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sábado, 30 de setembro de 2023

CÂNCER EM PET: Entendendo o Linfoma em cães e gatos

 5/09/23

 

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Quando se trata da saúde dos nossos pets, não medimos esforços para garantir que vivam uma vida longa e saudável. No entanto, há condições que podem afetá-los. 

Uma delas, é o linfoma em cães e gatos, cuja incidência anual é de 6 a 30 casos novos para cada 100 mil cães e 200 casos novos para cada 100 mil gatos. 

Neste artigo, vamos esclarecer tudo o que você precisa saber sobre o linfoma em pets: 

O que é o Linfoma? 

Linfomas são neoplasias caracterizadas pela proliferação clonal de linfócitos malignos. Também conhecidos como linfossarcoma ou linfoma maligno, originam-se principalmente de órgãos linfoides, como medula óssea, baço e linfonodos. 

Entretanto, os linfomas podem se desenvolver em praticamente qualquer órgão, pela contínua migração dos linfócitos pelos diferentes tecidos do organismo.

Tipos de linfoma que atingem cães e gatos 

O linfoma em cães e gatos pode apresentar diferentes localizações anatômicas, sendo classificado em multicêntrico, mediastinal, alimentar, cutâneo e extranodal. 

Normalmente, o linfoma multicêntrico é o mais comum em cães. Em contrapartida, as formas mais diagnosticadas em gatos são a alimentar e a mediastinal. 

  • Linfoma Multicêntrico: este é o tipo mais prevalente de linfoma em cães. Ele afeta os linfonodos em várias partes do corpo, podendo causar inchaço e desconforto. 
  • Linfoma Alimentar: afeta os órgãos do trato gastrointestinal, levando a sintomas como vômitos, diarreia e perda de peso. 
  • Linfoma Cutâneo: este tipo afeta a pele, causando lesões e protuberâncias que podem ser confundidas com alergias ou infecções cutâneas. 
  • Linfoma Mediastínico: afeta a área do tórax e pode causar dificuldades respiratórias e tosse.

Raças com maior predisposição ao linfoma em cães 

Embora o linfoma possa afetar qualquer raça de cães, algumas apresentam maior predisposição. 

O linfoma em cães costuma ter maior incidência em raças como Boxer, Rottweiler, Poodle, Chow­chow, Beagle, Basset Hound, Pastor Alemão, São Bernardo, Scottish Terrier e Bulldog. 

Algumas raças podem apresentar alterações genéticas, resultando em predisposição familiar, como Bull Mastiff e Golden Retriever. 

É possível que esta última seja predisposta em virtude de uma deficiência nos mecanismos de reparo do DNA.

Raças com maior predisposição ao linfoma em gatos 

Geralmente, o linfoma em gatos costuma ser mais incidente entre os Siameses e British Shorthairs. 

Além destes, as raças orientais também apresentam maior risco de desenvolver a doença. 

Normalmente, os animais adultos e idosos são os mais acometidos. Porém, existem relatos de animais jovens, principalmente quando se trata de gatos FELV positivo.

Detecção precoce e diagnóstico do linfoma em pets 

Inegavelmente, a detecção precoce do linfoma em cães e gatos é fundamental para garantir o sucesso do tratamento. 

Assim, fique atento a sinais como perda de apetite, letargia, inchaço nos gânglios linfáticos, perda de peso inexplicável e mudanças no comportamento do seu pet. 

Se acaso notar qualquer sintoma incomum, é essencial consultar o veterinário imediatamente.

Geralmente, o diagnóstico é confirmado através de biópsia, mas também envolve exames de sangue e de imagem, como ultrassonografia abdominal e RX de tórax.

Exame PARR 

O PARR é um exame genético utilizado especificamente para detectar linfomas e leucemias, em especial nos casos em que os exames tradicionais são inconclusivos ou que há uma suspeita de resultados equivocados. E nisso cabe uma explicação. 

Via de regra, os tumores não costumam ser estruturas homogêneas. 

Dessa maneira, eles se modificam com o tempo, podem variar de tamanho e ser compostos por diferentes tipos de células. 

Assim, uma amostra retirada de uma área específica do tumor pode levar a resultados falsos negativos, por exemplo. 

No entanto, com o PARR, não existe esse problema. Ele pode ser realizado com a mesma amostra retirada para o exame convencional. 

Contudo, por ser um exame genético, sua precisão tende a ser maior. 

Quimioterapia no tratamento do linfoma em cães e gatos 

Atualmente, a principal modalidade de tratamento para o linfoma em cães e gatos é a quimioterapia. 

Nesta abordagem, medicamentos específicos são administrados para destruir as células cancerígenas. 

No entanto, a resposta ao tratamento depende da classificação do linfoma, do estágio da doença e da saúde geral do animal. 

Frequentemente, já percebemos o alívio dos sintomas e a redução de linfonodos na primeira semana de terapia, como no caso do linfoma multicêntrico, por exemplo.

Neste contexto, diversos protocolos e substâncias são empregados na quimioterapia. 

Porém, em casos nos quais a resposta a uma medicação é insatisfatória ou em que efeitos secundários marcantes surgem, a possibilidade de transição para outras abordagens terapêuticas permanece disponível. 

Tratamento e perspectivas

O tratamento do linfoma em cães e gatos entra em vigor após a confirmação diagnóstica e a realização de exames que fornecem uma perspectiva abrangente sobre o estado de saúde do animal e o grau em que o organismo foi comprometido pela doença. 

Existem diversos protocolos para o tratamento. 

A escolha vai depender do tipo de linfoma, estado geral da saúde e temperamento do animal e disponibilidade do tutor. 

Geralmente, as administrações se estendem por um período de 6 a 12 meses. Para alguns pacientes, alguma terapia de manutenção ao longo da vida se faz necessária. 

Temos vários animais em tratamento e já tratados para o linfoma, sendo os cães a categoria com a maior incidência e uma resposta mais positiva aos procedimentos terapêuticos. 

Em geral, conseguimos conferir uma sobrevida com qualidade para a grande maioria dos animais diagnosticados com essa condição. 

Enquanto os efeitos colaterais são uma realidade, a supervisão frequente, que inclui avaliação clínica e contagem de células sanguíneas, é um aspecto crucial durante todo o curso do tratamento. 

Além disso, existem condutas para que os efeitos sejam minimizados. 

A Importância de um Centro Oncológico Veterinário especializado 

Enfrentar o diagnóstico de câncer em um pet é um desafio emocional para todos os envolvidos, tanto para os familiares quanto para o médico veterinário. 

É por isso que contar com um Centro Oncológico Veterinário especializado faz toda a diferença. 

Profissionais treinados em Medicina Veterinária oncológica podem oferecer tratamentos personalizados, monitoramento contínuo, apoio emocional e acolhimento em todas as etapas do processo. 

O linfoma em cães e gatos é uma doença séria. Porém, a detecção precoce e os tratamentos disponíveis oferecem esperança para nossos amigos de quatro patas. 

Ao adotar uma abordagem preventiva, estar ciente dos sintomas e buscar ajuda veterinária especializada, podemos fazer com que nossos companheiros peludos tenham a melhor qualidade de vida possível. 

Lembre-se: você não está sozinho nessa jornada. 

Os profissionais de um centro oncológico veterinário especializado estão prontos para oferecer o suporte necessário para enfrentar o desafio do linfoma em pets de forma eficaz e compassiva. 

Texto revisado por: 
Dra. Bruna Grazziotin – CRMV 13206
Médica Veterinária

 


 

FONTE:https://www.petsupport.com.br/blog/cardiologia-veterinaria/


 

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Carla

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