Tratamento do Câncer de Cavidade Nasal e Seios Paranasais por Estágio
Equipe Oncoguia - Data de cadastro: 29/10/2015 -
Data de atualização: 18/01/2017
Na maioria das vezes, o tratamento de câncer de cavidade nasal ou seios paranasais é baseado em sua localização e estadiamento. Mas, outros fatores, como estado de saúde geral do paciente, também podem influenciar na escolha das opções de tratamento. Converse com seu médico se tiver qualquer dúvidas sobre o esquema de tratamento recomendado.
O estadiamento do câncer de cavidade nasal e seios paranasais é complexo, só agora os sistemas de estadiamento chegaram a um consenso sobre os tipos mais comuns. As opções de tratamento para os cânceres menos comuns de cavidade nasal e seios paranasais são adaptados para atender as necessidades de cada paciente, dependendo do tipo de tumor, tamanho, localização, estado de saúde geral do paciente e preferências individuais de cada paciente.
Câncer de Seio Maxilar
Estágio I e II. A maioria dos cânceres de seio maxilar estágio I e II é tratado cirurgicamente. Normalmente, é realizada uma maxilectomia. Não é necessária a cirurgia para remoção dos linfonodos cervicais. Após a cirurgia, a maioria dos pacientes é tratado com radioterapia. Entretanto, a radioterapia não é administrada para pacientes em estágio I, se a doença foi completamente removida cirurgicamente com margens negativas, e se o tumor estava contido na área ao redor de estruturas nervosas. Os tumores, estágio I ou II, que não puderam ser totalmente removidos, com margens positivas ou invasão perineural, são tratados com radioterapia após a cirurgia. Alguns médicos podem indicar quimioterapia ou terapia alvo junto com radioterapia. A radioterapia é frequentemente recomendada para tumores adenoides císticos, mesmo com margens negativas e sem invasão perineural. Em situações em que a cirurgia é arriscada devido a outros problemas clínicos, pode ser administrada apenas a radioterapia. Às vezes, junto com quimioterapia.
Estágios III e IVA. Os pacientes com câncer de seio maxilar estágio III e IV também são tratados com cirurgia para remover o tumor. Se existir sinais de disseminação da doença para os linfonodos do pescoço, esses também serão removidos com esvaziamento cervical. Após a cirurgia, é administrada a radioterapia. Às vezes, os linfonodos cervicais também são tratados com radio. A quimioterapia ou terapia alvo pode ser administrada junto com a radioterapia, o que provoca mais efeitos colaterais do que qualquer um dos tratamentos isoladamente, porém pode reduzir o risco de uma recidiva após o tratamento. Às vezes, radioterapia e quimioterapia são administradas antes da cirurgia para tentar reduzir o tamanho do tumor e tornar mais fácil a remoção cirúrgica.
Estágio IVB. Alguns tipos de câncer neste estágio são irressecáveis. Os pacientes geralmente são tratados com radioterapia. Também podem receber quimioterapia ou terapia alvo. Às vezes, a cirurgia é realizada antes da radioterapia para desobstruir o seio maxilar, mas sem intenção de cura ou remoção de todo o tumor. Este estágio também inclui alguns tipos de tumores ressecáveis, mas que se disseminaram para os linfonodos. Estes tumores são tratados, como o câncer estágio IVA, com cirurgia para remover os nódulos linfáticos do pescoço, seguida por radioterapia e talvez quimioterapia. Às vezes a radioterapia e a químio são administradas antes da cirurgia para tentar reduzir o tamanho do tumor e tornar a remoção cirúrgica mais fácil.
Estágio IVC. Neste estágio a doença se disseminou para outros órgãos. Os tumores são extremamente difíceis de serem curados, de modo que o objetivo do tratamento é, geralmente, barrar ou retardar o crescimento do tumor, pelo maior tempo possível e aliviar os sintomas da doença. O tratamento neste estágio depende da localização do tumor, dos sintomas e alterações provocados pela doença e do estado de saúde geral do paciente. Muitas vezes, a químio ou a terapia alvo é a principal forma de tratamento, se o paciente tiver condições clínicas. Também pode ser administrada a radioterapia diretamente nos locais onde estão causando problemas. Como esses tumores são difíceis de serem tratados, deve ser considerada a participação em estudos clínicos com novos tratamentos.
Câncer de Cavidade Nasal
Estágio I e II. Estes cânceres estão contidos na cavidade nasal, não se disseminaram para os linfonodos. Também podem ser tratados com cirurgia ou radioterapia. A radioterapia é frequentemente indicada após a cirurgia.
Estágios III e IV. Estes cânceres podem ser tratados cirurgicamente, com radioterapia após a cirurgia. Se a doença de disseminou para os linfonodos do pescoço, é realizado o esvaziamento cervical. Outra opção é o tratamento com radioterapia, às vezes combinado com quimioterapia ou terapia alvo.
Câncer de Seio Etmoidal
Como os seios etmoidais estão próximos das cavidades oculares e da base do crânio, a cirurgia geralmente é mais difícil e mais extensa do que as cirurgias para o câncer de seio maxilar.
