Equipe Oncoguia
- - Data de cadastro: 07/04/2015 - Data de atualização: 26/11/2019
Para alguns pacientes com câncer de tireoide, o tratamento pode remover ou destruir o câncer, mas chegar ao fim do tratamento pode ser estressante. Ao mesmo tempo em que o paciente se sente aliviado com o término do tratamento, fica a preocupação de uma recidiva ou metástase. Este é um sentimento muito comum para a maioria dos pacientes que tiveram câncer de tireoide.
Em outros pacientes, o câncer pode não desaparecer completamente. Esses pacientes continuarão realizando tratamentos regulares com quimioterapia, radioterapia ou outras terapias para tentar manter a doença sob controle.
Cuidados no acompanhamento
Quando o tratamento terminar, os médicos irão acompanhá-lo de perto por alguns anos. Por isso é muito importante comparecer a todas as consultas de acompanhamento. Nessas consultas o médico sempre o examinará, conversará com você sobre qualquer sintoma que tenha apresentado, poderá pedir alguns exames de laboratório ou de imagem para acompanhamento e reestadiamento da doença.
Quase todos os tratamentos para o câncer podem apresentar efeitos colaterais. Alguns podem durar apenas alguns dias ou semanas, mas outros podem durar mais tempo. Alguns efeitos colaterais podem não aparecer até anos após o término do tratamento. Suas visitas ao médico são um bom momento para fazer perguntas e falar sobre quaisquer alterações ou problemas que você perceba ou preocupações que você possa apresentar.
A maioria dos pacientes tem uma evolução favorável após o tratamento, mas o acompanhamento é muito importante, uma vez que grande parte dos cânceres de tireoide se desenvolve lentamente, podendo recidivar de 10 a 20 anos após o tratamento inicial.
Acompanhamento clínico
Em pacientes sem sinais de doença remanescente, muitos médicos recomendam o acompanhamento clínico e exames de imagem periódicos após o tratamento. O cronograma desse acompanhamento dependerá do tipo específico de câncer de tireoide inicial, do tipo de tratamento realizado e outros fatores.
Câncer papilífero ou folicular. Os pacientes que fizeram a tireoidectomia devem realizar em torno de 6 a 12 meses após o término do tratamento, uma varredura com iodo radioativo, para determinar se toda a glândula tireoide foi removida. Se o resultado for negativo, o paciente não necessitará verificações futuras, a menos que apresente algum sintoma e os exames realizados mostrem alguma alteração.
Exames de sangue, como TSH e tireoglobulina também devem ser realizados periodicamente. A tireoglobulina é produzida por tecido tireoidiano, então após a remoção total da tireoide deve se manter em níveis baixos no sangue.
Câncer medular da tireoide. Para pacientes com câncer medular da tireoide serão solicitados exames de sangue para determinar valores de calcitonina e antígeno carcinoembrionário (CEA).
Cada tipo de tratamento para o câncer de tireoide apresenta efeitos colaterais que podem durar até alguns meses. Alguns, pacientes deverão repor o hormônio tireoidiano com medicamentos para suprir essa função, de forma permanente.
Registros médicos
Eventualmente em algum momento após o diagnóstico e tratamento do câncer de tireoide, você pode consultar outro médico, que desconheça totalmente seu histórico clínico. É importante que você seja capaz de informar ao novo médico os detalhes do diagnóstico e do tratamento. Verifique se você tem a seu alcance, informações como:
- Cópia do laudo de patologia e de qualquer biópsia ou cirurgia.
- Cópia do relatório de alta hospitalar.
- Cópia do relatório do tratamento radioterápico.
- Cópia do relatório dos tratamentos sistêmicos, incluindo medicamentos utilizados, doses, e tempo do tratamento.
- Exames de imagem.
O médico pode querer manter cópias dessas informações, não se esqueça de sempre manter cópias de tudo com você!
Como diminuir o risco do câncer progredir ou recidivar?
Se você tem (ou teve) câncer de tireoide, provavelmente deseja saber se há algo que possa fazer para diminuir o risco da recidiva, como se exercitar ou ter uma alimentação saudável. Infelizmente, ainda não está claro se existem coisas que você pode fazer que ajudarão, mas se sabe que isso ajudará a melhorar seu estado geral de saúde, além de reduzir a chance de desenvolver outros tipos de câncer.
É importante adotar comportamentos saudáveis, como não fumar, praticar atividade física regular e manter um peso saudável. Sabe-se que esses tipos de alterações podem ter efeitos positivos na sua saúde, que podem ajudá-lo a reduzir o risco da recidiva e a protegê-lo de outros problemas de saúde.
Suplementos dietéticos
Até o momento, nenhum suplemento dietético, incluindo vitaminas, minerais e produtos a base de plantas, mostrou diminuir o risco da progressão ou recidiva do câncer de tireoide. Isso não significa que nenhum suplemento ajudará, mas é importante saber que nenhum suplemento é eficaz.
Se você está pensando em tomar qualquer tipo de suplemento nutricional, converse antes com seu médico, para decidir quais você pode usar com segurança, evitando aqueles que podem ser prejudiciais.
Se o câncer voltar?
Se o câncer recidivar em algum momento, suas opções de tratamento dependerão da localização da recidiva, de quais tratamentos já foram realizados e de seu estado de saúde geral. As opções de tratamento podem incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia alvo ou alguma combinação dessas terapias.
Risco de um segundo câncer após o tratamento
As pessoas que tiveram câncer de tireoide ainda podem ter outros tipos de câncer. Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Risco de desenvolver um segundo câncer de tireoide.
Suporte emocional
Algo que ajuda muito ao paciente com câncer de tireoide a enfrentar a doença é o apoio e a força que ele recebe. Independente de como, o importante é que você encontre em algo ou alguém essa ajuda, seja nos familiares, nos amigos, em ex-pacientes, em sites sobre a doença, ou até em sua própria fé. Você não precisa passar por tudo isso sozinho, seus familiares e amigos podem e querem ajudar você. Não se feche na doença, esteja disposto a ouvir o que os outros têm a lhe dizer.
Fonte: American Cancer Society (14/03/2019)
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Carla
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