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quarta-feira, 7 de maio de 2025

CÂNCER: Quando a transfusão de sangue é necessária aos pacientes oncológicos?

 26 de maio de 2020

 ABRALE – Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia

 

Última atualização em 27 de junho de 2022

Os motivos para os pacientes precisarem receber sangue são variados, porém acontecem frequentemente. Doar sangue pode salvar a vida dessas pessoas

Escrito por: Natália Mancini

A transfusão de sangue em pessoas com câncer é um procedimento bastante comum. A quantidade de transfusões varia de acordo com o tipo de tumor, mas, os pacientes onco-hematológicos, normalmente, são os que mais necessitam. Assim, a doação de sangue se mostra um ato essencial para salvar a vida não só dessas pessoas, mas de qualquer um que possa precisar. E neste momento, essa informação deve ser ainda mais reforçada, por conta da atual situação dos estoques de sangue dos hemocentros. 

Dentre os principais motivos para receber sangue durante o tratamento oncológico está a cirurgia para retirada do tumor, a própria quimioterapia e o tumor em si. 

“As quimioterapias tradicionais bloqueiam o crescimento da maioria das células que crescem rápido, uma linhagem destas são as do sangue. Então bloqueamos, parcialmente, a produção de sangue pelo organismo”, explica o Dr. Rodrigo Santucci, diretor médico do Instituto Hemomed de Oncologia e Hematologia.

No caso dos pacientes com cânceres hematológicos, como as leucemias agudas, a demanda por transfusão de sangue pode ser maior. Isso acontece porque a doença se origina na medula óssea, órgão no qual o sangue é produzido. Assim, nesses casos, o tratamento atinge, principalmente, a medula e o bloqueio na fabricação é ainda maior.

De acordo com o Dr. Santucci, para esses pacientes a necessidade de transfusão de sangue acontece “geralmente, dez dias após a quimioterapia”.

 

Quando é preciso fazer transfusão de sangue em pessoas com câncer?

Na maioria dos casos, o paciente oncológico recebe em maior quantidade transfusão de plaquetas, célula sanguínea responsável pela coagulação. A razão disso é porque o bloqueio na produção das células sanguíneas acontece mais intensamente em relação a elas.

“A contagem muito baixa de plaquetas pode causar hematomas e sangramentos. Além também de poder atrasar os ciclos de quimioterapia e o resultado final esperado do tratamento”, diz o médico.

células sanguíneas dentro da veia

Entretanto, também pode ser necessário realizar a transfusão de sangue para casos que apresentem uma queda nos níveis de hemácias. Uma das principais razões para essa queda acontecer é a insuficiência renal e inflamação do corpo, efeitos colaterais da quimioterapia.

As hemácias são um tipo de glóbulo vermelho presente no sangue e, assim como todos os glóbulos vermelhos, contêm hemoglobina na sua formação. Além de ser responsável pela coloração dessas células, a hemoglobina distribui oxigênio para todo o corpo. Então, se o nível de glóbulos vermelhos estiver abaixo do limite, é possível que nem todos os órgãos recebam oxigênio suficiente e, consequentemente, não consigam realizar suas funções de forma adequada. Quando esse quadro acontece, considera-se que o paciente está com anemia.

“Anemia pode ocasionar cansaço, dor nas pernas, dor de cabeça e queda da energia do corpo. Assim, a pessoa acaba não tolerando bem o tratamento, diminuindo a aderência e aumentando a experiência negativa”, o especialista conta.

 

Qual a importância da doação de sangue?

É difícil estimar quantas bolsas de sangue um paciente precisa durante o tratamento, pois cada câncer apresenta diferentes características. Entretanto, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) considera que para atender as demandas dos pacientes nas suas unidades hospitalares é necessário, em média, 2 mil doadores por mês.

A Organização Mundial da Saúde considera que o ideal é que de 3% a 5% da população de um país seja doadora de sangue. Apenas 1,9% dos brasileiros têm esse hábito, quantidade insuficiente para manter os estoques dos hemocentros em um nível considerado adequado. 

Homem fazendo doação de sangue

Um dos motivos para essa situação acontecer é a periodicidade com que as pessoas realizam essa ação. Poucas dessas pessoas fazem “doações rotineiramente e o sangue é perecível, então precisamos constantemente de novas doações”, ressalta o Dr. Santucci.

Enquanto o plasma doado pode ser armazenado por até um ano, as hemácias podem ser utilizadas até 35 ou 42 dias após a doação. Porém, as plaquetas duram apenas cinco dias. Por isso a importância de realizar a doação de maneira rotineira, respeitando o intervalo de 90 dias, para as mulheres e 60, para homens.

 

 

FONTE: https://revista.abrale.org.br/

 




 

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla

 

 

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