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segunda-feira, 5 de junho de 2023

É PRECISO ESTAR ATENTO À PERDA DE PESO: MELHOR IDADE

 


A perda de peso não intencional é uma situação comum entre pessoas idosas, mas deve ser interpretada como um aviso se no espaço de um mês a diminuição for acima de 5%, ou de 10% no espaço de seis meses.

A procura de possíveis fatores não devem concentrar-se apenas em processos relacionados com doenças, porque também devem ser tidas em conta questões funcionais, medicamentosas, problemas com a ingestão, fatores psicológicos e motivos sociais.

A consequência da perda de peso pode ser o declínio das capacidades funcionais, infeções, úlceras de decúbito, intensificação de distúrbios cognitivos e de humor, e necessidade de cuidados agudos e de longo prazo.

Os fatores de risco podem classificar-se em três categorias:

·       Fatores fisiológicos (ex.: doenças crónicas e agudas)

·       Fatores psicológicos (ex.: depressão, luto)

·       Fatores sociais (ex.: isolamento, problemas sociais).

Fatores fisiológicos

- Doença aguda

- Ingestão de alimentos e dificuldade de deglutição (alterações nas mucosas da boca, gengivas, problemas de mastigação, dificuldades de comer, mastigar ou engolir, saúde bucal precária, apetite reduzido, ingestão alimentar baixa ou diminuição de sede).

- Quedas

 - Internamento recente no hospital (ou seja, nos últimos três meses)

- Doença crónica

- Demência ou confusão

- Obstipação

- Úlceras por pressão

- Dor crónica

Fatores psicológicos

- Depressão

- Luto

- Doenças psiquiátricas

- Doenças psicológicas.

Fatores sociais

- Atividade social reduzida

- Baixo poder económico

Medicamentos que podem contribuir para a perda de peso

·       Sistema cardíaco

- Digoxina

- Aspirina

- Inibidores da enzima de conversão da angiotensina

- Bloqueadores dos canais de cálcio

- Hydralazine

- Diuréticos

- Hidroclorotiazidas

- Espironolactona

- Estatinas

- Nitroglicerina

·       Sistema neurológico e psiquiátrico

- Inibidores seletivos da recaptação de serotonina

- Tricíclicos

- Neurolépticos

- Benzodiazepínicos

- Anticonvulsivantes

- Lítio

- Levodopa

- Agonistas da dopamina

- Donepezil

- Memantine

·       Ossos e articulações (incluindo analgésicos)

- Bisfosfonatos

- Anti-inflamatórios não esteroides

- Opiáceos

- Alopurinol

- Colchicina

- Hidroxicloroquina

Sistema endócrino

- Levotiroxina

- Metformina

·       Outros

- Anticolinérgicos

- Antibióticos

- Descongestionantes

- Anti-histamínicos

- Ferro

- Potássio

- Álcool

- Nicotina

Uma pessoa idosa que esteja a perder peso deve ser avaliada através de um trabalho de anamnese acompanhado por exame físico. Deve ser feito um levantamento de informações sobre possíveis fatores fisiológicos, psicológicos e sociais (por exemplo, demência, imobilidade, luto, dificuldades económicas, isolamento social), assim como devem ser revistos todos os medicamentos prescritos e vendidos sem receita.

Os exames mais eficazes na identificação de causas potenciais incluem hemoculturas nas fezes, enema de bário, sigmoidoscopia, séries gastrointestinais superiores, endoscopia e testes da função tireoidiana. Em idosos institucionalizados, o nível de hemoglobina, colesterol total e albumina são úteis no diagnóstico.

·       Como pode ser tratada a perda de peso?

O tratamento deve ser individualizado e direcionado aos fatores de risco através de um trabalho de anamnese e exame físico. As intervenções não farmacológicas são nutricionais ou nutricionais combinadas com exercícios aeróbicos, de força muscular e equilíbrio. A intervenção nutricional deve envolver aconselhamento individualmente direcionado. Em resumo, o tratamento inicial para perda de peso inexplicada deve ser direcionado ao tratamento dos fatores de risco identificados, e os medicamentos que não sejam claramente necessários e que possam estar a contribuir para a perda de peso devem ser descontinuados ou devem ser consideradas alternativas apropriadas. A eficácia de intervenções nutricionais específicas direcionadas ao aumento da ingestão calórica e à melhoria do peso não é clara. Relativamente á utilização de fármacos também não há evidências mínimas de eficácia.

·       Conclusão

Existem muitos fatores associados à perda de peso não intencional. A avaliação da perda de peso não intencional deve começar com uma análise histórica abrangente, incluindo perguntas sobre fatores associados e um exame físico. As intervenções nutricionais e farmacológicas provaram até agora ser de valor limitado, e por esse motivo deve tentar-se identificar fatores que podem estar a contribuir para a perda de peso.

Leia o artigo completo aqui:

 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3050948/#b1-1830443

 

 

 

 

26/06-NACIONAL DO DIABETES


 

abs

Carla

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