O Doente de Alzheimer só esquece coisas recentes?
Dentre os sintomas iniciais da Doença de Alzheimer estão os pequenos esquecimentos que, em geral, são tomados como natural do envelhecimento. De fato, ter uma vaga lembrança de algo é parte do processo. Mas, esquecer-se de parte ou da totalidade de um evento, pode ser um sinal de alerta que, com o tempo, vai se agravando e as pessoas começam a apresentar comportamentos confusos, alterações de personalidade, de humor, distúrbios de conduta. Na medida em que a Doença de Alzheimer progride, as células do cérebro morrem e as conexões entre elas se perdem fazendo com que os sintomas se agravem. Com o tempo, pessoas com Alzheimer apresentam desorientação, mudanças de humor, desconfiança infundada em relação a familiares, amigos e cuidadores, perda severa de memória, alterações no sono, alucinações e dificuldade para falar, engolir e andar.
o que posso fazer para evitar a Doença de Alzheimer?
Lesões na cabeça: Pode haver uma forte relação entre lesões sérias na cabeça e risco futuro de Alzheimer, especialmente quando o trauma ocorre repetidamente ou envolve a perda da consciência. Proteja sua cabeça afivelando seu cinto de segurança, usando seu capacete quando participar de esportes e torne sua casa segura contra quedas.
Conexão coração-cabeça: Algumas das evidências mais fortes ligam a saúde da cabeça à saúde do coração. Essa conexão faz sentido porque o cérebro é nutrido por uma das mais ricas redes de vasos sanguíneos e o coração é responsável por bombear o sangue através desses vasos para o cérebro. O risco de desenvolver a Doença de Alzheimer ou demência vascular parece ser potencializado por muitas condições que danificam o coração e os vasos sanguíneos. Isso inclui doenças coronárias, diabetes, AVC, pressão alta e colesterol alto. Atue junto ao seu médico para monitorar a saúde de seu coração e tratar dos problemas que aparecem.
Envelhecimento saudável: Uma linha promissora de pesquisas sugere que estratégias para um envelhecimento saudável pode ajudar a manter o cérebro saudável e pode até mesmo reduzir o risco de desenvolver a Doença de Alzheimer. Essas medidas incluem alimentar-se de uma dieta saudável, manter-se socialmente ativo, evitar o tabaco e o álcool e exercitar tanto o corpo quanto a mente.
Médicos e especialistas da área da saúde concordam, em grande parte das vezes, que a Doença de Alzheimer, assim como outras condições crônicas, desenvolva-se provavelmente como resultado de uma complexa interação de múltiplos fatores, incluindo idade, genética, ambiente, estilo de vida e condições médicas coexistentes.
Embora alguns fatores de risco não possam ser mudados – idade e genética, por exemplo – outros podem e devem. Pressão alta, diabetes, depressão, sedentarismo, alimentação estão entre os fatores sobre os quais podemos agir.
A relação com seu médico/a deve ser tranquila e de muita confiança. Ele/a poderá te ajudar a entender as opções disponíveis para tratamento e facilitar sua tomada de decisões.
- Quais as opções de tratamento disponíveis?
- Que opções você acredita que melhor se adequam à nossa situação?
- Que tipo de avaliação você vai usar par determinar se o tratamento está sendo efetivo?
- Quanto tempo será necessário até que possamos avaliar a efetividade do tratamento?
- Como você irá monitorar os efeitos colaterais do tratamento?
- Que efeitos colaterais devemos observar em casa?
- Em que circunstâncias devemos chama-lo?
- Alguma das opções de tratamento têm maiores chances de interferir em medicamentos usados para outras enfermidades?
A Doença de Alzheimer ainda sofre muitos estigmas. Estigma é o uso de rótulos negativos para se referir a pessoas com alguma deficiência ou doença. No caso da Doença de Alzheimer, o estigma se deve, em parte, à falta de compreensão e de sensibilidade em relação à doença, seus sintomas e formas de lidar com o doente. Isso previne as pessoas de:
- procurar tratamento médico, quando os sintomas aparecem
- receber diagnóstico precoce ou mesmo qualquer diagnóstico
- viver a vida da melhor maneira possível enquanto pode
- fazer planos futuros para si e para aqueles a quem ama
- se beneficiar de tratamentos disponíveis
- criar um sistema de apoio participar de experimentos clínicos
Não deixe que o estigma se torne mais um obstáculo. Aprenda. Envolva-se.
Eu tenho Doença Alzheimer . O que devo fazer?
Os doentes de Alzheimer tendem a se afastar do convívio social e familiar. O medo e a vergonha de não se lembrar de nomes e as dificuldades para planejar tarefas cotidianas estão entre as razões que os levam a um gradativo isolamento. Mas, como alguém que convive com a doença, sua voz é a mais importante no processo de conscientização, de combate ao estigma e de luta por recursos e financiamentos para pesquisa.
Não negue ou esconda a doença. Torne-se parte da solução.
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