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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

CÂNCER: Leucemias / LEUCEMIA MIELOMONOCÍTICA CRÔNICA – LMMC

 

O QUE É LEUCEMIA MIELOMONOCÍTICA CRÔNICA – LMMC - ATUALIZAÇÃO :07/08/2023

Consultoria – Dra. Érika Midori

Tudo começa nas células tronco, responsáveis por formar os componentes do sangue: glóbulos vermelhos, encarregados pela oxigenação do organismo; glóbulos brancos, que defendem o corpo das infecções; e as plaquetas, que evitam hemorragias.

É um tipo de síndrome mielodisplasica/mieloproliferativa. Ela acontece quando os monócitos, um tipo de glóbulo branco, passam a se reproduzir de maneira descontrolada, tornando a contagem destas células em um número bastante elevado.

Entre 15% a 30% dos pacientes com leucemia mielomonocítica crônica (LMMC) podem desenvolver leucemia mieloide aguda, já que o paciente também pode apresentar blastos (tipos de glóbulos brancos imaturos), comuns a este tipo da doença.

Ainda não se sabe o porquê de seu surgimento, mas esta não é uma doença hereditária. Aproximadamente 90% dos casos são diagnosticados em pessoas com mais de 60 anos, e os homens são mais afetados que as mulheres.

 Sinais e sintomas 

 

Quais os sinais e os sintomas da Leucemia Mielomonocítica Crônica – LMMC

Consultoria – Dra. Érika Midori

O corpo sempre avisa quando algo não vai bem. Os pacientes com LMMC apresentam uma quantidade elevada dos monócitos, e isso pode provocar aumento do baço (esplenomegalia) e do fígado (hepatomegalia), causando dor e desconforto.


Outros sinais comuns à doença são:

  • Anemia
  • Fadiga
  • Falta de ar
  • Palidez
  • Infecções constantes
  • Hemorragias e hematomas

Se perceber qualquer alteração, procure um médico. O especialista neste tipo de leucemia é o onco-hematologista. No dia da consulta, conte ao seu médico sobre cada um dos sintomas, e fale também sobre os medicamentos dos quais fez uso. Tudo isso pode ajudar, e muito, na investigação.


Importante! Quanto antes a LMMC for descoberta, melhor. O diagnóstico precoce fará toda a diferença na conquista por melhores resultados durante o tratamento.

 

Diagnóstico 

Quais exames são feitos para diagnosticar Leucemia Mielomonocítica Crônica?

Consultoria – Dra. Érika Midori

diagnostico_de_Leucemia_Mieloide_Aguda

 

Hemograma

O hemograma completo (exame de sangue) é o primeiro a ser pedido pelo médico e mostrará alterações na contagem de células – a doença provoca aumento significativo dos monócitos, tipo de glóbulo branco, mas também pode atingir os glóbulos vermelhos e as plaquetas.


Biópsia da medula

O médico também pode pedir uma biópsia da medula, e um fragmento do osso da região lombar será retirado para avaliação em laboratório. A partir disso é que será constatada a leucemia.


Exame de Citogenética

O exame de citogenética, feito por meio de pequena amostra de sangue aspirado da medula óssea, irá analisar as alterações genéticas das células, e assim determinar o subtipo da doença.


Imunofenotipagem

Já a imunofenotipagem, por sua vez, feita também com uma amostra de sangue aspirado da medula óssea, irá verificar as características da superfície da célula.


FISH e PCR

O FISH (Hibridização Fluorescente in situ) e o PCR (Reação em Cadeia da Polimerase), exames extremamente sensíveis e que podem encontrar uma célula anormal em meio a milhares de células normais, também podem ser utilizados neste momento. Eles serão importantes para avaliar as alterações nos cromossomos, e são realizados a partir de uma pequena amostra de sangue aspirado da medula óssea.

**De todos estes exames, o único que não está disponível no Sistema Único de Saúde é o FISH. Porém, ele pode ser feito com o plano de saúde. Se você está enfrentando alguma dificuldade, saiba que a Abrale oferece gratuitamente Apoio Jurídico!


Converse com seu médico a respeito dos exames e procure tirar todas as suas dúvidas: como são feitos os procedimentos, se há algum risco, em quanto tempo saberá o resultado e o que mais quiser saber. É muito importante se sentir seguro!

