Câncer de Via Biliar:Novidades no Tratamento do

Equipe Oncoguia

 - Data de cadastro: 26/06/2013 - Data de atualização: 09/03/2017

Pesquisas sobre câncer de via biliar estão em desenvolvimento em diversos centros médicos no mundo inteiro, promovendo grandes avanços em prevenção, detecção precoce e tratamentos:

Cirurgia

Os pesquisadores estão constantemente melhorando as técnicas cirúrgicas utilizadas no tratamento do câncer de vias biliares e procurando maneiras de tornar mais pessoas elegíveis para a cirurgia.

Outras opções também estão sendo estudadas. Por exemplo, às vezes a cirurgia para remover o tumor pode ser tecnicamente possível, mas não pode ser realizada porque pode não deixar o fígado suficientemente saudável após o procedimento. Uma opção seria bloquear o suprimento de sangue para a parte do fígado que será removida, conhecida como embolização da veia porta. Dessa forma essa parte do fígado se atrofia e diminui de tamanho permitindo que outra parte do fígado se desenvolva para compensar a primeira. Após algumas semanas, pode existir uma quantidade suficiente de fígado saudável para realizar a cirurgia para retirar o tumor.

Radioterapia e Quimioterapia

Os pesquisadores estão procurando novas maneiras de aumentar a eficácia da radioterapia. Com novas técnicas, como radioterapia conformacional tridimensional (3D), radioterapia de intensidade modulada (IMRT) e radiocirurgia estereotáxica, é possível avaliar a distribuição de dose em todo o volume da via biliar, reduzindo as áreas de alta dose e tornando a distribuição mais homogênea. As técnicas de radioterapia intraoperatória e radioterapia com feixes de prótons também podem ser úteis, mas não estão amplamente disponíveis.

Outras formas de radioterapia também estão sendo estudadas. Por exemplo, os médicos estão avaliando se o uso de stents radioativos direto nos ductos biliares que ajudariam a diminuir o tamanho dos tumores e manteriam os ductos abertos por mais tempo do que os stents convencionais. Outra abordagem em estudo é a injeção de esferas radioativas na artéria hepática, denominada radioembolização.

Os pesquisadores também estão avaliando diferentes combinações de medicamentos quimioterápicos com radioterapia, tanto isoladamente com antes e após a cirurgia.

Em geral, verificou-se que os efeitos da quimioterapia contra o câncer de via biliar são limitados, mas estão sendo testados novos medicamentos, novas combinações, além de novas formas de administrações dos medicamentos. Por exemplo, a quimioembolização transarterial combina a embolização com a quimioterapia.

Terapia Alvo

Novos medicamentos que agem de forma diferente dos quimioterápicos padrões estão em desenvolvimento. Estes medicamentos têm como alvo partes específicas das células cancerígenas.

O alvo de vários novos medicamentos são os vasos sanguíneos do tumor. Os tumores de via biliar precisam de novos vasos sanguíneos para crescer além de certo tamanho. O sorafenib, bevacizumab, pazopanib e regorafenib são exemplos de medicamentos que visam o crescimento dos vasos sanguíneos e estão sendo estudados contra o câncer de via biliar.

Outras novas medicações têm alvos diferentes. Por exemplo, o EGFR é uma proteína encontrada em grandes quantidades em algumas células cancerígenas que as ajuda a crescer. Drogas que alvejam EGFR têm mostrado algum benefício contra vários tipos de câncer. Alguns deles, inclusive o cetuximab e panitumumab estão agora sendo estudados para uso em pacientes com câncer de via biliar, geralmente em combinação com quimioterapia ou outras terapias alvo.

Os medicamentos conhecidos como inibidores de MEK, como trametinib, estão também sendo estudados para uso contra o câncer de via biliar.

         

Fonte: American Cancer Society (20/01/2016)

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla

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