Técnico potencializa sistema imunológico e pode ser usado em tratamentos contra o câncer
15/06/2019 - 10H55/ ATUALIZADO 10H55 / POR REDAÇÃO GALILEU
Um dos melhores tratamentos contra o câncer pode estar dentro do nosso próprio corpo. É que uma das características dos tumores é a capacidade de fugir das defesas naturais, que em tese deveriam destruí-lo.
Há alguns anos, pesquisadores resolveram apostar justamente nisso: encontrar um modo de fazer nosso sistema imunológico reagir. A chamada imunoterapia foi eleita pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em 2016, o tratamento mais promissor no combate ao câncer. Entenda o que é e como funciona:
Primeiros estudos
Embora tenha evoluído principalmente nos últimos anos, os primeiros estudos sobre a possibilidade do métodos são de 1881, com cientistas que usaram bactérias para ativar a resposta imunológico contra tumores. A primeira medicação, porém, só foi aprovada um século depois, em 1980.
Como funciona?
O tratamento com imunoterapia pode funcionar de duas maneiras: estimulando o organismo do paciente ou oferecendo ao sistema imunológico componentes sintéticos, como proteínas do sistema imune.
Quais são os tipos?
São quatro principais. O de anticorpos monoclonais usa células de defesa humana, produzidas em laboratório, treinadas para atacar partes específicas do tumor. As drogas inibidoras de checkpoints, as mais usadas e promissoras, que bloqueiam um receptor das células imunes utilizado por tumores para se tornarem "invisíveis" aos sistemas de defesa. Há vacinas contra o câncer, que previnem a infecção de vírus como o Papiloma Vírus Humano (HPV), que causa, entre outros, câncer de colo de útero e de garganta. Finalmente, há imunoterapias não específicas, que estimulam o sistema como um todo.
Riscos e efeitos colaterais
Embora em alguns casos já esteja sendo utilizado como estratégia inicial no combate à doença, a imunoterapia ainda não é indicada para todos os pacientes e tipos de câncer. O preço também é alto: uma caixa de um dos medicamentos aprovados no Brasil para o tratamento de melanoma em estágio avançado custa quase R$ 20 mil. E, apesar de ser menos agressiva e tóxica que terapias convencionais, a imunoterapia também tem efeitos colaterais. Fadiga, tosse, prisão de ventre, náusea e perda de apetite estão entre eles.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2019/06/
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