Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 20/06/2015
- Data de atualização: 20/06/2015
Muitas pesquisas sobre linfoma não Hodgkin estão em desenvolvimento em diversos centros médicos no mundo inteiro, promovendo grandes avanços em prevenção, detecção precoce e tratamentos:
Genética
O progresso na compreensão das alterações do DNA no linfoma já forneceu melhores exames e altamente sensíveis para a detecção desta doença. Esses exames podem identificar células de linfoma baseadas em alterações, como translocações cromossômicas ou rearranjos ou mutações de genes específicos. Alguns desses exames já estão em uso, e outros estão sendo desenvolvidos. Eles podem ser utilizados para:
Detectar as células de linfoma em uma amostra de biópsia.
Determinar o tipo de linfoma.
Ajudar a determinar se um linfoma tende a crescer e se disseminar, mesmo dentro de um determinado subtipo de linfoma.
Ajudar a determinar se um determinado tratamento será útil.
Ajudar a determinar se um linfoma foi destruído e se existe probabilidade de uma recidiva.
Tratamento
Grande parte das pesquisas sobre o linfoma não Hodgkin está centrada na busca de novas e melhores formas de tratar a doença.
Quimioterapia
Novas drogas quimioterápicas estão em fase de estudo em pesquisas clínicas. Nos últimos anos, estes estudos levaram à aprovação de drogas, como bendamustina e pralatrexato para uso contra certos tipos de linfoma. Outros estudos estão procurando novas maneiras de combinar os medicamentos existentes utilizando doses diferentes ou diferentes sequências de drogas.
Medula Óssea e Transplante de Células Tronco
Os pesquisadores continuam melhorando os métodos utilizados para o transplante de células tronco e medula óssea, incluindo novas maneiras de coletar essas células antes do transplante.
Os transplantes autólogos (que utilizam células tronco do próprio paciente) têm o risco da reintrodução das células de linfoma após o tratamento. Os pesquisadores estão avaliando novas e melhores formas de remover os últimos vestígios das células de linfoma a partir de amostras de células estaminais, antes de serem devolvidas ao paciente. Alguns dos novos anticorpos monoclonais desenvolvidos para o tratamento do linfoma podem ajudar a remover estas células remanescentes.
Grande parte das pesquisas está centrada na eliminação da doença enxerto hospedeiro nos transplantes alogênicos. Este trabalho gira em torno de alterar as células-T transplantadas de modo a não reagirem com as células normais do receptor, mas ainda assim destruir as células do linfoma.
Os pesquisadores também estão estudando a eficácia do transplante de células tronco não mieloablativo em pacientes com linfoma. Esta abordagem pode permitir que mais pacientes possam se beneficiar do transplante de células-tronco.
Terapia Alvo
As drogas alvo são diferentes das drogas quimioterápicas padrão, que agem sobre as células que crescem rapidamente. Esses medicamentos também têm efeitos colaterais diferentes.
Medicamentos alvo, como o bortezomib, romidepsin e temsirolimus mostraram-se promissores com certos tipos de linfomas. Estas e outras drogas estão em estudos em pesquisas clínicas.
Antibióticos
O linfoma gástrico, denominado MALT, que está ligado à infecção pela bactéria Helicobacter pylori, pode, muitas vezes, ser tratado com antibióticos. O linfoma MALT dos tecidos do olho, denominado linfoma adnexal de zona marginal ocular, está associado à infecção com a bactéria, Chlamydophila psittaci. Um estudo mostrou bons resultados do tratamento da infecção com antibiótico (doxiciclina). Entretanto, mais são necessários antes que os antibióticos se tornam parte do tratamento padrão para este tipo de linfoma.
Anticorpos Monoclonais
As células de linfoma contem certos produtos químicos em sua superfície. Os anticorpos monoclonais que reconhecem estas substâncias podem ser direcionados para destruir as células do linfoma, causando poucos danos aos tecidos normais. Esta estratégia de tratamento já provou ser eficaz.
O rituximab é frequentemente administrado por um tempo limitado durante o tratamento. Como ele tem poucos efeitos colaterais, tem sido estudado para avaliar se seu uso a longo prazo evitará a recidiva dos linfomas. Ele parece aumentar a sobrevida de alguns pacientes com linfoma folicular, mas seu uso a longo prazo para outros tipos de linfomas ainda está em estudo.
Devido ao sucesso do rituximab e drogas afins, como ibritumomab e tositumomab, novos anticorpos monoclonais estão sendo desenvolvidos. Exemplos incluem o epratuzumab, que tem como alvo o antígeno CD22 nas células de determinados linfomas.
Alguns anticorpos mais recentes estão ligados à substâncias que podem "envenenar” as células cancerígenas e são conhecidos como imunotoxinas. Eles agem como dispositivos teleguiados para liberar as toxinas diretamente nas células cancerígenas. Um exemplo é o brentuximabe vedotin, que é composto de um anticorpo para o CD30. Tem se mostrado promissor no tratamento de pacientes com linfoma anaplásico de grandes células que não responde ao tratamento quimioterápico.
Outra imunotoxina, conhecida como CAT-3888 (BL22), tem como alvo o antígeno CD22 em determinadas células do linfoma, induzem a toxina conhecida como PE38. Esse medicamento mostrou-se promissor no tratamento da leucemia de células pilosas nos primeiros estudos clínicos. A versão mais recente dessa droga, conhecida como CAT-8015 está em estudo para uso contra linfomas.
Vacinas
Os médicos sabem que o sistema imunológico das pessoas pode ajudar a combater o câncer. Em casos raros, os sistemas imunológicos desses pacientes rejeitaram o câncer e eles foram curados. Atualmente, os pesquisadores estão tentando desenvolver formas de incentivar a reação imunológica por meio de vacinas.
Ao contrário das vacinas contra infecções, como sarampo, essas vacinas são projetadas para tratar, e não prevenir os linfomas. O objetivo é criar uma reação imune contra as células do linfoma em pacientes que têm a doença ou em pacientes cuja doença está em remissão. Uma possível vantagem deste tipo de tratamento é que parece ter efeitos colaterais limitados. Até agora, tem havido alguns sucessos com esta abordagem, que é uma importante área de pesquisa no tratamento dos linfomas. Neste momento as vacinas de linfoma estão disponíveis apenas em ensaios clínicos.
BiovaxID é uma vacina baseada no material genético único de um paciente com linfoma não Hodgkin de células B. A vacina usa uma proteína única obtida a partir das células do linfoma de cada paciente, durante a biópsia. Isto é combinado com substâncias que aumentam a resposta imunológica do corpo quando a combinação é injetada no paciente. A vacina demonstrou resultados preliminares promissores contra as células do linfoma do manto. Este tipo de vacina está disponível apenas em ensaios clínicos.
Fonte: American Cancer Society (11/03/2015)
Obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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