Estudo dos EUA aponta que 62% das mulheres com câncer de mama e idade inferior a 40 anos preferem fazer a cirurgia
Sandhya Somashekhar – The Washington
Post
A maioria de mulheres jovens com câncer de
mama tem optado pela mastectomia em lugar do procedimento mais modesto, mas em
muitos casos também eficaz, de poupar grande parte da mama, segundo uma pesquisa
que foi apresentada nesta segunda-feira.
De
acordo com o estudo, apresentado na reunião anual da Sociedade Americana de
Oncologia Clínica em Chicago, 62% das mulheres com câncer de mama e idade
inferior a 40 anos preferiram fazer a mastectomia, não obstante o fato de
pesquisas anteriores mostrarem que mulheres que se submeteram a tratamentos mais
diretos, associados com radioterapia, têm taxas de sobrevivência similares.
O estudo deve intensificar as preocupações
de que as mulheres cada vez mais vêm se submetendo a mastectomias desnecessárias
do ponto de vista médico. O assunto despertou novamente a atenção depois de a
atriz Angelina Jolie revelar ter se submetido a uma mastectomia dupla a título
de prevenção contra o câncer.
Angelina Jolie, de 37 anos, tem genes que a
predispõem a uma forma agressiva da doença. A revelação feita por ela foi
bastante elogiada pelo fato de realçar as difíceis decisões com que mulheres em
situação de risco da doença deparam. Mas também reacendeu os temores de que as
mulheres podem optar por um tratamento mais radical quando métodos menos
invasivos estão disponíveis e oferecem resultados similares.
O novo estudo, realizado em conjunto por
pesquisadores do Dana-Farber Cancer Institute e a Harvard School of Public
Health, envolveu 277 mulheres diagnosticadas com câncer nos estágios 1, 2 ou 3.
E concentrou-se em mulheres que podiam decidir entre uma mastectomia ou uma
lumpectomia, que é a remoção apenas do tecido cancerígeno e parte do tecido
saudável em torno. E excluiu mulheres em situação na qual a remoção das mamas
era necessária.
O estudo não examinou em detalhes as razões
das escolhas feitas pelas mulheres. Shoshana Rosenberg, que chefiou a pesquisa,
afirmou que as conclusões obtidas ressaltam a necessidade de se estudar se o
temor muito grande de uma recorrência ou morte tem influência no caso, e se as
mulheres estão sendo informadas adequadamente.
“Não estamos dizendo que esta é uma boa ou má decisão”, disse Rosenberg. “O
que desejamos é que as mulheres adotem decisões informadas e que elas próprias
avaliem os riscos e benefícios. Para algumas mulheres, a mastectomia pode ser a
decisão certa”.
De acordo com a Susan G. Komen Foundation,
que financia pesquisas sobre câncer de mama e financiou uma parte do estudo, os
procedimentos têm iguais taxas de sobrevivência e incidência do câncer se
propagar para outros órgãos. Contudo, entre as mulheres que fizeram uma
lumpectomia foram registradas taxas ligeiramente mais altas de o câncer
retornar.
Os principais benefícios de uma mastectomia
são que a radioterapia pode não ser necessária e o procedimento pode dar mais
tranquilidade, segundo a Fundação. As lumpectomias sempre são associadas à
radioterapia, mas a vantagem é que uma boa parte do tecido e forma original da
mama são preservadas e o procedimento é menos invasivo. A mastectomia exige que
a paciente permaneça uma noite no hospital e a recuperação é longa.
Tradução de Terezinha Martino
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Câncer - Informação é melhor remédio para a prevenção.
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abs,
Carla
extraído: http://www.combateaocancer.com/
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