 

Tratamento 

Quais os tratamentos indicados para a Leucemia Mielomonocítica Crônica?

Consultoria – Dra. Érika Midori

Atualmente, o tratamento possibilita bons resultados para o paciente. As principais opções são:


Transplante de medula óssea

Também chamado de transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH), esta é a única opção que possibilita a cura. Mas tudo irá depender do quadro do paciente, da idade, se há um doador compatível e se há riscos. O tipo de transplante a ser realizado é o alogênico, quando a medula vem de um doador.

TRANSPLANTE ALOGÊNICO

Transplante de medula óssea alogênico é o tipo de transplante de medula óssea mais comum para tratar a LMA. Na preparação, o paciente é submetido à quimioterapia, com ou sem radiação, com objetivo de matar as células doentes remanescentes e reduzir imunidade do paciente para aceitar a medula do doador. Então, o paciente recebe infusões de células-tronco advindas de um doador, que pode ser um membro da família, um desconhecido cadastrado no REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea) ou até mesmo de um cordão umbilical.

Transplante_de_medula_ossea_alogenico_LMMC

TMO alogênico cria um novo sistema imune para o paciente, que ajudará o corpo a brigar contra infecções e contra as células cancerígenas que possam ter sobrado. As células imunes transplantadas (chamadas de enxerto) enxergam as células leucêmicas no corpo como estranhas e as destrói. Isto é chamado de “efeito enxerto versus leucemia”.

Este tipo de transplante, se comparado a outros tratamentos, é associado com efeitos colaterais consideráveis, inclusive risco de mortalidade relacionado ao transplante, por isso a decisão para a sua realização também dependerá da idade do paciente e do entendimento deste sobre seus riscos/benefícios.

Após o TMO alogênico, existe o risco de o paciente desenvolver uma doença chamada “doença do enxerto versus hospedeiro” ou DECH. Ela acontece quando as células do doador (enxerto) identificam as células do corpo do paciente (hospedeiro) como estranhas e as ataca. As partes do corpo mais comumente afetadas são a pele, fígado, estômago e intestino. A doença pode se apresentar após semanas ou anos do transplante e o médico irá indicar medicamentos para prevenir e até mesmo minimizar o problema.


Quimioterapia

Vários medicamentos extremamente potentes no combate ao câncer são utilizados com o objetivo de destruir, controlar ou inibir o crescimento das células doentes. São eles:

  • Hidroxiureia
  • Azacitidina
  • Decitabina
  • Citarabina
  • Idarrubicina
  • Fludarabina

Sua administração é feita em ciclos, com um período de tratamento, seguido por um período de descanso, para permitir ao corpo um momento de recuperação, e o uso de cateteres geralmente é necessário. Saiba como cuidar de seu cateter.


Efeitos Colaterais da Quimioterapia

Alguns efeitos colaterais podem surgir, como enjoo, diarreia, obstipação, alteração no paladar, boca seca, feridas na boca e dificuldade para engolir. Mas saiba que existem medicamentos para amenizá-los. A nutrição é uma importante aliada na melhora de cada um deles, e por isso a Abrale fez uma seleção de alimentos que vão te ajudar bastante neste momento.

A queda de cabelo pode acontecer. A depender do tratamento, a quimioterapia atinge as células malignas e também as saudáveis, em especial as que se multiplicam com mais rapidez, como os folículos pilosos, responsáveis pelo crescimento dos cabelos. Nessa fase, busque por alternativas como lenços, bonés, chapéus ou perucas, caso se sinta mais à vontade.

A imunidade baixa, comum a esta fase do tratamento, pode facilitar o surgimento das infecções. A febre é o aviso de que um processo infeccioso está começando, então não deixe de procurar seu médico. Se for necessário, medicamentos serão administrados. Mas com pequenos cuidados, como lavar as mãos com frequência, você pode evitar que essas temidas infecções apareçam. Veja outras dicas.

Todos os medicamentos têm registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e são distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).


Transfusão de sangue

Em alguns casos, pode ser necessária, já que o número de plaquetas fica bem abaixo do normal neste período e o paciente pode apresentar anemia e/ou hemorragias.


