O
Dia Nacional do Combate ao Fumo, comemorado hoje, foi criado com o
intuito de incentivar a redução de consumo de tabaco no Brasil.
Atualmente, o tabagismo é um grande problema de saúde pública no país, matando a cada ano aproximadamente 200 mil pessoas.
Segundo o pneumologista da Divisão de Controle do Tabagismo do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca),
Ricardo Meirelles, essa doença causa cerca de outras 50 outras, dentre
elas, câncer de pulmão, boca, laringe e esôfago. Também pode aumentar as
chances de se desenvolver leucemia, linfoma, osteoporose e doenças
cardiovasculares e respiratórias. “O tabagismo é reconhecido pela OMS
como uma dependência química da nicotina e a pessoa que é fumante tem
maior tendência a ter doenças crônicas, muitas delas, fatais” explica o
médico.
Meirelles explica que não existe quase
nenhum órgão do corpo humano que não seja afetado pelo tabaco, direta ou
indiretamente. “Não há nenhum benefício em fumar tabaco ou seus
derivados. O fumante vira um escravo da nicotina, seja por uso de
cigarros, narguilé, cachimbo, cigarrilha e outros”.
O professor de dança Paulo Vinícius
Pereira, 25 anos, começou a fumar com 16 anos, mas há quatro anos não
fuma mais. Ele iniciou o tabagismo por estímulo dos amigos. “Comecei a
fumar só em festas ou finais de semana. Depois passei a comprar
carteiras e fumar em dias úteis. Saí rapidamente do cigarro mentolado
para o normal. Foi difícil conseguir parar, mas tive muita força de
vontade”, afirma o professor.
O pai de Paulo faleceu de câncer na laringe
e sua mãe sempre se preocupou com a saúde do filho, o incentivando a
parar de fumar. Para ele, largar o uso do tabaco foi essencial para
melhorias no condicionamento físico e aumento de apetite. “Depois que
larguei o cigarro, passei a ter mais fôlego, mais vontade e ânimo para
fazer tudo. O cigarro atrapalhava minhas atividades de dança e
academia”, afirma.
Narguilé- Considerado
inofensivo por muitos, o narguilé, um cachimbo de água utilizado com
fumo aromatizado também leva à dependência e causa males à saúde. “Uma
sessão de narguilé expõe o fumante à inalação de fumaça por um período
muito maior do que quando ele fuma um cigarro. Estudos mostram que o
volume de tragadas do narguilé pode chegar a 1000 ml em uma sessão de
uma hora”, explica Ricardo Meirelles.
João Paulo Loureiro, 28 anos, faz uso do
narguilé há 12 anos, geralmente nos finais de semana ou em dias de
festas. Ele desconhece os malefícios do hábito. “Eu achava que a fumaça
do narguilé por vir fria e aromatizada causava menos mal à saúde. Uso
narguilé por gostar do cheiro que deixa nas roupas”.
O pneumologista Ricardo Meirelles explica
que não é porque tem água que o narguilé faz menos mal. “A pessoa inala
uma grande quantidade de toxinas, sem filtro e sem sentir tantos
incômodos. O carvão quando queima também libera substâncias
cancerígenas. Quão maior o tempo de exposição, maiores os danos para o
corpo, pois a concentração dessas substâncias no organismo tem efeito
cumulativo”, explica.
SUS – O Ministério da Saúde, em parceria com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), oferece ampla assistência a
quem quer parar de fumar, desde o acompanhamento do paciente por
profissionais de saúde até a oferta de medicamentos – entre adesivos,
pastilhas, gomas de mascar e o antidepressivo bupropiona.
Em abril deste ano através da Portaria nº 571,
foram atualizadas as diretrizes de cuidado à pessoa tabagista no âmbito
da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é ampliar o acesso ao tratamento da dependência à nicotinanma na rede pública de saúde.
Fonte: Kathlen Amado / Blog da Saúde
obs.conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs,
Carla
fonte: http://www.blog.saude.gov.br/29-de-agosto-dia-nacional-de-combate-ao-fumo/
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