Publicado em: 08/06/2015 - 13:06:40
A quimioterapia,
uma das principais condutas terapêuticas para o tratamento do câncer,
utiliza medicamentos potentes que tem como objetivo destruir as células
doentes. Dr. José Augusto Rinck Jr, titular do Departamento de Oncologia
Clínica do A.C.Camargo, responde algumas das dúvidas mais comuns sobre
esse tratamento.
Toda quimioterapia causa queda de cabelos?
Depende. Atualmente, a quimioterapia possui mais de
50 medicamentos e diversas combinações entre eles, possibilitando
inúmeras alternativas de tratamento, que também podem resultar em
diferentes reações, mais ou menos potencializadas. A queda de cabelo é
uma dessas reações e pode ou não acontecer, tudo depende do tipo de
medicação que será utilizada em cada caso.
O organismo do paciente também é um fator que interfere na variação dos
efeitos colaterais. Por isso, sintomas como a queda de cabelos, náuseas,
vômitos, entre outros, podem ser mais comuns em alguns pacientes do que
em outros.
Além disso, há também o monitoramento médico: em casos de remédios com
efeitos colaterais conhecidos como náusea e vômitos, o oncologista pode
utilizar paralelamente outros medicamentos que inibem essas reações -
mas para prevenir a queda de cabelo nenhum medicamento se mostrou 100%
eficaz.
Geralmente, o paciente ganha peso durante o tratamento?
Depende. Varia de acordo com o medicamento prescrito
pelo médico. Nem todos têm como efeito colateral o ganho de peso.
Porém, uma vez previsto, cabe ao oncologista monitorar essa alteração e
determinar um limite máximo, para evitar qualquer risco de complicação
ao organismo.
Quando essa reação for inesperada, deve-se investigar as causas, que
geralmente não estão relacionadas à quimioterapia, mas a outros fatores,
como distúrbios hormonais, ausência de atividade física, outras
doenças, e, principalmente, hábitos alimentares inadequados. Nesses
casos, por exemplo, o auxílio de uma nutricionista é fundamental e
complementa o atendimento multidisciplinar realizado em centros de
referência como A.C.Camargo.
Alterações hormonais podem ocorrer?
Depende. Novamente, a reação pode acontecer ou não,
dependendo do tipo de medicamento utilizado e também o modo como o
organismo do paciente reage à terapia. Mudanças no ciclo hormonal da
mulher, por exemplo, podem ocorrer quando a quimioterapia afeta os
ovários, assim como a perda de hormônios e a menopausa precoce.
Medicamentos quimioterápicos exigem acompanhamento médico frequente?
Verdade. Quando o médico prescreve a utilização de
determinado remédio no tratamento quimioterápico, ele tem embasamento
técnico e científico para isso. Como a maioria dos quimioterápicos
apresentam efeitos colaterais, o paciente deve realizar regularmente
consultas e exames de sangue, o permite ao médico monitorar todas as
etapas do tratamento e contornar grande parte das reações indesejadas.
Além dos casos em que a quimioterapia é a principal modalidade no plano
terapêutico do paciente, esse acompanhamento médico deve ocorrer também
quando sua função for complementar (terapia adjuvante ou neoadjuvante),
com o objetivo de controlar ou diminuir a magnitude dos efeitos.
Terapias alternativas podem substituir a quimioterapia?
Mito. Apesar de algumas drogas utilizadas na
quimioterapia serem derivadas de elementos da natureza, como raízes,
cascas, flores e frutas, é preciso descobrir exatamente qual é a
substância capaz de destruir o tumor. Logo, não basta preparar um chá de
uma determinada planta. São necessárias altas concentrações dessa
substância, que devem ser analisadas e testadas antes de serem
comercializadas e aplicadas, com o objetivo de se descobrir não só qual a
dose e frequência corretas, como também os possíveis efeitos colaterais
tanto a curto como a longo prazo. Por isso, essas terapias
alternativas, sem pesquisas sobre sua ação, podem não inibir a
progressão do câncer e piorar o quadro clínico, diminuindo as chances de
sucesso no tratamento.
Dr. José Augusto Rinck Jr. - CRM 94128
Médico Titular da Oncologia Clínica
Especialista em Cancerologia - RQE nº 23927
fonte:https://accamargo.org.br/sobre-o-cancer/noticias/mitos-verdades-sobre-quimioterapia
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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