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sábado, 5 de outubro de 2019

Porque é necessário incentivar a criança / adolescente diabético a desenvolver autonomia?






No caso de diabetes em criança, os pais ficam ansiosos, inseguros, temerosos e tendem a superproteger o filho, na tentativa de evitar que algum mal lhe aconteça. Essa superproteção, no entanto, gera mais insegurança e dificulta no aprendizado e no reconhecimento de alguns sintomas agudos e comuns do diabetes, assim como na forma adequada de tratá-los.
A hipoglicemia, por exemplo, é comum e quanto mais cedo a pessoa aprende a detectar seu sintoma e a maneira adequada de controlá-la menor o risco de complicações. Não podemos nos esquecer também o benefício de ajudar que a criança cresça se responsabilizando por si mesma, cuidando de seu corpo e de sua saúde.
A adaptação da criança depende, em grande medida, da família. É preciso ajudá-la a viver bem e a se integrar na família, na escola e na sociedade.
Depressão em crianças e Adolescentes com Diabetes
Pesquisas indicam que o Diabetes tipo 1 é um fator de risco para o desenvolvimento de desordens psiquiátricas em crianças e adolescentes. As principais desordens são depressão, baixa autoestima e risco aumentado para as adolescentes de distúrbio alimentar.
Bleger ( 1976) “...considera que as tendências depressivas são freqüentes e que a maior parte dos jovens diabéticos apresenta ansiedade, angústia e inquietação consciente diante do futuro.
Os problemas de ajustamento ao diabetes podem aparecer logo após o diagnóstico da doença, mas muitas crianças resolvem este problema dentro de um ano, já as que não resolvem, começam a apresentar controle metabólico fraco, problemas de aderência ao regime e dificuldades psicossociais (Delamater & cols., 2001)
O portador de diabetes que pode apresentar estes e outros sinais como revolta, rebeldia, recusa ao tratamento,irritabilidade,entre outros. Às vezes os problemas começam no momento do diagnóstico.
Reações comuns e sentimentos em crianças
As crianças em geral não sabem falar dos seus sentimentos por isso podem expressá-los de diversas formas:
Algumas se isolam e preferem ficar longe dos pais e dos amigos;
Outras ficam muito grudadas ao pai e a mãe;
Algumas apresentam alterações no sono;
Outras relatam pesadelos, medo de ficar só ou dormir no próprio quarto;
Outras se recusam a colaborar com o tratamento;
Outras ficam mais agressivas e briguentas com irmãos e amigos;
Algumas podem voltar a usar chupetas ou urinar na cama;
Podem ainda ocorrer falta de interesse em atividades que antes gostavam.
Reações comuns e sentimentos nos adultos:
Embora cada família tenha se jeito de lidar com os sentimentos, os primeiros dias são sempre mais difíceis, é normal que aconteçam sentimentos como:
Surpresa, sensação de perda de controle;
Preocupação com o que poderá acontecer com seu filho;
Sobrecarga, revolta, raiva em relação ao diagnóstico e a necessidade de mudança na rotina;
Preocupação em como a família irá lidar com as mudanças;
Medo de machucar a crianças quando for aplicar a insulina ou fazer controle de glicemia ou ainda que não será capaz de lidar com as novas tarefas;
Culpa pensando que é responsável pelo aparecimento do diabetes;
Tristeza, sensação de fracasso e impotência (inutilidade).
Como os pais podem ajudar ?
Você pode ajudar seu filho a superar esta fase mantenha a rotina o mais normal possível e converse com ele francamente sobre o diabetes. Quando a criança é pequena os pais assumem toda a responsabiidade pelo tratmento do diabetes conforme a criança vai crescendo deve ir se envolvendo cada vez mais com as tarefas, isto a ajuda compreender e conviver melhor com o diabetes.
Explique ao seu filho que o diabetes não aconteceu por culpa dele ou de ninguém, mas que há diversas coisas que pode fazer para manter-se saudável. Com o auxilio da família a criança que recebeu o diagnóstico de diabetes pode continuar a ter uma vida ativa, saudável e feliz.
Incentive seu filho a falar com você sobre qualquer duvida ou sentimento e responda as perguntas de forma tranquila, seja honesto e use linguagem simples para ajudá-lo a compreender. Mostre para seu filho que você compreende o quanto é difícil passar por esta experiência e deixe claro que você e toda a família estarão a disposição para ajuda-lo e procure uma associação de diabetes que poderá ajudar toda família na adaptação ao diabetes.
Como a Psicologia pode auxiliar a criança com diabetes e sua família?
Diante de toda a relação expressa entre o emocional e o diabetes, o acompanhamento psicólogo torna-se muito importante porque proporcionará uma elaboração dos aspectos emocionais da doença e com isso minimizara os sofrimentos psíquicos. O trabalho psicológico com a pessoa diabética tem como objetivo a elaboração e aceitação da doença para obtenção de uma melhor qualidade de vida.
Kovacs (2002) diz que não basta ter informações sobre a doença e suas repercussões. É importante ir além das informações, dos exames e medicamentos, dieta e exercícios físicos.
É importante dar atenção especial ao equilíbrio emocional do paciente portador de diabetes pois se o paciente não aceitar internamente a doença, pode impedir um bom controle da mesma. Lembrando que o diabetes será enfrentado diferentemente por cada paciente, pois dependerá da estrutura psíquica ou organização mental de cada um.
A importância do apoio psicológico não só para a pessoa diabética mas também para seus familiares que podem ser o "porto seguro", o apoio, a ajuda, o estímulo para um tratamento bem feito e para o resgate dessa pessoa que se encontra fragilizada..
Rosimeire GonçalvesE

Psicóloga Clínica/ Hospitalar






obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
http://www.adiabc.org.br

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