Radioterapia

Este procedimento é bastante raro em leucemias, mas pode ser indicado antes do transplante de medula óssea, para diminuir o tamanho do baço ou como parte do condicionamento. Nele, são utilizadas radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células anormais.

Os efeitos colaterais vão depender da localização em que o procedimento será realizado. Geralmente, o paciente pode apresentar problemas de pele, como ressecamento, coceira, bolhas ou descamação. Saiba como cuidar de sua pele.


A Abrale oferece gratuitamente Apoio Jurídico a todos os pacientes do Brasil. Se você está enfrentando alguma dificuldade em seu tratamento, não hesite em nos contatar!

 

Como viver com a LMMC

 

O melhor tratamento para a Leucemia Mielomonocítica Crônica começa com uma equipe multiprofissional

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A confiança na equipe de saúde é muito importante para tratamento, pois ela é parte fundamental do seu sucesso. Por isso é muito importante que o paciente, seus familiares e toda a equipe estejam integrados.

A equipe de cuidados multidisciplinar de saúde deve incluir os seguintes profissionais:

  • Médicos especialistas (hematologistas e oncologistas)
  • Enfermeiros
  • Nutricionistas
  • Dentistas
  • Terapeutas ocupacionais
  • Fisioterapeutas
  • Assistentes sociais
  • Psicólogos

VOCÊ CONHECE OS SEUS DIREITOS?

“A saúde é direito de todos e é dever do Estado garantir, mediante políticas sociais e econômicas, a redução do risco de doença e de outros agravos e o acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”“. Art. 196, Constituição Federal Brasileira.

Os seus direitos são diversos, como ter acesso a medicamentos de alto custo, ao auxílio-doença, à aposentadoria, e ao saque do FGTS, por exemplo.

Quer saber tudo sobre cada um seus direitos?

Então acesse agora


Psico-Oncologia e a Leucemia Mielomonocítica Crônica

diagnóstico de Leucemia Mielomonocítica Crônica  pode gerar sentimentos como apreensão, como por exemplo, desânimo e não aceitação. Porém, é extremamente importante que o paciente e seus familiares busquem apoio externo e, que diante da situação, mantenham-se esclarecidos e em contato com profissionais da área de psicologia, pois são eles os mais aptos a apoiá-los nesse momento vulnerável.

Busque apoio emocional com:

  • Família e amigos
  • Psicólogos especializados em atendimento de pacientes onco-hematológicos
  • Espiritualidade
  • Bons livros e filmes

ENTENDA A IMPORTÂNCIA DA PSICO-ONCOLOGIA PARA VIVER BEM COM A LEUCEMIA MIELOMONOCÍTICA CRÔNICA

psico-oncologia é uma especialidade dentro da Psicologia da Saúde que representa a área de interface entre a Psicologia e a Oncologia, e essa união é perfeita para atender às necessidades tanto de pacientes com câncer, como com outras doenças crônicas.. Pois certamente, são diversos os momentos em que este profissional pode ajudar:

  • Suporte para as emoções do momento diante do diagnóstico
  • Apoio emocional com a psico-oncologia com encontros frequentes durante todo o tratamento
  • Acompanhamento psicológico no término do tratamento e reinserção social

apoio psicológico também deve acontecer frente à impossibilidade de cura e a convivência com a doença.


A equipe de psicologia da ABRALE pode te ajudar gratuitamente!

Sabemos que o ser humano é um conjunto maior do que suas partes.  Como também sabemos, que existe uma interação permanente entre todos os aspectos que o compõem. Assim, entendemos que os tratamentos não podem ficar restritos ao corpo.  E é por esse motivo, o Departamento de Psicologia da ABRALE oferece diferentes formas de apoio psicológico, que têm por objetivo a saúde global, o bem-estar das pessoas e o reforço aos resultados dos tratamentos médicos.

“O atendimento psicológico presencial é oferecido gratuitamente na sede da Associação em São Paulo e temos a orientação psicológica online para pacientes de outras regiões do País com a certificação do Conselho Federal de Psicologia (CFP)”


 

 

  •  
    FONTE: https://www.abrale.org.br/doencas/leucemia/lmmc/como-viver-com-a-leucemia-mielomonocitica-cronica/
     

 


    


 

 

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla

 

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