Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 09/04/2017 - Data de atualização: 09/04/2017
A cirurgia para remover o útero, trompas, ovários e gânglios linfáticos é o principal tratamento para os sarcomas uterinos. Às vezes, é seguida por radioterapia, quimioterapia ou hormonioterapia. Os tratamentos realizados após a cirurgia são denominados tratamentos adjuvantes, por terem o objetivo de evitarem a recidiva da doença. Mas, até o momento, não se sabe se os tratamentos adjuvantes para sarcoma uterino aumentam a sobrevida das pacientes, uma vez que são tumores raros, e tem sido difícil estudá-los.
As mulheres que não podem fazer a cirurgia por outros problemas de saúde serão tratadas com radioterapia, quimioterapia ou hormonioterapia. Muitas vezes com uma combinação destes tratamentos.
Leiomiossarcoma e Sarcoma Indiferenciado
Estágios I e II. A maioria das mulheres faz a cirurgia para retirar o útero, trompas e ovários (histerectomia e salpingo-ooforectomia bilateral). Também pode ser realizada a dissecação dos linfonodos pélvicos e paraaórticos ou amostragem do linfonodos por laparoscopia. Durante a cirurgia, os órgãos próximos ao útero e o peritônio são cuidadosamente examinados para determinar se a doença se espalhou além do útero.
Em mulheres jovens com leiomiossarcoma de baixo grau que não se disseminou além do útero, o cirurgião pode, em alguns casos específicos, deixar o útero, trompas e ovários, removendo apenas o tumor com uma margem de segurança de tecido normal. Esta abordagem não é o tratamento padrão, por isso não é usualmente realizada. Raramente pode ser uma escolha para mulheres que querem engravidar após o tratamento. Esta opção tem alguns riscos, no entanto, as mulheres que consideram essa cirurgia devem discutir os possíveis riscos e benefícios com seu oncologista antes de tomar uma decisão.
Após a cirurgia, o tratamento com radioterapia ou quimioterapia, pode ser recomendado. Isso é chamado de tratamento adjuvante e pode diminuir a chance da recidiva local. O objetivo da cirurgia é retirar todo o tumor, mas o cirurgião só pode remover o que pode ser visto. Os tratamentos realizados após a cirurgia tem o objetivo de destruir as células cancerígenas remanescentes evitando que elas se transformem em novos tumores.
Para leiomiossarcoma do útero, a radioterapia adjuvante pode reduzir a chance da recidiva local, mas não parece ajudar as mulheres a viverem mais tempo.
A doença ainda pode se disseminar para os pulmões ou outros órgãos, nesse caso alguns médicos recomendam a quimioterapia adjuvante para tumores em estágio II. A quimioterapia às vezes é indicada para doença em estágio I, mas sua utilidade é menos clara. Até agora, os resultados dos estudos de quimioterapia adjuvante têm sido promissores no leiomiossarcoma em fase inicial, mas a longo prazo ainda são necessários mais estudos para comprovar se o tratamento realmente aumenta a sobrevida das pacientes. Os estudos da terapia adjuvante ainda estão em andamento. Para alguém que está sendo tratada para leiomiossarcoma uterino, uma opção seria participar de um estudo clínico.
Estágio III. A cirurgia é realizada para retirara todo o tumor, incluindo o útero, trompas, ovários e linfonodos. Se o tumor se disseminou para a vagina (Estágio IIIB), parte (ou toda) da vagina terá de ser removida.
Após a cirurgia, o tratamento com radioterapia (com ou sem quimioterapia) pode ser indicado para diminuir a chance de recidiva.
Pacientes sem condições clínicas para serem submetidas a uma cirurgia podem ser tratadas com radioterapia e/ou quimioterapia.
Estágio IV. É dividido em IVA e IVB.
No estágio IVA os tumores se disseminaram para órgãos e tecidos próximos, como bexiga ou reto. Estes tumores podem ser completamente retirados cirurgicamente, se possível. Se não for possível retirar completamente o tumor, pode ser administrada a radioterapia isolada ou com quimioterapia.
No estágio IVB os tumores se disseminaram além da pelve, geralmente para os pulmões, fígado ou osso. Atualmente, não existe um tratamento padrão para estes tumores. A quimioterapia pode reduzir o tamanho dos tumores por um tempo, mas não cura a doença. A radioterapia também pode ser uma opção de tratamento.
As mulheres com sarcomas uterinos estágio IV podem considerar a participação em estudos clínicos com novos tratamentos.
Sarcoma Estromal Endometrial
Estágios I e II. O sarcoma estromal endometrial estágio inicial é tratado com cirurgia: histerectomia e salpingo-ooforectomia bilateral. Algumas mulheres jovens têm a opção de manter os ovários, mas este não é o tratamento padrão. Os linfonodos pélvicos também podem ser removidos. Após a cirurgia, algumas mulheres não precisam mais de tratamento. Essas mulheres são acompanhadas de perto para possíveis sinais da doença. Alguns médicos indicam radioterapia, hormonioterapia, ou ambos, para diminuir a probabilidade de uma recidiva, mas não está claro se isso aumenta a sobrevida.
As pacientes que não tem condições clínicas de realizarem a cirurgia por outros problemas de saúde podem ser tratadas com radioterapia e/ou hormonioterapia.
Estágio III. A cirurgia é realizada para retirar todo o tumor. Isso inclui a histerectomia, salpingo-ooforectomia bilateral e dissecação dos linfonodos. Se o tumor se disseminou para a vagina (IIIB), parte (ou toda) da vagina terá de ser removida. O tratamento pós-operatório depende do tipo de sarcoma.
As mulheres com sarcomas estroma endometrial podem receber radioterapia, hormonioterapia ou ambas após a cirurgia.
As pacientes sem condições clínicas por outros problemas de saúde para serem submetidas à cirurgia podem ser tratadas com radioterapia, quimioterapia e/ou hormonioterapia.
Estádio IV. É dividido em IVA e IVB.
No estágio IVA o tumor se disseminou para os tecidos e órgãos adjacentes, como bexiga ou reto. Esses tumores podem ser completamente removidos cirurgicamente, e isto é geralmente feito se possível. Se o tumor não pode ser completamente removido, a radioterapia pode ser administrada sozinha ou em conjunto com a quimioterapia. A hormonioterapia também é uma opção de tratamento.
No estágio IVB os tumores se disseminaram para outros órgãos, com mais frequência para os pulmões, fígado ou osso. A hormonioterapia pode ajudar por um tempo. A quimioterapia e a radioterapia também são opções de tratamento.
Mulheres com sarcoma uterino estágio IV podem considerar a participação em estudos clínicos com novos tratamentos.
Recidiva do Sarcoma Uterino
A recidiva local é quando o tumor volta no mesmo sítio após o tratamento. Quando se dissemina para outros órgãos é denominado metástase.
Infelizmente, o sarcoma uterino, pode recidivar nos primeiros anos após o tratamento. Sendo as opções de tratamento as mesmas que do estágio IV. Se o tumor pode ser removido, é realizada a cirurgia. A radioterapia pode ser usada para reduzir o tamanho do tumor e aliviar os sintomas de grandes tumores pélvicos. O sarcoma muitas vezes se dissemina para os pulmões. Se houver apenas um ou dois pequenos tumores, estes podem ser removidos cirurgicamente. Algumas pacientes foram curadas com este tipo de tratamento.
Fonte: American Cancer Society (15/02/2016)
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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