O congresso americano de oncologia (conhecido como a ASCO) aconteceu
entre 01 a 06 de junho deste mês e lá foram apresentadas as principais
novidades do tratamento do câncer.
Confira algumas as novidades apresentadas:
– Sobre o câncer de intestino, uma análise de um
conjunto de estudos clínicos tentou avaliar a redução do tempo de
quimioterapia após a cirurgia. O tempo padrão é de seis meses de
quimioterapia para a maioria dos pacientes, com o uso de uma medicação
chamada oxaliplatina, que causa formigamentos e perda de sensibilidade
em mãos e pés, sintomas que podem se tornar crônicos em uma parcela de
pacientes. Os dados apresentados mostraram que para um grupo de
pacientes (a depender do tamanho do tumor e do número de gânglios
acometidos) o tempo de quimioterapia pode ser reduzido para três meses, e
o efeito colateral da oxaliplatina pode ser minimizado.
– Estudo muito interessante apresentado mostrou a importância do relato dos sintomas pelos pacientes para a equipe multidisciplinar oncológica. Um hospital americano disponibilizou uma tabela de sintomas a ser preenchida pelos pacientes via computador. Todas tabelas eram reportadas nas consultas médicas e quando os pacientes apresentavam sintomas graves ou severos, a equipe era comunicada e entrava em contato com os pacientes. Essa atitude levou a um aumento de sobrevida de cinco meses no grupo estudado em comparação ao grupo controle.
Esse aumento em
sobrevida é maior do que o ganho de muitas medicações novas em
oncologia. Outro estudo comprovou que a realização de atividade física
contribui para evitar a fadiga e cansaço decorrente da quimioterapia.
– Sobre o câncer de próstata, atualmente os pacientes que realizam cirurgia e apresentam características de alto risco de recidiva são submetidos à quimioterapia por seis ciclos pós cirurgia. Estudo apresentado investigou pacientes neste contexto clínico para o uso da medicação abiraterona, droga oral utilizada na doença recidivada. O estudo mostrou aumento em sobrevida e boa tolerância dos pacientes, podendo ser uma alternativa para evitar a quimioterapia.
– No câncer de mama, cerca de 20% das pacientes
apresentam mutação do gene BRCA. A medicação Olaparibe, droga oral
desenvolvida para pacientes com esta mutação, foi estudada em pacientes
com câncer de mama metastático versus quimioterapia. O Olaparibe mostrou
aumento do tempo para evitar a recidiva e a resposta da medicação
contra a doença. Trata-se de droga bem tolerada, que virá como mais
opção de tratamento para as pacientes.
Dra Graziela Zibetti Dal Molin – oncologista clínica do hospital São
José/ Beneficência Portuguesa de São Paulo. Atualmente pós graduanda do
hospital MD Anderson/EUA.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
http://www.combateaocancer.com/asco-2017-acompanhe-as-novidades-do-maior-congresso-de-oncologia-do-mundo/#more-7714
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Vc é muito importante para mim, gostaria muito de saber quem é vc, e sua opinião sobre o meu blog,
bjs, Carla