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terça-feira, 5 de março de 2019

LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA (LMA): Terapia Alvo para

Equipe Oncoguia 
- Data de cadastro: 23/11/2018 - Data de atualização: 23/11/2018

A terapia alvo é um tipo de tratamento que usa drogas ou outras substâncias para identificar e atacar especificamente as células cancerígenas, provocando pouco dano às células normais. As terapias alvo são eficazes mesmo quando usadas isoladamente no tratamento da leucemia mieloide aguda, e quando administradas junto com a quimioterapia potencializam a resposta do tratamento.
As terapias alvo utilizadas no tratamento da leucemia mieloide aguda são:
Inibidores de FLT3
Em alguns pacientes com leucemia mieloide aguda, as células leucêmicas têm uma mutação no gene FLT3. Este gene ajuda as células a produzirem uma proteína, conhecida como FLT3, que ajuda as células a crescerem. Os medicamentos que têm como alvo a proteína FLT3 são usados no tratamento de algumas dessas leucemias.
Midostaurin. É um medicamento que bloqueia a FLT3 e várias outras proteínas nas células cancerígenas que ajudam as células a crescerem. Este medicamento é usado junto com determinados quimioterápicos no tratamento de adultos recém-diagnosticados cujas células leucêmicas têm a mutação do gene FLT3.
O midostaurin é administrado por via oral, 2 vezes ao dia.
Os efeitos colaterais frequentes podem incluir diminuição dos glóbulos brancos, febre, náuseas, vômitos, feridas na boca, dor de cabeça, dores musculares ou ósseas, hemorragias nasais, níveis elevados de glicose e infecções respiratórias. Com menos frequência, esse medicamento pode provocar problemas pulmonares, que podem se manifestar como tosse, dor no peito ou falta de ar. Informe seu médico, imediatamente, se apresentar qualquer um desses sintomas.
Inibidores da IDH
Em alguns pacientes com leucemia mieloide aguda, as células leucêmicas têm uma mutação no gene IDH1 ou IDH2, que ajudam as células a produzirem as proteínas denominadas IDH1 e IDH2. As mutações que ocorrem em um desses genes podem impedir que as células amadureçam.
Os inibidores IDH bloqueiam as proteínas IDH, diferenciando as células leucêmicas das células normais. Esses medicamentos ajudam as células leucêmicas a diferenciar das células normais. Por isso, são às vezes citados como agentes de diferenciação.
Esses medicamentos podem ser usados no tratamento da leucemia mieloide aguda com uma mutação IDH1 ou IDH2. As células leucêmicas do paciente devem ser testadas para verificar se têm uma dessas duas mutações.
Ivosidenib. É um inibidor da IDH1. Pode ser usado para tratar a leucemia mieloide aguda com uma mutação IDH1 que recidiva após o tratamento ou não está mais respondendo a outros tratamentos.
Enasidenib. É um inibidor da IDH2. Pode ser usado para tratar a leucemia mieloide aguda com uma mutação IDH2 que recidiva após o tratamento ou não está mais respondendo a outros tratamentos.
Esses medicamentos são administrados por via oral, uma vez ao dia.
Os efeitos colaterais comuns podem incluir náuseas, vômitos, diarreia, fadiga, dor nas articulações, falta de ar, aumento dos níveis da bilirrubina e perda de apetite.
Um possível efeito colateral desses medicamentos é a síndrome de diferenciação, que ocorre quando as células leucêmicas liberam certas substâncias químicas no sangue. Os sintomas podem incluir febre, problemas respiratórios, diminuição da pressão sanguínea, problemas hepáticos ou renais e acúmulo de líquido em outras partes do corpo. Muitas vezes esses sintomas podem ser tratados interrompendo-se o tratamento e administrando um esteroide, como a dexametasona.
Gemtuzumab ozogamicina
Essa terapia alvo consiste em um anticorpo monoclonal associada a um medicamento quimioterápico. O anticorpo se liga à proteína CD33, que é encontrada na maioria das células da leucemia mieloide aguda. O anticorpo age como um sinal de direção, levando o medicamento quimioterápico para às células leucêmicas, destruindo-as quando elas tentam se dividir em novas células.
Este medicamento pode ser usado junto com a quimioterapia como parte do tratamento inicial. Também pode ser usado isoladamente, como primeiro tratamento ou se outros tratamentos não estiverem mais respondendo. É administrado por infusão intravenosa.
Os efeitos colaterais mais comuns são febre, náusea e vômito, diminuição das taxas sanguíneas, inchaço e feridas na boca, constipação, erupções cutâneas e dores de cabeça.
Efeitos colaterais menos comuns, porém importantes, podem incluir:
Problemas hepáticos.
Reações durante a infusão (similar a reação alérgica).
Infecções graves, principalmente em pacientes que já fizeram transplante de células tronco.
Alterações no ritmo cardíaco.


Fonte: American Cancer Society (21/08/2018)



obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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