Eles conseguem “enganar” o organismo e induzir um consumo de calorias além do necessário
Publicado em 01/12/2022 17h10
A alimentação adequada e saudável deve ser baseada em alimentos in natura e minimamente processados e preparações culinárias e evitar o consumo de alimentos ultraprocessados.
Os alimentos ultraprocessados possuem composição nutricional desbalanceada. O seu preparo envolve diversas etapas e técnicas de processamento e muitos ingredientes, incluindo São formulações industriais prontas para consumo, cujo preparo envolve diversas etapas e técnicas de processamento e são feitas com ingredientes com nomes pouco familiares e não usados em casa (carboximetilcelulose, açúcar invertido, maltodextrina, frutose, xarope de milho, aromatizantes, emulsificantes, espessantes, adoçantes, entre outros).
Nesse último caso, vale ressaltar que as formulações industriais possuem uma lista de ingredientes que a população nem tem acesso em nível doméstico. Seria impossível reproduzir essa lista em casa. Basta observar o rótulo de um alimento ultraprocessado no supermercado e perceber quanto daquilo ali você reconhece ou já teve a oportunidade de ver pessoalmente.
O Guia Alimentar para a População Brasileira(https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf) explica que, devido a seus ingredientes, alimentos ultraprocessados – como biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, refrigerantes e macarrão instantâneo – são nutricionalmente desbalanceados. Por conta de sua formulação e apresentação, tendem a ser consumidos em excesso e a substituir alimentos in natura ou minimamente processados. E esse consumo exagerado gera também um alto consumo de calorias.
Alimentos ultraprocessados “enganam” os dispositivos de que o organismo dispõe para regular o balanço de calorias. Em essência, esses dispositivos (situados no sistema digestivo e no cérebro) são responsáveis por fazer com que as calorias ingeridas por meio dos alimentos igualem as calorias gastas com o funcionamento do organismo e com a atividade física, explica o Guia Alimentar.
Ou seja: esses dispositivos tendem a subestimar as calorias que provêm de alimentos ultraprocessados e, nesta medida, a sinalização de saciedade após a ingestão desses produtos não ocorre ou ocorre tardiamente. E calorias ingeridas e não gastas inevitavelmente acabam estocadas em nosso corpo na forma de gordura, aumentando o risco de obesidade.
De acordo com o Guia Alimentar, outros atributos comuns a muitos alimentos ultraprocessados podem comprometer os mecanismos que sinalizam a saciedade e controlam o apetite, favorecendo, o consumo excessivo de calorias e aumentando o risco de obesidade. Entre esses atributos, destacam-se quatro:
1 – Eles são formulados para serem extremamente saborosos
Com a adição de açúcares, gorduras, sal e vários aditivos, alimentos ultraprocessados são formulados para que sejam extremamente saborosos, quando não para induzir hábito ou mesmo para criar dependência.
2 – Induzem a pessoa a comer sem atenção
A maioria dos alimentos ultraprocessados é formulada para ser consumida em qualquer lugar e sem a necessidade de pratos, talheres e mesas. É comum o seu consumo em casa enquanto se assiste a programas de televisão, na mesa de trabalho ou andando na rua. O que dificulta o organismo de registrar o quê e o quanto está sendo ingerido.
3 – Os alimentos ultraprocessados são vendidos em grandes quantidades
Devido ao baixo custo dos seus ingredientes, é comum que muitos alimentos ultraprocessados sejam comercializados em recipientes ou embalagens gigantes e a preço apenas ligeiramente superior ao de produtos em tamanho regular. Diante da exposição a recipientes ou embalagens gigantes, é maior o risco do consumo involuntário de calorias e maior o risco de obesidade.
4 – As versões líquidas favorecem ainda mais o alto consumo de calorias em uma única só vez
No caso de refrigerantes, refrescos e muitos outros produtos prontos para beber, o aumento do risco de obesidade é em função da comprovada menor capacidade que o organismo humano tem de registrar calorias provenientes de bebidas adoçadas.
Sobre o Guia Alimentar do Ministério da Saúde
O Guia Alimentar para a População Brasileira é um instrumento para apoiar e incentivar práticas alimentares saudáveis no âmbito individual e coletivo. Foi feito para todos os brasileiros e brasileiras! Ele reúne um conjunto de informações e recomendações sobre alimentação que contribuem para a promoção da saúde de pessoas, famílias e comunidades e da sociedade como um todo, hoje e no futuro. Acesse agora(https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf) para consultar todas as orientações e garantir mais saúde e qualidade de vida.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero-me-alimentar-melhor/noticias/2022/
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