Veremos cada vez mais idosos ativos, profissionais atuantes sendo o esteio financeiro da família. Junto com isso, e com o passar dos anos de cada vida, é natural a chegada de mudanças provenientes dos anos vividos, sejam físicas, emocionais ou sociais, banhadas de novas necessidades e desejos que antes não existiam.
O número de pessoas com mais de 60 anos aumenta. Há mais qualidade de vida e melhores condições físicas para esta geração de idosos que as gerações passadas. Veremos cada vez mais idosos ativos, profissionais atuantes sendo o esteio financeiro da família. Junto com isso, e com o passar dos anos de cada vida, é natural a chegada de mudanças provenientes dos anos vividos, sejam físicas, emocionais ou sociais, banhadas de novas necessidades e desejos que antes não existiam.
Com uma pirâmide populacional que estará invertida nos próximos 30 anos, em 2050 os idosos serão 29% da população total do Brasil (1) e ocuparão um novo espaço social, uma nova importância na economia, terão novas formas de expressão e relações. O tempo não para. Ele corre em busca da construção de um novo cenário, com novas formas de envelhecer e ser velho.
As mudanças já começam a aparecer com novos hábitos e atitudes de vida dos idosos, novos desejos e necessidade, como apontam algumas pesquisas realizadas com esse target. O consumidor idoso, que sempre existiu, aponta novas demandas e expectativas sobre as marcas e serviços.
E como as empresas estão olhando para isso? O quanto as empresas conhecem esse público e suas reais necessidades? Como as empresas vem considerando os 60+ em seus projetos, produtos, serviços e ações?
Já existem sim empresas que atendem os idosos, inclusive considerando suas especificidades. Porém, isso está mais presente entre indústrias de cuidados e de saúde, com produtos direcionados aos idosos não ativos, dependentes ou com alguma enfermidade, para os quais as demandas específicas são mais evidentes, e até urgentes. As indústrias dos cosméticos, da estética, pontualmente da alimentação já têm entregas específicas aos idosos ancoradas no desejo da manutenção da jovialidade. As indústrias do turismo, do lazer, do esporte também já atendem os idosos mais ativos em suas específicas demandas. Entre outras indústrias e pontuais empresas que têm um olhar próprios aos 60+.
Porém, a grande maioria das empresas estão ainda focadas principalmente no consumidor jovem, quando muito no adulto – exceto as que trabalham o público infantil. A grande maioria não só desconsidera as especificidades dos idosos, como nem sequer os incluem em seus projetos. Sabem pouco e ainda estão muito distantes das demandas desse crescente target, que tem mais tempo livre, mais renda livre – principalmente nas classes AB, novos desejos e expectativas e muita vida pela frente.
Nesses últimos dois anos venho investigando o quanto há a inclusão, ou algum olhar específico, dos idosos nos planos das empresas. Apresento aqui alguns resultados destas investigações realizadas com alguns gestores de grandes empresas e também com diretores dos grandes institutos de pesquisa de mercado no Brasil.
Há uma evidente constatação de que a velhice não é um tema que interessa, que atrai, nem tampouco as empresas têm conteúdo, informações ou experiências sobre os idosos.
Abaixo segue um quadro com os argumentos mais frequentes sobre esta ausência dos 60+ nos planos e projetos das empresas, e as razões para reconsiderarmos essa prática:
Com isso, não podemos continuar ignorando os 60+ nos planos das empresas.
Uma infinidade de soluções e ações, que podem ser mínimas, pode ajustar as entregas, já existentes, ao target. Sem dúvida há que se avaliar cada possibilidade de ação na sua viabilidade de negócio e não necessariamente há que se desenvolver novos produtos ou serviços para melhor atendê-los, pois os 60+ também não gostam de serem rotulados pela sua fase de vida. Mas, o convite que deixo aqui é simplesmente a ideia de começarmos a conhecer e compreender quem são eles.
Que tal começarmos com a ampliação da idade nos questionários de pesquisas? Durante 22 anos de trabalho com pesquisa de mercado, só vi questionários assim:
Notas
(1) PNAD 2015. Disponível em https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv98887.pdf
(2) Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/2014/04/rendimentos-de-idosos-representam-21-darenda-total-da-populacao.html
(3) Estudo da consultoria paulista de geomarketing Escopo Em Disponível em https://projetodraft.com/conheca-a-nova-terceira-idade-um-mercado-com-mais-de-20-milhoesde-brasileiros-e-de-1-trilhao-de-reais/ por Italo Rufino, Dezembro 2014.
Ana Gabriela S Michelin – publicitária pela FAAP, com MBA em marketing pela ESPM e mestre em Gerontologia Social pela PUC SP. É CEO da empresa www.raizes.etc.br.
obs.conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/os-idosos-sao-incluidos-nos-questionarios-de-pesquisa-da-sua-empresa/
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