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sábado, 10 de agosto de 2024

Desafios do câncer de pulmão envolvem prevenção e rastreio e instituições lançam campanha de conscientização


 Equipe Oncoguia

Data de cadastro: 06/08/2024

 Data de atualização: 06/08/2024

O câncer de pulmão é o quarto tipo mais incidente no Brasil e representa cerca de 13% de todos os casos de câncer. Contudo, apesar de não ser o mais frequente, é o mais letal: uma em cada cinco mortes de câncer são de pulmão. O rastreio em estágios mais iniciais é um dos principais desafios para mudar esse cenário, mas outros elementos, como os cigarros eletrônicos, têm levantado alertas que podem piorar o cenário. Este foi apenas um dos temas discutidos no 7º Fórum Oncoguia de Câncer de Pulmão, realizado na quinta-feira, 1 de agosto, primeiro dia do Agosto Branco, mês da conscientização da condição.

Um dos participantes do evento foi Roberto Gil, oncologista clínico e diretor-geral do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Em sua mesa, ele falou sobre as estimativas de incidência desse tipo de câncer na população, que é a terceira maior incidência nos homens e a quarta nas mulheres no Brasil. Em estimativas que mostram a incidência entre os gêneros, é possível ver que entre os homens existe uma certa diminuição, enquanto nas mulheres há estabilidade e, em alguns momentos, aumento. “As mulheres entraram depois no tabagismo e elas são menos reativas às campanhas por alguma razão psicológica que temos estudado. Eu posso dizer que, na oncologia [o câncer de pulmão] é uma das poucas curvas que temos que mostra queda de incidência e de mortalidade, particularmente mortalidade, as mulheres começam a estabilizar agora”, explica o médico.

Ele defende a importância de investir em prevenção e diagnóstico precoce, evitando que a doença se torne crônica. Segundo Gil, ações contra o vício no tabagismo, por exemplo, representam medidas de prevenção que podem ser adotadas e que já implementadas no passado com bons resultados. Ele reforçou ainda que o aumento do preço comercial do cigarro, o segundo mais barato na região das Américas, poderia ser outra medida – fato que vai em linha com a estratégia do Imposto Seletivo para produtos nocivos à saúde previsto na reforma tributária.  

Além disso, o rastreamento é uma alternativa adotada em alguns países. Contudo, deve ser realizada de forma organizada. No Brasil, explica o diretor-geral do INCA, a aplicação desse método não diminuiu mortalidade de tumores como o de colo, uterino e de mama, por isso a organização e boa estruturação são essenciais – os vazios assistenciais e a falta de capacidade de realização de determinados exames podem coibir a tentativa do rastreamento, por exemplo. Gil também afirmou que é preciso qualificar as filas de regulação: “Hoje, um paciente que tem doença avançada espera o mesmo tempo que um paciente com doença inicial. Acho que a gente tem que investir nas fases iniciais, discutir custos e sustentabilidade, se a gente não fizer isso, nada sem sustentabilidade se mantém”, conclui. 

Ele ainda comentou os avanços que aconteceram nas últimas décadas, com a chegada de novas terapias e medicamentos os diferentes tipos de tumores. Contudo, eles chegam com o desafio de carregar alto custo: segundo Gil, medicamentos que garantem sobrevida a pacientes oncológicos saíram de três dígitos para serem cobrados na casa dos milhares de reais. “O grande problema foi que medicamento virou hoje, numa lógica perversa da bolsa do Louis Vuitton, um objeto de desejo, eu posso tê-la ou não, a minha vida não depende daquilo, só que um remédio não é assim”, comenta o médico. Ele defendeu que a avaliação de novas tecnologias precisa levar em conta a sustentabilidade dos sistemas.

Lançamento de campanha nacional de conscientização do câncer de pulmão

Durante o evento, o Instituto Oncoguia lançou a campanha “Pulmão: O herói invisível – Proteja Quem Te Protege”, que tem o objetivo de disseminar informações sobre este tipo de câncer de forma lúdica e incentivar práticas saudáveis e preventivas, principalmente entre a população jovem. A iniciativa busca ainda conscientizar sobre os malefícios do uso do cigarro comum e o eletrônico, conhecido como vape, e também sobre os impactos da poluição para no órgão do sistema respiratório.

“Tem muita novidade chegando para a gente realmente chegar com essa mensagem tão importante de conscientização sobre o câncer de pulmão, sem nem um minuto descuidar dos nossos pacientes que nós representamos aqui”, comentou Luciana Holtz, fundadora e presidente do instituto, durante o lançamento. “Na causa do câncer de pulmão, ainda estamos diante de muitos
preconceitos e estigmas, e as pessoas estão morrendo por falta de informação, cuidado e acesso. Precisamos de mais atenção.”

A ação acontece durante todo o mês de agosto majoritariamente em ambiente digital e prevê a distribuição de cartilhas especializadas, pesquisas e atividades interativas com o intuito de alcançar a população, políticos e gestores. Outras 12 ONGs espalhadas pelo Brasil apoiam a iniciativa: Rede Feminina Nacional de Combate ao Câncer, Rede Feminina Estadual de Combate ao Câncer do Piauí e do Mato Grosso do Sul, Rede Feminina de Combate ao Câncer de Brasília e Chapadão do Sul (MS), Fundação Antonio Dino, ASPEC – Ação Solidária às Pessoas com Câncer, ASFECER – Associação Feminina de Prevenção e Combate ao Câncer de São João Nepomuceno (MG), Associação Nossa Casa, Instituto Camaleão, IGCC – Instituto de Governança e Controle do Câncer e NASPEC – Núcleo Assistencial para Pessoas com Câncer.

O 7º Fórum Oncoguia de Câncer de Pulmão marcou também a entrega do Prêmio Ativista de Destaque na Causa do Câncer de Pulmão, com nomes como a pneumologista Margareth Dalcolmo, Verônica Stasiak, fundadora do Unidos pela Vida, Iane Cardin, Claudia Lopes, Sandra Marques, Clarissa Baldotto, Clarissa Mathias, Fernando Moura, Gustavo Prado, Daniel Bonomi e Ricardo Sales.

 

Fonte: Futuro da Saúde






FONTE: https://www.oncoguia.org.br/



 
 
 









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abs

Carla

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