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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Jornal Nacional vai apresentar reportagens especiais sobre o câncer:Conheça um dos maiores centros de tratamento de câncer do planeta

Nesta semana em que o Jornal Nacional apresentou uma série especial de reportagens sobre o câncer, José Roberto Burnier e Ronaldo de Sousa mostram o hospital que se tornou uma referência mundial.

 

 

Nesta semana em que o Jornal Nacional apresentou uma série especial de reportagens sobre o câncer, José Roberto Burnier e Ronaldo de Sousa mostram o hospital nos Estados Unidos que se tornou uma referência mundial.
Visto do alto parece o centro de uma grande cidade. Mas é um dos maiores complexos médicos do mundo. Em mais de um milhão de metros quadrados de Houston, no Texas, estão 40 instituições. É lá que fica o M. D. Anderson – um dos maiores centros de tratamento e pesquisa contra o câncer do planeta. São 22 mil funcionários, 1,7 milhão de pessoas atendidas em 2012 e 115 mil internados em tratamento.
A maioria é de americanos. Mas tem gente que vem de fora. Ao todo, 21 brasileiros se trataram no ano passado. Todos pagaram do próprio bolso. Só há acordos do M.D.Anderson com hospitais brasileiros para pesquisas. Stephanie Puente, responsável pelo setor, reconhece que o tratamento é caro e que os planos de saúde internacionais bancam só uma parte do custo. Quem não tem plano, paga do próprio bolso.
“Nossos pacientes vêm atrás de uma segunda opinião. Muitos não têm planos de saúde internacionais. Então eles pegam conosco a orientação e voltam para seus países de origem para fazer o tratamento”, diz ela.
Jason Vieira descobriu a doença quando se tratava de uma trombose na perna. “Quando fui receber o resultado, eu tinha câncer nos dois pulmões e metástase com quatro tumores no cérebro”, conta o chefe de cozinha.
Jason passou por um tratamento sofisticado. Fez uma radioterapia direcionada, que ataca apenas o foco da doença. E uma quimioterapia-alvo, com remédios específicos para aquele tipo de tumor.
“Dois cânceres da cabeça regrediram quase à estaca zero. Outros dois se transformaram em pequenos pontos. Meu pulmão limpou”, diz.
Emocionado, Jason faz uma dura autocrítica: “Fumei durante 23 anos. É o cúmulo da ignorância fumar. É uma prova de desrespeito a si mesmo e de não amor à vida”.
A radiologia do hospital, por onde Jason passou, é um bom exemplo de como a tecnologia está ajudando no combate ao câncer.
O chamado acelerador de próton é hoje o principal aparelho de emissão de radiação para o tratamento de câncer. Com ele, os médicos conseguem atacar diretamente e somente a área onde está o câncer, sem provocar ferimentos nos tecidos e nos órgãos que estão vizinhos à área onde foi lesionada. É uma máquina enorme pra uma precisão milimétrica.
Máquinas de última geração e estudos avançados. Cerca de mil protocolos de tratamento estão sendo pesquisados em 10 mil pacientes. O hospital tem o maior banco de tumores do mundo. São pouco mais de 100 mil. No ano passado, dos 71 novos medicamentos contra o câncer aprovados pela agência americana de controle, 22 saíram desses laboratórios. Em 2012 foram gastos R$ 1,3 bilhão em pesquisa.
O hospital também investe pesado em prevenção. O paciente é investigado por completo: o estilo de vida, se faz atividade física, qual é a alimentação e o histórico familiar.
“Uma vez conhecendo o grau de risco, eu posso fazer recomendações específicas pra quem tem uma predisposição genética e pra quem não tem”, diz a chefe de prevenção de câncer.
Com tanto conhecimento adquirido, com tantas pesquisas em andamento, o hospital agora está diante de seu maior desafio. Conseguir nos próximos 10 anos reduzir drasticamente o número de mortes provocadas pela doença. E encontrar a cura para os principais tipos de câncer que hoje atingem milhões de pessoas em todo mundo.
Inspirado no programa espacial americano que levou o homem à lua, o ambicioso projeto do M.D. Anderson recebeu o nome de Moonshot - tiro na lua. O presidente do hospital explica os estudos vão se concentrar nos casos de câncer de pulmão, mama, próstata, aparelho digestivo, colo de útero, pele, do sangue e do sistema de defesa do organismo.
Ronald de Pinho afirma que o grande desafio é criar testes que possam detectar se uma pessoa tem ou não uma predisposição a desenvolver a doença.
Perguntamos se ele é realista ou otimista. “Um pouco dos dois. De novo podemos aprender com a ida à lua quando tínhamos a visão e, como nação, tivemos a palavra e compromisso de fazer aquilo acontecer. O resto é história”, ele responde.

extraído: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/08/conheca-um-dos-maiores-centros-de-tratamento-de-cancer-do-planeta.html

 

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