Dr Mauricio Ibrahim Scanavacca
O tratamento das arritmias cardíacas — alterações no ritmo das batidas do coração — vem passando por grandes avanços nos últimos anos.
Hoje, além de medicamentos, os cardiologistas dispõem de marca-passos especiais e tratamentos minimamente invasivos, como a ablação por radiofrequência, que proporcionam bons resultados, como a recuperação mais rápida do paciente e maior segurança no procedimento, com menos riscos cirúrgicos, já que não é necessário realizar uma cirurgia aberta.
Mais recentemente, o sistema de mapeamento eletroanatômico tridimensional vem contribuindo muito para os melhores resultados da ablação por radiofrequência.
Essa tecnologia permite realizar uma reconstrução em três dimensões (largura, altura e profundidade) dos átrios e ventrículos do coração, em tempo real, ajudando a identificar com clareza a região comprometida pela arritmia.
“Uma das principais vantagens desse procedimento é que com ele é possível navegar com os cateteres pela região do coração sem a necessidade de utilizarmos raios X para auxiliar no procedimento”, explica o dr. Maurício Scanavacca, cardiologista responsável pelo setor de Eletrofisiologia e Ablação por Radiofrequência do Hospital Sírio-Libanês. Isso diminui a exposição do paciente à radiação.
O médico explica que, durante a cirurgia, cerca de dois a cinco cateteres são introduzidos pelas veias ou artérias da perna até o coração do paciente.
Depois que o mapeamento eletroanatômico identifica os pontos que apresentam problemas, o cateter cauteriza a região afetada pela arritmia.
Segundo o médico, a principal vantagem desse sistema é que ele permite dirigir o cateter com extrema precisão, eficácia e segurança, diminuindo o tempo do procedimento e o risco de complicações, como infecções.
A tecnologia é capaz de gerar diferentes tipos de mapas para facilitar o entendimento tridimensional da ativação elétrica do coração para identificação precisa e rápida das arritmias.
“O mapeamento tridimensional pode ser usado no tratamento de vários tipos de arritmias, mas principalmente na mais grave e frequente: a fibrilação atrial, quando o ritmo dos batimentos cardíacos é rápido e irregular.
Esse é o tipo de arritmia que mais causa acidente vascular cerebral (AVC)”, explica o dr. Scanavacca. Segundo o médico, a maioria das arritmias tem cura, e muitas podem ser mantidas sob controle com o uso de medicamentos.
Causas das arritmias cardíacas
Muitos pacientes já nascem com certa predisposição para o problema devido a pequenas más-formações no coração, que podem se manifestar em qualquer idade.
Fatores externos, como estresse físico e emocional, são os principais gatilhos. Além disso, elas podem estar relacionadas a doenças como infarto, doença de Chagas e miocardiopatias (alterações no músculo cardíaco que impedem uma parte ou a totalidade do coração de se contrair normalmente).
Existem ainda as arritmias sem causa definida. Segundo o médico, o problema é mais comum a partir dos 50 anos de idade, quando o coração naturalmente vai ficando mais fraco.
Sintomas das arritmias cardíacas
As arritmias costumam ter sintomas bem variáveis, mas o mais comum são as palpitações. A doença também pode ser silenciosa ou causar outros sintomas:
- Tonturas.
- Escurecimento da visão.
- Falta de ar.
- Fraqueza.
- Dor no peito.
- Desmaios.
O Hospital Sírio-Libanês realiza o estudo da ablação desde a década de 1990.
Ao longo destes anos, implantou uma série de novas tecnologias, com atualização constante de seus equipamentos. No Centro de Cardiologia(http://cuidedoseucoracao.hsl.org.br/), o paciente encontra uma série de procedimentos que possibilitam estabelecer as causas e tratamentos das arritmias cardíacas.
FONTE: https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/blog/
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