1 – Como ele é colocado?
O artefato é introduzido por via oral através de uma endoscopia que é feita em ambiente hospitalar com o paciente sedado. Por isso, não são necessários cortes e ela não deixa nenhuma cicatriz. Todo o procedimento dura cerca de 20 minutos.
2 – Qualquer pessoa que esteja acima do peso pode se submeter a esse método?
Não. Ela precisar ser maior de idade ou, no caso de adolescentes após avaliação endócrino pediatra e liberação dos pais, e ter o seu índice de massa corporal, o IMC, maior que 27. Também é muito importante que o caso seja avaliado individualmente, para que o especialista possa ponderar os riscos e os benefícios que o tratamento pode oferecer.
3 – Por que ele promove o emagrecimento?
Depois de colocado dentro do estômago, o balão é inflado, fazendo com que haja uma redução no espaço vazio dentro do órgão. Com isso, a pessoa precisa ingerir menos alimentos para se sentir satisfeita.
4 – Quais são os efeitos colaterais do uso do balão?
Nas primeiras 72 horas após a colocação é muito comum que o indivíduo tenha dores abdominais, enjoos e vômitos. Quando isso acontece, o médico lança mão de medicamentos que amenizam o mal-estar.
5 – Ele fica para sempre dentro do corpo?
Não. Existem versões do balão indicadas para 6 e 12 meses. No segundo caso ele é chamado de longa permanência e é mais indicado para quem tem IMC acima de 35 ou mais dificuldade para perder peso. De acordo com estudos, esse tipo oferece mais eficácia no tratamento, fazendo com que haja mais peso e mais tempo para a adaptação dos novos hábitos, que são orientados por uma equipe multidisciplinar, formada por nutricionistas, professores de educação física e psicólogos, além do médico, e garantem a manutenção do peso depois que o balão for retirado. Além disso, ele pode ter seu tamanho reajustado para diminuir os efeitos colaterais e aumentar a saciedade em longo prazo, já que por volta do sexto mês o organismo se adapta ao dispositivo e ele não oferece o mesmo efeito. Com isso, ele proporciona uma perda de peso estimada em 15 e 20% do total.
6 – É verdade que ele pode provocar obstrução intestinal?
Sim. Mas segundo o Dr. Eduardo Grecco, gastrocirurgião e endoscopista, esse não é um quadro comum. Ele acontece quando há um esvaziamento espontâneo do balão e ele migra em direção ao intestino. “Nesse caso o paciente costuma notar que seu abdômen está muito distendido, sente desconforto e apresenta vômitos. Isso independe da qualidade do material ou da forma como o sua colocação foi realizada”, relata o especialista.
7 – Também se fala sobre a possibilidade da presença de fungos ao seu redor. Isso é fato?
Uma vez que o balão é colocado dentro do organismo, ele deixa de ser um objeto estéril e, por essa razão, pode ser contaminado por esse tipo de micro-organismo. Esse é mais um quadro incomum e ocorre por alteração no pH do estômago pelo uso de protetores por tempo prolongado, deixando o ambiente menos ácido, o que favorece o crescimento desses fungos que facilmente se grudam no balão, levando a alterações na sua estrutura e à necessidade da sua retirada precoce.
8 – Após a retirada do balão, o paciente permanecerá magro?
Isso depende do quanto ele se adequou aos novos hábitos e entendeu que, se retomar a vida que tinha antes, voltará a engordar.
9 – Eu já fiz cirurgia bariátrica, mas ganhei um pouco de peso. Posso colocar o balão?
Não. Qualquer operação realizada no esôfago ou no estômago inviabiliza a sua utilização.
10 – Como é feita a retirada do balão no final do período estipulado?
Ela é similar à colocação. Ou seja, com a ajuda de uma endoscopia e a presença de um anestesiologista, o profissional esvazia o artefato e o retira de dentro do corpo.
DR. EDUARDO GRECCO
O Dr. Eduardo Grecco é graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC (SP). Possui residência médica em Cirurgia do Aparelho Digestivo pela Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência de São Paulo. Especializado em Endoscopia Digestiva Alta pelo Hospital das Clínicas da FMUSP. Professor afiliado da disciplina de Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo e coordenador do Serviço e da Residência Médica de Endoscopia da Faculdade de Medicina do ABC. Membro titular da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED). Membro associado da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM). Membro da Association for Bariatric Endoscopy (ABE). Membro da American Society for Gastrointestinal Endoscopy (ASGE). Membro da International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders (IFSO). Consultor da Apollo Endosurgery. Endoscopista Bariátrico do Instituto EndoVitta.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
https://www.tiabeth.com
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