- Equipe Oncoguia
- - Data de cadastro: 09/04/2015 - Data de atualização: 26/11/2019
A glândula tireoide absorve praticamente todo o iodo presente no sangue. Quando uma dose de iodo radioativo, conhecida como I-131, é administrada, pode destruir a glândula tireoide e quaisquer outras células cancerígenas da tireoide, com pouco ou nenhum efeito colateral para o corpo.
Esse tratamento pode ser utilizado para destruir qualquer tecido de tireoide remanescente da cirurgia ou para tratar o câncer de tireoide que se disseminou para os linfonodos ou outros órgãos.
A iodoterapia é amplamente indicada para pacientes com câncer de tireoide papilífero ou folicular (câncer diferenciado da tireoide). Mas, não é utilizada para tratar carcinomas anaplásicos e medulares da tireoide, uma vez que esses tipos de câncer não captam iodo.
A iodoterapia é mais eficaz em pacientes com níveis altos de hormônio tireoestimulante (TSH) no sangue. Essa substância estimula o tecido da tireoide (e às células cancerosas) a absorver o iodo radioativo. Se a tireoide foi removida, uma maneira de elevar os níveis de TSH é não administrar hormônios em comprimidos durante algumas semanas. Isso causa uma diminuição do nível de hormônios da tireoide (uma condição conhecida como hipotireoidismo), que por sua vez faz com que a hipófise libere mais TSH. Esse hipotireoidismo intencional é temporário, mas muitas vezes provoca sintomas como cansaço, depressão, ganho de peso, constipação, dores musculares e concentração reduzida. Outra forma de aumentar os níveis do TSH antes da iodoterapia é administrar uma forma injetável de TSH, que pode fazer com que os hormônios da tireoide sejam retidos por um período de tempo desnecessário. Este medicamento é administrado durante 2 dias, fazendo-se a iodoterapia no 3º dia.
A maioria dos médicos também recomenda que o paciente siga uma dieta pobre em iodo durante 1 ou 2 semanas antes do tratamento. Isso significa evitar os alimentos que contêm sal iodado e corante vermelho, assim como produtos lácteos, ovos, frutos do mar e soja.
Riscos e efeitos colaterais
Seu corpo emitirá radiação por algum tempo assim que você iniciar a iodoterapia. Dependendo da dose de iodo radioativo administrada, pode ser necessária a internação do paciente, geralmente em um quarto especial para impedir que outras pessoas sejam expostas à radiação. Alguns pacientes, dependendo da dose recebida, podem não necessitar de internação hospitalar. Ao receber alta após o tratamento, o paciente também receberá instruções sobre como evitar que outras pessoas sejam expostas à radiação e por quanto tempo essas precauções devem ser tomadas. Essas instruções podem variar um pouco de um hospital para outro. Certifique-se de entende-las antes de ir para casa e se persistirem dúvidas pergunte a sua equipe médica.
Os efeitos colaterais a curto prazo podem incluir:
- Sensibilidade no pescoço.
- Náuseas e vômitos.
- Inchaço e sensibilidade nas glândulas salivares.
- Boca seca.
- Alterações no paladar.
Mascar chiclete ou chupar balas duras podem ajudar com problemas nas glândulas salivares.
O tratamento com iodo radioativo também reduz a formação de lágrimas em alguns pacientes, secando os olhos. Se você usa lentes de contato, pergunte ao seu médico quanto tempo deve evitar seu uso.
Os homens que recebem grandes doses totais em função de muitos tratamentos com iodo radioativo podem ter uma diminuição da produção de esperma ou, raramente, tornam-se inférteis. O iodo radioativo também pode afetar os ovários da mulher, e algumas podem ter menstruações irregulares até um ano após o tratamento. Muitos médicos recomendam que as mulheres evitem engravidar no período de 6 meses a um ano após o tratamento. Não foram observados efeitos adversos em crianças nascidas de pais que receberam iodo radioativo no passado.
Tanto os homens como as mulheres que fizeram iodoterapia podem ter um risco ligeiramente aumentado de desenvolver leucemia no futuro. Os médicos discordam sobre exatamente de quanto este risco é aumentado, mas a maioria dos estudos mostraram que esta é uma complicação extremamente rara. Algumas pesquisas até sugerem que o risco de leucemia não é significativamente aumentado.
Converse com seu médico se você tiver qualquer dúvida sobre os possíveis riscos e benefícios do tratamento.
Fonte: American Cancer Society (14/03/2019)
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abs
Carla
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