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domingo, 25 de agosto de 2013

Jornal Nacional vai apresentar reportagens especiais sobre o câncer:Centros de tratamento de câncer atendem a milhares de crianças

Apesar do diagnóstico de câncer estar mais associado ao envelhecimento celular, é crescente o registro de crianças e adolescentes com a doença.

Na terceira reportagem da série sobre o câncer, que o Jornal Nacional apresenta, você vai conhecer centros de tratamento que estão ajudando milhares de crianças e jovens.
Apesar do diagnóstico de câncer estar mais associado ao envelhecimento celular, é crescente o registro de crianças e adolescentes com a doença. No Brasil, surgem cerca de 12 mil casos por ano.
“Crianças que morriam eventualmente em áreas sem diagnóstico, hoje se identifica que tem um tumor cerebral, teve uma leucemia e, portanto, pode ser registrado, diminuindo o número de casos de morte desconhecida e aumentando o número de casos registrados de câncer”, ressalta Sérgio Petrilli, sup. médico do GRAACC.
O câncer infantil ocorre na fase de crescimento do organismo, quando as células se dividem de forma mais rápida. A cada segundo, 5 milhões de células entram em divisão.
Os mais frequentes são: tumores cerebrais, no sangue - chamado de leucemia - e os linfomas, que atacam o sistema de defesa do organismo.
O GRAACC, em São Paulo, é um hospital de oncologia pediátrica que atende 90% dos casos pelo SUS. Por ano, três mil crianças passam por lá e quase 400 casos novos são diagnosticados. E 70% dos pacientes são curados no hospital.
É nos laboratórios que os geneticistas buscam aumentar a eficiência do tratamento.
“No desenvolvimento de uma droga que consiga entrar na célula, neutralizar a célula e fazer a célula morrer, especificamente, só a célula tumoral. Essa é uma das linhas. A outra é tentar adequar através do conhecimento genético às doses das quimioterapias”, explica a Silvia Regina de Toledo, geneticista.
A pesquisadora Indira Dias Oliveira é uma sobrevivente de câncer. Aos 18 anos teve um tumor maligno nos ossos. Hoje é mãe e está curada.
“Fica uma nuvem lá atrás. Na verdade, é mais o mal estar da quimioterapia. Acho que todo o resto, a gente passa e se recupera”, comenta a bióloga Indira Dias Oliveira.
No Hospital do Câncer de Barretos, interior de São Paulo, alegria é parte do tratamento. Crianças, que muitas vezes vêm de longe, continuam a estudar ali mesmo.
Há nove meses Ana Laura se trata de câncer num dos rins. Questionada sobre as aulas do local, ela diz: “Eu acho que é muito legal, divertida”.
O câncer é uma doença tão impactante que além de agir sobre o paciente, em geral ela atinge a família como um todo. Agora, imagine duas pessoas da mesma família. Ana Beatriz tinha dois anos quando foi diagnosticada com leucemia.
“Foi difícil porque ela tinha que fazer quimioterapias, assim, quase todos os dias. E de 20 dias mais ou menos ela tinha que internar”, conta a mãe Maria Cecília Marcondes, professora.
Foram três anos de tratamento e de angústia para a família. Durante a segunda gravidez, Maria Cecília descobriu que também estava com um câncer. Perdeu o útero, o ovário e o bebê. A família não cresceu, mas venceu a doença duas vezes.
“As lições que a gente aprendeu foram de como não subestimar um problema, e como reagir e de como ter a atitude correta. Isso fortaleceu muito a família”, afirma o pai.

extraído: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/08/centros-de-tratamento-de-cancer-atendem-milhares-de-criancas.html

 

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