Powered By Blogger

terça-feira, 25 de julho de 2023

NEFROLOGIA/UROLOGIA :Refluxo vesicoureteral: o que saber sobre ele?

 Refluxo vesicoureteral: o que saber sobre ele?

 

 

 

 

O que é refluxo vesicoureteral?

Chama-se refluxo vesicoureteral ao fluxo anormal de urina que volta da bexiga até os ureteres, invertendo assim seu sentido normal, dos ureteres para a bexiga. O refluxo vesicoureteral pode ser primário, quando a criança já nasce com o problema, ou secundário, quando adquirido em virtude de um mau funcionamento do trato urinário.

Quais são as causas do refluxo vesicoureteral?

O refluxo vesicoureteral primário tende a ocorrer em famílias, o que indica que ele pode ser genético, mas a causa exata do problema ainda é desconhecida. A causa do refluxo vesicoureteral secundário é um bloqueio ou um mau funcionamento do sistema urinário, na maior parte das vezes devido a uma infecção. As crianças brancas parecem ter maior risco de refluxo vesicoureteral. O refluxo vesicoureteral primário é mais comum em meninos, mas as meninas têm cerca do dobro do risco de apresentarem refluxo vesicoureteral secundário. Em geral, crianças até um ano de idade são mais propensas a ter refluxo vesicoureteral.

Qual é a fisiopatologia do refluxo vesicoureteral?

O sistema urinário inclui os rins, ureteres, bexiga e uretra. Os rins filtram a água, os eletrólitos (sódio, cálcio, potássio, etc.) e outros elementos, os quais constituem a urina, transportada pelos ureteres até a bexiga, onde é armazenada até ser eliminada do corpo pela uretra, durante a micção. Dessa forma, a urina flui num sentido progressivo, dos rins para o exterior do corpo. O refluxo vesicoureteral inverte este sentido num certo trecho do fluxo normal da urina. No refluxo vesicoureteral primário, o defeito está localizado na válvula entre a bexiga e o ureter, que normalmente fecha para evitar que a urina flua para trás. Enquanto a criança cresce, os ureteres se alongam e isso eventualmente pode resolver o refluxo. O refluxo vesicoureteral secundário geralmente resulta de um bloqueio ou de um mau funcionamento do sistema urinário.

Quais são os principais sinais e sintomas do refluxo vesicoureteral?

Mais frequentemente o refluxo vesicoureteral é diagnosticado em lactentes e crianças pequenas. O refluxo vesicoureteral em si nem sempre causa sinais e sintomas perceptíveis, mas quase sempre ocasionam infecções do trato urinário. Quando existem sinais e/ou sintomas, eles podem incluir um impulso forte e persistente de urinar, uma sensação de queimação ao urinar, pequenas quantidades de urina a cada micção, urina turva e com cheiro forte, febre, dor no flanco ou no abdômen, hesitação ao urinar para evitar a sensação de queimação.

Em crianças pequenas também podem incluir febre inexplicável, diarreia, falta de apetite e irritabilidade. Nas mais velhas, o refluxo vesicoureteral pode levar a sinais e sintomas como xixi na cama, constipação intestinal ou perda de controle sobre os movimentos do intestino, pressão alta, proteinúria (presença de proteína na urina) e insuficiência renal. Uma indicação do refluxo vesicoureteral pode ser detectada antes do nascimento, por ultrassonografia, que indica dilatação dos rins ou da árvore urinária de um ou de ambos os lados, causado pelo retorno da urina para os rins. Nos casos mais leves, a urina reflui apenas para o ureter, mas nos casos mais graves pode chegar até os rins, provocando hidronefrose e/ou torção do ureter.

Como o médico diagnostica o refluxo vesicoureteral?

Uma ultrassonografia dos rins e da bexiga pode detectar anormalidades estruturais. Essa mesma tecnologia pode revelar rins dilatados no bebê em gestação, no refluxo vesicoureteral primário. Uma cistoureterograma miccional (radiografias tomadas enquanto a bexiga está esvaziando) pode detectar anormalidades e mostrar o sentido do fluxo de urina. Uma varredura nuclear, também conhecida como cistograma por radionuclídeo, utiliza um marcador radioativo para mostrar se o trato urinário está funcionando corretamente ou não. Uma analise bioquímica da urina, feita em laboratório, pode revelar se há ou não infecção urinária. Outros testes podem ainda ser necessários para determinar a presença do refluxo vesicoureteral.

Como o médico trata o refluxo vesicoureteral?

O tratamento do refluxo vesicoureteral depende da gravidade da condição. Crianças com casos leves podem eventualmente superar o problema por si mesmas. Para os casos mais graves pode-se usar medicamentos, conforme o quadro clínico, ou cirurgia aberta ou laparoscópica para reparar a válvula entre a bexiga e cada ureter afetado. A cirurgia requer anestesia geral e a permanência no hospital por uns poucos dias.

Como evolui o refluxo vesicoureteral?

Nos casos mais leves o refluxo vesicoureteral pode desaparecer sozinho. A cirurgia em geral oferece bons resultados, podendo o problema persistir em uns poucos casos.

Quais são as complicações do refluxo vesicoureteral?

O refluxo vesicoureteral aumenta o risco de infecções do trato urinário. Os riscos associados ao cistoureterograma miccional incluem o desconforto do cateter e de manter a bexiga cheia e, também, a possibilidade de infecção do trato urinário. O cistograma por radionuclídeo faz com que a urina fique ligeiramente rosa por um ou dois dias após o teste. Outras complicações dependem da gravidade do refluxo e podem incluir cicatrizes renais, infecções do trato urinário de difícil tratamento, dilatações renais, elevação da pressão, hidronefrose e insuficiência renal.

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Mayo ClinicNational Kidney Foundation e National Health Service (NHS) do Reino Unido.

ABCMED, 2015. Refluxo vesicoureteral: o que saber sobre ele?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/794184/refluxo-vesicoureteral-o-que-saber-sobre-ele.htm>. Acesso em: 21 jul. 2023.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

 

FONTE:https://www.abc.med.br/p/
 

#autocuidadoéSobreViver #JulhoVerde2022 #CampanhaNacionalPrevençãoCCP #CCP #CâncerdeCabeçaePescoço #acbgbrasil@ 


 

 

 

 

 


 




obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vc é muito importante para mim, gostaria muito de saber quem é vc, e sua opinião sobre o meu blog,
bjs, Carla