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quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Já ouviu falar em envelhecimento emocional?

7 de outubro de 2019

Posted by Ana Cláudia Vargas
A escritora Simone de Beauvoir afirma em seu livro, ‘A velhice’, que nós “recusamo-nos a nos reconhecer no velho que seremos”. Com a sua revisão histórica sobre o velho na sociedade podemos entender o quanto nos causa incômodo nos imaginar velhos.
Ana Salazar*
Inevitavelmente, os efeitos da senescência vem para todos, mas o prazer e a paz interna em viver a vida ao longo do tempo, ter paz pela história que cada um construiu e ter a plenitude em ser quem você se tornou com o tempo, não é para todos.
A busca pela beleza física e pela aparência cada vez mais impecável nos distancia de quem somos, e pode nos trazer dores. O recente aplicativo compartilhado e utilizado por todos como uma brincadeira, o FaceApp, possui uma tecnologia capaz de gerar a possível aparência no futuro.
Em segundos, temos uma ideia de como seremos idosos. As reações diante disso são diversas. E o tema já chegou nos consultórios de psicologia. “Este aplicativo pode oferecer uma ideia aproximada da imagem da velhice, mas com certeza ele não leva em conta o gerenciamento emocional, as influências diversas do envelhecimento e muito menos a singularidade de cada ser humano no processo”, afirma a Drª. Vannessa Resende, Gerontóloga e Psicóloga.
Envelhecer bem depende de um somatório de questões: estilo de vida, fatores econômicos, culturais, gênero, mas, sobretudo, de fortalecimento emocional. “Vivemos emoções positivas e negativas, precisamos saber nos relacionar emocionalmente, entender como as pessoas nos afetam e como lidamos com isso. O autoconhecimento, que inclui a autoconsciência das emoções, o entendimento da nossa história, e o motivo de certas escolhas, fazem parte do pacote do envelhecimento “, afirma a doutora.
As dores e as rugas da vida emocional
Naomi Eisenberger, Ph.D. em Psicologia daUniversidade da Califórnia, em Los Angeles, descobriu que os circuitos neurais para a dor física e emocional se sobrepõem. Em sua pesquisa, ela demonstrou essa sobreposição de uma variedade de metodologias convergentes – comportamento, genética e neuroimagem.
O estudo de Eisenberger, publicado na revista Science, avaliou a reação de voluntários à rejeição e observou que a resposta foi semelhante à da dor tradicional. Quanto mais o voluntário se sentia rejeitado, mais a área cerebral chamada córtex cingulado anterior dorsal (dACC) se ativava.
A região é conhecida como parte da rede da dor no cérebro e é a mesma estimulada quando nos incomodamos com um ferimento. Sentimentos como tristeza, estresse, tensão, medo e insegurança também podem se manifestar no corpo.
No decorrer da vida, podemos deixar “na gaveta” sonhos e metas. Muitos têm uma vida “plastificada”. No fundo, vivem no piloto automático e quanto menos sentido a vida tem para estas pessoas, a busca pela aparência pode aumentar. É um ciclo vicioso acrescido de outras fugas, desajustes e doenças físicas. O estresse em se manter eternamente jovem têm provocado alguns distúrbios e desequilíbrios emocionais.
Ana Salazar é jornalista.




obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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