo o Ministério da Saúde, o câncer de mama representa cerca de 28% dos casos novos de câncer em mulheres no Brasil. A doença também acomete homens, porém é raro, representando menos de 1% do total de casos. De acordo com o Atlas de Mortalidade do Instituto Nacional do Câncer – INCA, o número de mortes de pessoas com câncer de mama no Brasil, no ano de 2021, foi de 18.361 indivíduos e os novos casos foram 73.610 (2022).
Câncer de mama é o crescimento desordenado das células mamárias com potencial de invadir outros tecidos. É o tipo de câncer que mais acomete as mulheres no Brasil. Sua prevenção primária e detecção precoce contribuem para a redução da incidência e da mortalidade por essa neoplasia.
A prevenção primária do câncer de mama consiste em reduzir os fatores de risco modificáveis e promover os fatores de proteção para a doença. A prática de atividade física, a manutenção do peso corporal adequado, por meio de uma alimentação saudável, e evitar o consumo de bebidas alcóolicas estão associadas à redução do risco de desenvolver câncer de mama. A amamentação também é considerada um fator protetor.
O diagnóstico precoce consiste na abordagem oportuna das mulheres com sinais e sintomas suspeitos de câncer para identificação da doença em fase inicial, a fim de possibilitar tratamento efetivo e maior sobrevida. É importante informar as mulheres e os profissionais de saúde sobre o reconhecimento dos sinais e sintomas do câncer de mama, bem como organizar a rede de atenção à saúde para garantir o acesso rápido e facilitado ao diagnóstico e tratamento da doença.
A orientação é que a mulher observe e apalpe suas mamas sempre que se sentir confortável para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem técnica específica, valorizando-se a descoberta casual de pequenas alterações mamárias.
A segunda estratégia de detecção precoce do câncer de mama é o rastreamento mamográfico. Além de estar atenta ao próprio corpo, é recomendado que mulheres de 50 a 69 anos, de risco padrão, façam uma mamografia de rastreamento a cada dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes de a pessoa ter sintomas. A mamografia nesta faixa etária, com periodicidade bienal, é a rotina adotada na maioria dos países que implantaram o rastreamento organizado do câncer de mama e baseia-se na evidência científica do benefício desta estratégia na redução da mortalidade neste grupo.
Para mulheres com risco elevado de câncer de mama, recomenda-se que tenham acompanhamento médico individualizado, pois não há ainda uma recomendação específica para esse grupo.
Sinais e sintomas suspeitos do câncer de mama:
– Caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor;
– Pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações
no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos
mamilos;
– Nódulos no pescoço ou na região das axilas.
O tratamento do câncer de mama depende da fase em que a doença se encontra e do tipo de tumor. Pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica (terapia alvo).
O câncer do colo do útero é a terceira neoplasia mais frequente em mulheres no Brasil, com grandes desigualdades regionais e maior incidência e mortalidade nas Regiões menos desenvolvidas do País, em especial a Região Norte. Dados do INCA estimam 17.010 novos casos (2022) e 6.606 mortes (2021).
Está em curso uma chamada global para a eliminação da doença por ser praticamente 100% prevenível por vacina e rastreamento.
O câncer do colo do útero está associado à infecção persistente por subtipos oncogênicos do vírus HPV (Papilomavírus Humano), especialmente o HPV-16 e o HPV-18, responsáveis por cerca de 70% dos cânceres cervicais.
A recomendação atual é de vacinação com dose única para meninas e meninos com idade entre 9 e 14 anos, pois esta vacina é mais eficaz se usada antes do início da vida sexual.
A vacina também está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para pessoas de 9 a 45 anos vivendo com HIV/Aids, transplantados e pacientes oncológicos, que apresentam maior risco de desenvolver câncer e complicações relacionadas ao HPV. Estão incluídas, ainda, nessa faixa etária ampliada, as pessoas que foram vítimas de violência sexual, devido ao risco aumentado de desfechos negativos relacionados ao HPV, e também as portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PPR).
A detecção precoce do câncer do colo do útero é feita atualmente pelo exame citopatológico do colo do útero (Papanicolau), na faixa etária de 25 a 54 anos, a cada três anos.
Sintomas:
O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas em fase inicial. Nos casos mais avançados, pode evoluir para sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal, dor durante a relação sexual, dor abdominal e queixas urinárias ou intestinais.
O tratamento depende do estágio de evolução da doença e de fatores pessoais, como idade da paciente e desejo de ter filhos. Na maioria dos casos, em estágios iniciais, envolve cirurgia, por vezes seguida de tratamento complementar com quimioterapia ou radioterapia. Em estágios avançados, em que há comprometimento dos gânglios linfáticos (linfonodos) da pelve ou de outros órgãos, envolve uma combinação de quimioterapia e radioterapia ou apenas quimioterapia.
A vacinação contra o HPV e a realização do exame preventivo (Papanicolau) se complementam como ações de prevenção desse tipo de câncer.
Importância da conscientização
A conscientização sobre o câncer de mama e o de colo de útero é essencial para aumentar as taxas de diagnóstico precoce. Conhecer os sinais e sintomas pode salvar vidas. O movimento Outubro Rosa intensifica esforços para educar a população sobre a importância dos exames regulares.
Como parte das comemorações pelo Outubro Rosa, o INCA promove o evento: “Saúde da mulher: desafios e perspectivas para o controle do câncer”.
Serviço:
Data: 01/10/2024
Horário: 10 h
Local: Hospital do Câncer III – Auditório Gama Filho
Rua Visconde de Santa Isabel, 274 – 4º andar
Vila Isabel, Rio de Janeiro, RJ
Haverá transmissão ao vivo pela TV INCA
LINK:👇👇👇
https://www.youtube.com/live/d4lapkehjxQ
Fontes:
Agência Nacional de Saúde Suplementar
Instituto Nacional de Câncer (INCA)
Instituto Vencer o Câncer
FONTE: Datas da Saúde | Biblioteca Virtual em Saúde MS (saude.gov.br)
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abs
Carla
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