Equipe Oncoguia
- - Data de cadastro: 09/04/2015 - Data de atualização: 26/11/2019
Terapia alvo é um tipo de tratamento que usa drogas ou outras substâncias para identificar e atacar as células cancerígenas com pouco dano às células normais. Cada tipo de terapia alvo funciona de uma maneira diferente, mas todas alteram a forma como uma célula cancerígena cresce, se divide, se auto repara, ou como interage com outras células.
Terapias alvo para o câncer de tireoide papilífero ou folicular
A maioria dos cânceres de tireoide papilífero e folicular pode ser tratada eficazmente com cirurgia e iodoterapia, não necessitando outros medicamentos. Mas quando esses tratamentos não são eficazes, as terapias alvo podem ser úteis.
Sorafenibe e lenvatinibe são terapias alvo conhecidas como inibidores de tirosina quinase, que agem em duas maneiras. Eles bloqueiam a formação de novos vasos sanguíneos, que os tumores precisam para crescer. Esses medicamentos também têm como alvo algumas das proteínas produzidas pelas células cancerígenas, que normalmente ajudam o tumor a crescer.
Esses medicamentos bloqueiam o crescimento do tumor por um tempo, quando administrados a pacientes com câncer de tireoide diferenciado (papilífero e folicular), que não respondem mais ao tratamento com iodo radioativo. Entretanto, ainda não está claro se esses medicamentos aumentam a sobrevida dos pacientes.
Ambos os medicamentos são administrados por via oral. Os efeitos colaterais comuns incluem fadiga, erupção cutânea, perda de apetite, diarreia, náuseas, aumento da pressão e síndrome mão-pé. Outros efeitos mais severos também podem ocorrer. Converse com seu médico sobre o que você pode esperar.
Terapias alvo para o câncer de tireoide medular
Os pesquisadores estão empenhados em encontrar medicamentos específicos para tratar o câncer de tireoide medular porque os tratamentos à base de hormônios tireoidianos, incluindo a radioiodoterapia, não são eficazes para esses tipos de câncer.
Vandetanibe e cabozantinibe são terapias alvo usados no tratamento câncer de tireoide medular avançado. Cada um desses medicamentos pode impedir o crescimento do tumor por um tempo, embora ainda não esteja claro se aumenta a sobrevida dos pacientes. Esses medicamentos não são administrados juntos, mas isoladamente por via oral, uma vez ao dia.
Os efeitos colaterais mais comuns do vandetanibe incluem diarreia, erupções cutâneas, náuseas, aumento da pressão, dor de cabeça, fadiga, diminuição do apetite e dor abdominal. Raramente, também pode causar efeitos colaterais mais sérios, com aumento da frequência cardíaca e infecção.
Os efeitos colaterais comuns do cabozantinibe incluem diarreia, constipação, dor de barriga, feridas na boca, diminuição do apetite, náuseas, perda de peso, fadiga, pressão alta, perda de cor do cabelo e síndrome mão-pé. Raramente, esse medicamento provoca efeitos colaterais severos, como hemorragia e perfuração intestinal.
Terapias alvo para o câncer de tireoide anaplásico
Os pesquisadores também têm buscado encontrar medicamentos específicos para o tratamento do câncer de tireoide anaplásico porque a maioria dos outros tratamentos não é eficaz para esse tipo de câncer.
Alguns tipos de câncer de tireoide anaplásico apresentam alterações no gene BRAF, o que faz com que produzam proteínas que os ajudam a crescer.
Dabrafenibe e trametinib são medicamentos que têm como alvo algumas dessas proteínas. Esses medicamentos podem ser usados juntos para tratar tumores da tireoide anaplásicos que têm uma determinada alteração do gene BRAF e que não pode ser completamente removida durante a cirurgia.
Estes medicamentos são administrados por via oral, diariamente.
Os efeitos colaterais comuns podem incluir alterações na pele, erupção cutânea, coceira, sensibilidade ao sol, dor de cabeça, febre, calafrios, dores nas articulações ou musculares, fadiga, tosse, perda de cabelo, náusea, diarreia e aumento da pressão arterial.
Os efeitos colaterais menos comuns, porém importantes, podem incluir hemorragia, problemas cardíacos, problemas hepáticos ou renais, problemas pulmonares, reações alérgicas, problemas na pele ou nos olhos e aumento dos níveis de açúcar no sangue.
Alguns pacientes tratados com esses medicamentos desenvolvem câncer de pele, especialmente câncer de pele espinocelular. Portanto, se você notar qualquer novo crescimento ou área anormal em sua pele informe imediatamente seu médico, para que a causa seja investigada, e se necessário, iniciado o tratamento.
O larotrectinibe é um medicamento que tem como alvo o gene NTRK. É uma opção para qualquer câncer de tireoide avançado que tenha a mutação do gene NTRK e opções limitadas de tratamento. É administrado por via oral, duas vezes por dia. Os efeitos colaterais comuns incluem fadiga, náusea, vômito, tosse, tontura, diarreia e exames hepáticos anormais.
Para saber se o medicamento que você está usando está aprovado pela ANVISA acesse nosso conteúdo sobre Medicamentos ANVISA.
Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los, consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.
Fonte: American Cancer Society (14/03/2019)
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Carla
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