O que é tenesmo?
O tenesmo é um espasmo do esfíncter anal ou vesical com desejo urgente de defecar ou urinar, mas com eliminação de quantidade mínima ou nenhuma de fezes ou urina. O tenesmo indica, pois, a sensação de um resíduo e nem sempre está correlacionado com a presença real de matéria fecal ou urinária no reto ou na bexiga.
Nem sempre o tenesmo é doloroso, mas é muito incomodativo e quase sempre é acompanhado por esforço involuntário e por ansiedade. O tenesmo retal se expressa como uma sensação de defecação incompleta; sensação de incapacidade ou dificuldade de esvaziar o intestino na defecação, mesmo que o conteúdo intestinal já tenha sido evacuado.
A mesma coisa, com as devidas modificações necessárias, ocorre no tenesmo vesical. O tenesmo vesical é experimentado como uma sensação de esvaziamento incompleto, apesar da bexiga estar vazia. A tradição fez com que quando se fala simplesmente de tenesmo esteja se referindo ao tenesmo retal. Assim, o termo tenesmo retal é um retrônimo para distinguir o tenesmo relacionado à defecação do tenesmo vesical.
Como se apresenta clinicamente o tenesmo?
O tenesmo se apresenta como uma intensa vontade de evacuar ou de urinar, motivando uma ida repetitiva ao banheiro (até 60 vezes por dia, ou mais, nos casos mais intensos) sem que haja fezes ou urina residuais a serem eliminadas. O esforço para evacuar ou urinar parecem só aliviar muito momentaneamente esse sintoma, que reaparece inúmeras vezes, quase sempre acompanhados da ideia de que “agora é verdadeiro”. O tenesmo pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas é mais frequente em pessoas idosas.
Quais são as causas do tenesmo?
O tenesmo não é uma doença em si mesmo, mas uma manifestação de uma doença subjacente.
O tenesmo retal pode dever-se, entre outras condições gastrointestinais, à síndrome do intestino irritável, doenças inflamatórias intestinais, retite por irradiação, tumores do reto, infecções retais, doença diverticular, hemorroidas, disfunção do assoalho pélvico e colostomia/ileostomia.
O tenesmo vesical é mais frequente em pessoas mais velhas, em mulheres mais que em homens e pode ser devido a infecções urinárias, herpes genital, vaginite, cálculo nos rins, cistocele (bexiga caída), excesso de peso e tumor na bexiga.
Como o médico diagnostica o tenesmo?
Em casos de tenesmo, o essencial é reconhecer suas causas. Para avaliar o tenesmo e identificar suas causas, deverão ser realizados uma avaliação médica completa e um exame físico. Causas subjacentes sérias, como câncer e outras, precisam ser encontradas prontamente, já que a intervenção precoce é fundamental para a recuperação e o manejo delas.
O paciente deve informar sobre seus sintomas (início, duração, frequência e gravidade), hábitos intestinais, dieta, estilo de vida e outros problemas de saúde. Um exame abdominal detalhado, incluindo um exame retal também deve ser feito. Outros exames de laboratório que podem ser realizados na busca de identificar as causas do tenesmo incluem exames de sangue, cultura de fezes, radiografia simples ou tomografia computadorizada da região abdominal e pélvica, colonoscopia e rastreio de doenças sexualmente transmissíveis.
Como o médico trata o tenesmo?
O tratamento do tenesmo consiste essencialmente em tratar a enfermidade de base que o esteja causando. Se houver dor pode ser administrado concomitantemente com o tratamento da doença primária um analgésico comum. A metadona tem demonstrado ser um medicamento muito eficaz no controle da dor. Outros tratamentos sintomáticos ou para combater complicações locais que podem ser utilizados incluem fármacos anti-inflamatórios, supressores do sistema imunológico, corticoides, antibióticos e laxantes.
Chefes da Equipe de Revisão:
Dr. Alonso Augusto Moreira Filho e Dra. Vandenise Krepker de OliveiraAs notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.
FONTE:https://www.abc.med.br/
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abs
Carla
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