- Equipe Oncoguia
- - Data de cadastro: 19/07/2023 - Data de atualização: 19/07/2023
O diagnóstico precoce, amplamente incentivado pela medicina, é uma das formas de combate do câncer ósseo. Em julho, mês da campanha Julho Amarelo voltada para a conscientização sobre o câncer ósseo, entende-se mais sobre essa doença e como tratá-la. De acordo com o médico Olavo Feher, chefe do Grupo de Tumores do Sistema Nervoso, Sarcomas e Melanomas do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), o câncer ósseo primário é mais prevalente em crianças e jovens adultos.
Feher explica que é necessário existir uma divisão entre o câncer ósseo primário e o câncer ósseo secundário para entender o avanço da doença. O primário compreende os tumores que nascem a partir de células do esqueleto, e o secundário é um câncer que acomete os ossos, mas se origina em outros lugares. “Muitas das consequências são parecidas, mas é importante distingui-los. O câncer ósseo primário não é um tumor único, a gente tem uma diversidade de tipos de tumores e ele oferece uma oportunidade de diagnóstico precoce que é importante.” Quando é primário, há mais chances de cura.
Atenção aos sinais
Algumas manifestações do corpo indicam que pode haver um câncer ósseo. A primeira delas é a dor, seguida de outros efeitos: “O aumento de volume e às vezes o aumento de temperatura na região, algumas vezes existe até uma certa vermelhidão.” O médico reitera que são sinais muitas vezes sutis e que podem ser confundidos com uma dor passageira. Para evitar isso, os pacientes devem ficar atentos, mas também os médicos: “Os médicos de atenção primária e os que vão tomar o primeiro contato com esse paciente precisam estar atentos à persistência desses sinais, não só assumir que seja um quadro de origem ósseo muscular ou articular e só medicar sintomaticamente”, orienta Feher.
Tratamento primário
Existem tratamentos sistêmicos para o câncer ósseo como quimioterapia, cirurgia e eventualmente radioterapia, a depender da particularidade do câncer. No caso de metástase óssea, ou seja, quando há um avanço significativo do câncer, isso vai demandar atenção dependendo das consequências no osso e do risco de eventos ósseos. “A gente tem metástases que doem mas não enfraquecem os ossos e a gente tem metástases que doem e enfraquecem os ossos e criam um risco às vezes iminente de fratura, então o tratamento da doença vai depender desse risco”, esclarece.
A metástase se diferencia do tratamento do câncer em si, pois este é tratado de maneira global. “A metástase vai requerer uma atenção especial. Às vezes uma metástase óssea que deixa o osso instável pode requerer antes do tratamento primário uma fixação ortopédica para impedir que o osso frature antes, por exemplo, de uma radioterapia”, explica o médico.
Ausência de medidas preventivas
Não existem medidas de prevenção para o câncer ósseo. “A melhor medida para melhorar os resultados é o diagnóstico precoce, não existe um um tratamento preventivo.” Alguns cânceres podem decorrer de alterações genéticas que aumentam sua incidência, mas a detecção precoce continua sendo a melhor forma de evitar complicações. “Principalmente na faixa pediátrica, são tumores que, quando detectados precocemente, têm um prognóstico relativamente bom e uma curabilidade relativamente alta”, conclui Feher.
Fonte: Jornal da USP
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Carla
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