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sábado, 29 de maio de 2021

Câncer de Boca e Orofaringe > Tratamentos: Tratamento do Câncer de Boca e Orofaringe por Estágio

 



  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 11/04/2015 - Data de atualização: 23/01/2020




O tipo de tratamento dependerá da localização do tumor e se a doença está disseminada. Aqui serão discutidas as opções mais frequentes de tratamento para cada tipo e estágio do câncer de boca e orofaringe, mas o seu médico pode ter razões para sugerir um esquema de tratamento diferente para o seu caso. Converse abertamente com seu médico sobre todas as opções de tratamento.

Estágio 0 (Carcinoma in situ)

Embora, nesse estágio, o tumor não seja invasivo, poderá se tornar se não for tratado. O tratamento usual é a remoção das camadas superiores do tecido, com uma pequena margem de tecido normal (geralmente cirurgia de Mohs, remoção cirúrgica ou ressecção fina). É importante que o paciente seja mantido em acompanhamento após o tratamento. Em casos de recidiva após a cirurgia pode ser necessário fazer radioterapia.

Nesse estágio, quase todos os pacientes sobrevivem um longo período de tempo sem a necessidade de um tratamento mais intenso. Mas, é importante saber que continuar fumando aumenta o risco de um novo câncer.

Estágios I e II

A maioria dos pacientes com câncer de boca e orofaringe, estágio I ou II, pode ser tratada com sucesso com radioterapia e/ou cirurgia. A quimioterapia pode ser administrada junto com a radioterapia (quimioirradiação), especialmente no tratamento de qualquer célula cancerígena remanescente da cirurgia. Tanto a cirurgia como a radioterapia respondem bem nesses estágios de câncer. A escolha do tratamento depende dos efeitos colaterais esperados, incluindo a forma como o tratamento pode afetar a aparência, capacidade de falar e de engolir do paciente.

Lábio. A cirurgia é a opção preferida para pequenos tumores que podem ser removidos. A radioterapia também pode ser administrada como o primeiro tratamento. Nesses casos, a cirurgia pode ser necessária mais tarde, se a radioterapia não destruir completamente o tumor. Tumores maiores ou mais profundos, muitas vezes, requerem cirurgia. Se necessário, a cirurgia reconstrutiva corrige o defeito no lábio. Se o tumor é muito grande, o que aumenta o risco da doença se espalhar para os linfonodos do pescoço, o cirurgião pode removê-lo para verificar a disseminação da doença.

Cavidade oral. A cirurgia é o principal tratamento para os cânceres de assoalho da boca, parte anterior da língua, interior da bochecha, gengiva e palato duro. Pode ser realizada a dissecção dos linfonodos para verificar a disseminação da doença. Se o câncer não foi totalmente removido na cirurgia ou se existe um alto risco de recidivar, pode ser administrada a radioterapia, muitas vezes, combinada com quimioterapia. Para alguns pacientes, a radioterapia pode ser realizada em vez da cirurgia como principal tratamento, mas isso é mais frequente para pacientes que não podem fazer a cirurgia por outros problemas clínicos.

Orofaringe. O principal tratamento para os cânceres da parte posterior da língua, palato mole e as amígdalas é a radioterapia, que tem como alvos o tumor e os linfonodos do pescoço. Em alguns casos, a cirurgia pode ser realizada como o principal tratamento. Isto significaria também a remoção dos linfonodos do pescoço. Se existirem células cancerígenas remanescentes da cirurgia, a radioterapia é administrada junto com quimioterapia (quimioirradiação).

Estágios III e IVA

Câncer de boca e orofaringe. Esses cânceres no assoalho da boca, na frente da língua, interior da bochecha, gengivas e palato duro incluem tumores maiores, que cresceram nos tecidos próximos e aqueles que se espalharam para os linfonodos próximos ao pescoço. Esses são frequentemente tratados com uma combinação de radioterapia e cirurgia. A cirurgia é, muitas vezes, realizada antes da radioterapia e inclui a retirada dos linfonodos do pescoço.

