Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 17/08/2013 - Data de atualização: 19/05/2017
O tratamento da maioria das crianças com leucemia mieloide aguda (LMA) é dividido em duas fases terapêuticas:
Indução
O tratamento da leucemia mieloide aguda utiliza diferentes combinações de medicamentos dos usados para a leucemia linfoide aguda. Os medicamentos mais utilizados são a daunorrubicina e a citarabina. O esquema de tratamento pode ser repetido em 10 dias ou 2 semanas. Um intervalo de tempo menor pode provocar efeitos colaterais mais severos, mas pode ser mais eficaz para destruir as células leucêmicas.
Se necessário podem ser adicionados ao esquema de tratamento outros medicamentos, como etoposido e 6-tioguanina. Crianças com valores muito elevados de glóbulos brancos ou com determinadas anomalias cromossômicas podem receber esses esquemas de tratamento com esses medicamentos.
A terapia com estas drogas é repetida até que a doença entre em remissão. Isto ocorre geralmente após 2 ou 3 tratamentos.
Prevenção da Recidiva no Sistema Nervoso Central. Na maioria dos casos, a quimioterapia intratecal é também administrada para ajudar a prevenir a leucemia e a recidiva no cérebro ou na medula espinhal. A radioterapia do cérebro é realizada com menos frequência.
Consolidação
Cerca de 85% a 90% das crianças com leucemia mieloide aguda entram em remissão após a terapia de indução. Isso significa que não há sinais de leucemia detectáveis por meio de exames de laboratório, mas não significa necessariamente a cura da doença.
A consolidação começa após a fase de indução. O objetivo é destruir todas as células leucêmicas remanescentes com um tratamento mais intensivo.
Algumas crianças que têm irmãos doadores compatíveis, o transplante de células tronco é muitas vezes recomendado se a doença está em remissão, especialmente se existirem fatores de pior prognóstico. Para as crianças com fatores prognósticos bons, se recomenda apenas altas doses de quimioterapia, reservando a opção de um transplante de células estaminais no caso de uma recidiva.
Para a maioria das crianças sem um doador compatível de células estaminais, a consolidação consiste em administrar o medicamento citarabina e a daunorrubicina em doses elevadas.
A quimioterapia intratecal é geralmente administrada a cada 1 a 2 meses, enquanto continua a intensificação.
A quimioterapia de manutenção não é necessária para crianças com leucemia mieloide aguda.
Uma parte importante do tratamento da leucemia mieloide aguda é a terapia de suporte, como suplementos nutricionais, antibióticos e transfusões de sangue. A intensidade do tratamento necessário para a leucemia mieloide aguda normalmente afeta muito da medula óssea e pode causar complicações sérias. Sem um tratamento com antibióticos para as infecções ou transfusões de sangue, a cura não seria possível.
Recidiva
Menos de 15% das crianças têm leucemia mieloide aguda refratária (que não responde ao tratamento inicial). Essas leucemias são frequentemente muito difíceis de curar, e os médicos podem recomendar um transplante de medula óssea.
Geralmente, o prognóstico de uma criança com recidiva da leucemia mieloide aguda após o tratamento é um pouco melhor do que se a remissão nunca foi alcançada, mas isso depende do tempo da remissão inicial. Em mais de metade dos casos de recidiva, uma segunda remissão pode ser obtida com mais quimioterapia. A chance de conseguir uma segunda remissão é melhor se a primeira remissão durou pelo menos um ano, mas a longo prazo uma segunda remissão é rara sem o transplante.
A maioria das crianças com recidiva são candidatas a participar de protocolos clínicos com novos esquemas de tratamento. A esperança é que algum tipo de remissão pode ser alcançado de modo que um transplante de células estaminais possa ser considerado. Alguns médicos podem aconselhar o transplante, mesmo se não há remissão. Isto pode, às vezes, ter sucesso.
Fonte: American Cancer Society (03/02/2016)
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abs
Carla
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