Estágios I e II. Neste estágio, os tumores podem ser tratados cirurgicamente. A cirurgia é normalmente seguida por radioterapia, às vezes com quimioterapia ou terapia alvo, para destruir as células cancerígenas remanescentes da cirurgia, o que pode diminuir a chance da recidiva. Às vezes, a quimioterapia e a radioterapia são administradas antes da cirurgia para diminuir o tamanho do tumor e assim facilitar sua remoção. Para alguns tumores pequenos que não são susceptíveis de se disseminar, alguns médicos podem recomendar apenas a cirurgia, embora nem todos concordem com isso. A radioterapia, em vez da cirurgia, também pode ser uma opção para alguns pacientes. Muitas vezes, a radioterapia provoca menos alterações na aparência facial do que a cirurgia.
Estágios III e IVA. Estes cânceres são geralmente tratados com cirurgia. Se os linfonodos do pescoço estão aumentados, será realizado o esvaziamento cervical. A cirurgia é normalmente seguida de radioterapia, às vezes junto com quimioterapia ou terapia alvo. Outra opção pode ser radioterapia e quimioterapia (ou terapia alvo). Isto pode ser seguido por cirurgia se o tumor reduzir suficientemente.
Câncer Avançado. Os tumores irressecáveis ou de pacientes sem condições clínicas para a cirurgia ou mesmo para aqueles que não querem fazer a cirurgia, o primeiro tratamento é normalmente a radioterapia. Às vezes, a quimioterapia é administrada em conjunto. Os cânceres que se disseminaram para outros órgãos são extremamente difíceis de serem curados, de modo que o objetivo do tratamento é, geralmente, para barrar ou retardar o crescimento do tumor pelo maior tempo possível e aliviar os sintomas provocados pela doença. O tratamento depende da localização do tumor, dos sintomas e alterações provocados pela doença e do estado de saúde geral do paciente. Muitas vezes, a químio ou a terapia alvo é a principal forma de tratamento, se o paciente tiver condições clínicas. Também pode ser administrada a radioterapia diretamente nos locais onde estão causando problemas. Como esses tipos de câncer são difíceis de serem tratados, deve ser considerada a participação em estudos clínicos com novos tratamentos.
Câncer de Seio Esfenoidal
Os seios esfenoidais são difíceis de serem alcançados cirurgicamente. Os cânceres nessa região são geralmente tratados com radioterapia. A químio ou a terapia alvo também podem ser realizadas.
Melanoma
A maioria dos melanomas da cavidade nasal ou seios paranasais são tratados com cirurgia para remoção do tumor mais uma margem de tecido normal adjacente. Os linfonodos do no pescoço também podem ser removidos com esvaziamento cervical. A radioterapia é geralmente administrada após a cirurgia.
Para os tumores que não podem ser removidos cirurgicamente, o tratamento pode ser com radioterapia, quimioterapia ou outros tratamentos, como imunoterapia ou terapia alvo. Embora o melanoma que se forma no interior da cavidade nasal ou dos seios paranasais seja diferente das formas do câncer de pele melanoma, é muitas vezes tratado da mesma forma que o câncer avançado.
Sarcoma
A cirurgia é o principal tratamento para a maioria dos tipos de sarcoma. Em alguns casos, a radioterapia e/ou quimioterapia também podem ser administradas.
O rabdomiossarcoma é um tipo de sarcoma que é mais comum entre lactentes e crianças jovens. É geralmente tratado com uma combinação de cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
Recidiva de Câncer de Cavidade Nasal ou Seios Paranasais
As opções para o tratamento de recidivas dependem da localização, tipo de câncer e do tratamento realizado anteriormente.
Para recidivas local, que já receberam radioterapia no tratamento inicial, pode ser realizada a cirurgia. Se o primeiro tratamento foi a cirurgia, a radioterapia pode ser administrada. A químio ou a terapia alvo podem ser administradas com a radioterapia ou isoladamente para o tratamento da recidiva que não pode ser controlada por radioterapia ou cirurgia.
A recidiva do câncer de seio esfenoidal é geralmente tratada com quimioterapia ou terapia alvo.
Na recidiva regional, a doença volta nos gânglios linfáticos do pescoço. E é tratada com cirurgia para remover os linfonodos localizados do mesmo lado do tumor. Isto pode ser seguido por radioterapia, às vezes combinada com quimioterapia e/ou terapia alvo.
As recidivas dos melanomas ou sarcomas da cavidade nasal ou seios paranasais, se possível, são tratados cirurgicamente. Dependendo do tipo exato das células que formam o tumor, a quimioterapia ou outros tratamentos podem também ser administrados.
Quando o câncer de cavidade nasal ou seios paranasais recidiva em outros órgãos, muitas vezes é tratado com quimioterapia e/ou terapia alvo, embora a radioterapia também possa ser uma opção se não foi realizada inicialmente.
Se a quimioterapia já não está respondendo, uma opção pode ser o tratamento com um medicamento imunoterápico, como pembrolizumabe ou nivolumabe.
Os tratamentos para a recidiva do câncer de cavidade nasal seios paranasais podem reduzir temporariamente os tumores e aliviar os sintomas da doença, mas são muito difíceis de serem curados. Se for recomendado a continuação do tratamento, é importante conversar com seu médico para que você entenda o objetivo do tratamento. Se é para curar a doença ou para mantê-la sob controle pelo maior tempo possível e aliviar os sintomas. Isso pode ajudá-lo a pesar os prós e contras de cada tratamento. Como esse tipo de câncer é difícil de ser tratado, deve ser considerada a participação em estudos clínicos com novos tratamentos.
Fonte: American Cancer Society (02/03/2017)
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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