Câncer de orofaringe. Esses cânceres da parte posterior da língua, palato mole e amígdalas incluem tumores maiores que cresceram nos tecidos próximos e/ou se espalharam para os linfonodos próximos ao pescoço. Esses são frequentemente tratados com uma combinação de radioterapia e quimioterapia  (quimioirradiação), embora, em alguns casos, a radioterapia possa ser administrada junto com cetuximab. O efeito da combinação da radioterapia com a químio e cetuximab também está sendo estudado. Se existirem células cancerígenas remanescentes da radioquimioterapia são removidas com cirurgia. Se a doença se disseminou para os linfonodos do pescoço também podem ser removidos após a quimioirradiação. Outra opção é tratar primeiro com cirurgia para remover o tumor e os linfonodos do pescoço. Isso é muitas vezes seguido por radioterapia ou quimioirradiação para diminuir a chance da recidiva. A escolha do tratamento depende da localização da disseminação, dos efeitos colaterais esperados, das preferências do paciente e do estado de saúde geral do paciente. Alguns médicos administram a quimioterapia como o primeiro tratamento, seguido por quimioirradiação, e em seguida, se necessário, a cirurgia. No entanto, nem todos os médicos concordam com esta abordagem.

Estágio IVB e IVC

São tumores negativos para o HPV que já se disseminaram para tecidos, estruturas e talvez linfonodos próximos. Os tumores estágio IVC se disseminaram para outros órgãos, como pulmões. Esses tumores são, geralmente, tratados com quimioterapia, cetuximabe ou ambos. Outra opção, pode se imunoterapia isoladamente ou com quimioterapia. Outros tratamentos, como radioterapia também pode ser administrados para aliviar os sintomas da doença ou prevenir a ocorrência de outros problemas.

Estudos clínicos estão avaliando diferentes formas de combinar a radioterapia e quimioterapia com (ou sem) cetuximab ou outros novos agentes para melhorar a sobrevida e a qualidade de vida, e assim reduzir a necessidade da cirurgia radical ou deformação para tratar o câncer de boca e orofaringe avançado.

Recidiva

Recidiva é quando a doença volta após o tratamento. A recidiva pode ser local (no ou próximo ao local onde se iniciou), regional (nos linfonodos vizinhos) ou à distância (se disseminou para o osso ou órgãos, como os pulmões). As opções de tratamento para a recidiva dependerá da localização e do tamanho do tumor, de quais tratamentos já foram realizados e do estado de saúde geral do paciente.

Se a doença recidivou na mesma área e a radioterapia já foi realizada anteriormente, a cirurgia é uma opção, se todo o câncer pode ser totalmente retirado e o paciente tiver condições clínicas para a No entanto, a braquiterapia, pode ser realizada para controlar a doença, se a recidiva é local. Se a cirurgia foi realizada inicialmente, uma nova cirurgia, radioterapia, quimioterapia, cetuximab, imunoterapia ou ainda uma combinação desses pode ser considerada.

Se o câncer recidivou nos linfonodos do pescoço, esses são removidos com cirurgia (dissecação linfonodal). Isto pode ser seguido por radioterapia.

Se o câncer recidiva é num local distante, a opção de tratamento é quimioterapia e/ou cetuximab. A imunoterapia também pode ser uma opção. Esses tratamentos podem reduzir ou retardar o crescimento de alguns tipos de câncer por um tempo e aliviar os sintomas, mas são muito difíceis de serem curados.

Se for indicada a continuação do tratamento, é importante conversar com seu médico para entender o objetivo do mesmo, se é para tentar curar o câncer ou para mantê-lo sob controle pelo maior tempo possível e aliviar os sintomas. Isso ajuda a pesar os prós e contras de cada tipo de tratamento. Como esses cânceres são difíceis de serem tratados, participar de estudos clínicos com novos tratamentos pode ser uma boa opção para alguns pacientes.

Fonte: American Cancer Society (19/06/2019)






OBS. CONTEÚDO MERAMENTE INFORMATIVO 

ABS.

CARLA

http://www.oncoguia.org.br/conteudo/a-boca-e-a-orofaringe

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