O termo anosognosia foi introduzido pelo neurologista francês-polonês Joseph
Babinski para se referir à falta de consciência de hemiplegia em pacientes com
lesão do hemisfério cerebral direito.
Vale ressaltar que, hoje, o termo tem um uso mais amplo na área de
neurociência comportamental e refere-se à falta de consciência dos déficits
em sensoriais, motores e alterações cognitivas que ocorrem como conseqüência
direta da lesão cerebral adquirida (acidente vascular cerebral, trauma de
crânioencefálico, infecções cerebrais) e doenças neurodegenerativas
(demência).
A avaliação e o diagnóstico são feitos através de um protocolo de avaliação
clínica e correlatos que determina como e em que grau as funções mentais estão
alteradas.
William A. Ardila Rodriguez, especialista em avaliação neuropsicológica e
diagnóstico, e mestre em neuropsicologia clínica, diz que alguns sinais em um
paciente com anosognosia devem ser atendidos, como a falta de consciência que
sofreram lesões do hemisfério direito que resultaram em deficiências sensoriais
e/ou motoras e/ou cognitivas.
Já identificaram uma grande variedade de programas de intervenção para
melhorar a auto-consciência, incluindo a reabilitação por programas
neuropsicológicos, orientação holística, psicoterapia, abordagens compensatórias
e de apoio, experiências estruturadas, comentários dirigidos, videotape
feedback, técnicas de confronto, terapia cognitiva, terapia de grupo e
intervenção comportamental.
É importante notar que o processo de reabilitação em pacientes com danos
cerebrais e doenças neurodegenerativas, deve ser realizada com os peritos no
assunto, integralmente envolvidos na possível a recuperação do paciente.
“A anosognosia não é uma doença, é um sintoma que ocorre em muitas doenças
neurológicas. Estruturas do cérebro sofrem danos, e ocorre na percepção de não
estar doente ou de não ter uma deficiência ou lesão. Este é um sintoma estranho
e pode-se dizer até perigoso, porque ele é muito atraente para as pessoas ao
redor que não aceitam a disfunção que existe.
Leia mais:
Depression, Cognition,
and Anosognosia in Alzheimer’s Disease: A Rorschach Analysis. Lisa Lillard
Oglesby. University of Tennessee, 2006. – encontre no google books
The Study of Anognosia.
George P. Prigatano Chairman, 2010 – encontre no google books
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