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terça-feira, 26 de março de 2024

MELHOR IDADE: Ele não aceita um cuidador. O que fazer?

 

Berna Almeida II

 

A vida nos brinda com a beleza e complexidade do envelhecer. Nesse estágio, a autonomia muitas vezes se mistura com a necessidade de cuidado, criando um cenário desafiador para os idosos e suas famílias. Em meio a essa dinâmica, surge uma questão delicada e fundamental: a aceitação de um cuidador. Embora essa decisão seja impregnada de preocupações, emoções e desejos, a busca por um equilíbrio entre independência e assistência é um passo crucial.
Quando um idoso se recusa a aceitar a presença de um cuidador, pode ser um desafio delicado para a família, porém existem algumas estratégias que podem ser úteis para lidar com essa situação:
· Converse abertamente: Inicie uma conversa sincera e calma com o idoso para entender as razões por trás da recusa. Pergunte sobre seus sentimentos, preocupações e desejos em relação ao cuidado. Ouça atentamente e valide suas opiniões.
· Respeite a autonomia: Reconheça que a resistência ao cuidador pode estar relacionada à preservação da independência. Demonstre que você valoriza a autonomia dele e que o objetivo é garantir um ambiente seguro e confortável.
· Explique os benefícios: Compartilhe os benefícios de ter um cuidador, como a ajuda com as atividades diárias, a promoção da segurança, a companhia e o suporte para manter a qualidade de vida.
· Apresente opções: Em vez de impor um cuidador em tempo integral, discuta opções flexíveis, como a presença em horários específicos para ajudar com tarefas específicas.
· Escolha com cuidado: Se o idoso expressar preocupações específicas, envolva-o no processo de seleção do cuidador.
· Gradualidade: Se possível, comece com uma abordagem gradual. Permita que o idoso se acostume com a ideia de ter um cuidador, começando com um período de teste mais curto.
· Demonstre confiança: Mostre ao idoso que você confia na escolha do cuidador e que o cuidador respeitará seus desejos e necessidades.
· Estabeleça limites claros: Explique ao idoso que, embora sua independência seja valorizada, a segurança e o bem-estar dele são prioridades. Defina limites claros para garantir que o cuidador não invada a privacidade ou a autonomia de maneira indesejada.
· Envolva a família: Se possível, envolva outros membros da família na conversa para que o idoso sinta que suas preocupações são ouvidas por todos.
· Experimente diferentes abordagens: Se uma abordagem não estiver funcionando, esteja disposto a tentar diferentes maneiras de abordar a situação. Às vezes, é necessário encontrar uma abordagem que ressoe melhor com o idoso.
De acordo com a Dra. Ariane Angioletti, pesquisadora e defensora dos direitos das pessoas idosas, diz:
“Juridicamente não é possível fazer nada quando o idoso não é causador de riscos iminentes à sua saúde. E, fazê-lo passar por uma interdição parcial ou um acolhimento compulsório seria de impacto muito negativo, para além de suas doenças, comorbidades e sintomas. Mas é possível auxiliar os idosos, mesmo que indiretamente. Tentar e tentar diariamente, buscar intervir de maneira sutil, fazer com que ele tome as decisões mais acertadas e sinta-se à frente das determinações com relação a sua saúde”.
Lembre-se de que cada pessoa é única e suas razões para recusar um cuidador podem variar. Respeite suas escolhas, mas também trabalhe para encontrar um equilíbrio que atenda às necessidades de cuidado e segurança do idoso. Se possível, envolva um profissional de saúde para orientação e apoio nesse processo.

 

 

 

 

FONTE: https://www.facebook.com/groups/mentesedemencias/


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abs.

Carla

 

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