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terça-feira, 4 de maio de 2021

Diabetes e Cirurgias: da cicatrização à infecção


Dra. Andressa Heimbecher Soares

  • Endocrinologista
  • Especialista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

Diabetes e cirurgias: da cicatrização à infecção

Pelos dados da International Diabetes Federation, a estimativa é que cerca de 16,8 milhões de brasileiros apresentem diabetes. 

Na América do Sul e Central são estimados 32 milhões de diabéticos atualmente e para 2045 projetam-se 49 milhões de pessoas afetadas.

Diante deste cenário, é – e será – cada dia mais comum que esses pacientes precisem passar por algum procedimento cirúrgico. Dessa forma, saber informar e preparar o paciente para que não aconteçam complicações é o objetivo da equipe de profissionais envolvidos. 

E, para facilitar, é importante que você, paciente diabético, saiba de algumas informações. Vamos começar?

Quanto mais a glicemia está controlada, melhor a recuperação. Sabemos que tanto pelo risco de infecções e na cicatrização, quanto mais controlado está o Diabetes, menores riscos de infeção e melhor a qualidade da cicatrização. 

Mesmo em pequenas cirurgias, o risco de infecção existe e, portanto, evitar tanto hiperglicemia (aumento de glicose) como hipoglicemia (queda de glicose)é fundamental para o processo cirúrgico.

Diabetes controlado é igual a coração com menos riscos. 

Um dos fatores que preocupa quando um paciente diabético vai se submeter a procedimentos cirúrgicos é o risco cardíaco. 

Sabemos que pacientes diabéticos apresentam maiores chances de infartos, por exemplo, e quanto mais bem controlado está o paciente, os riscos são menores.

Para cirurgias programadas, as ditas eletivas, prefere-se um nível de Hemoglobina glicada menor que 8,5%. 

A escolha da melhor hemoglobina glicada, no entanto, pode variar conforme o procedimento que o paciente vai ser submetido e do julgamento do médico que o acompanha.

Monitorizar é a palavra chave durante o internamento. 

Manter controlados os níveis de açúcar no sangue do paciente e no período do procedimento e do pós operatório, evitando oscilações. 

Também é importante saber quanto tempo o paciente ficará de jejum e também os ajustes necessários dos medicamentos.

Para finalizar, o hospital deve estar preparado. É muito importante que o paciente diabético saiba se o hospital tem uma equipe treinada para atender pacientes diabéticos internados. 

Oscilações dos níveis de glicose são esperadas e ter protocolos de atendimento (com insulina, por exemplo, caso a glicemia suba) torna mais fácil de manejar estas situações.

Referências
Levy N, Dhatariya K. Pre-operative optimisation of the surgical patient with diagnosed and undiagnosed diabetes: a practical review. Anaesthesia. 2019;74 Suppl 1:58-66.

https://www.diabetesatlas.org/en/





obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla

https://www.diabetes.org.br/publico/noticias/1589-diabetes-cirurgias-da-cicatrizacao-a-infeccao

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