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domingo, 17 de março de 2024

Quais os riscos de arritmias em pacientes com defeitos congênitos do coração

 

Hospital Sírio-Libanês

 

12/06/2023 ·

 

 

Os pacientes com cardiopatia congênita, tanto devido às cicatrizes da doença de base quanto à correção cirúrgica desta, apresentam risco de arritmias ao longo da vida. Mesmo após a plena resolução da cardiopatia congênita devemos manter o acompanhamento clínico regular para a detecção precoce de possível arritmia.

Atualmente a maioria das arritmias podem ser resolvidas por ablação percutânea com cateter, possibilitando uma boa qualidade de vida e liberação para atividade física. Uma vez detectada a arritmia, se faz necessário uma equipe multidisciplinar, para se investigar o possível mecanismo e se ter bem detalhado as possíveis cicatrizes. Sempre será contemplado o peso/ idade do paciente, bem como a manifestação clínica, para a decisão terapêutica.

Em determinados casos existe a cura da arritmia, podendo o paciente ficar sem medicação, em outros, obtemos o controle da arritmia, necessitando da manutenção de medicações antiarrítmicas ou até mesmo o implante de cardiodesfibrilador para prevenção de morte súbita.

Avaliação pré – ablação

Ao ser detectada a arritmia, pelo eletrocardiograma, Holter 24 horas, teste de esforço ou até mesmo pelos aplicativos de smartphones, procedemos a discussão com o time de cardiopediatria.

Existem exames fundamentais para nos auxilar nesta investigação inicial. Em alguns casos o ecocardiograma bidimensional com Doppler colorido é suficiente, em outros, precisamos complementar com tomografia computadorizada, ressonância magnética e/ou cateterismo cardíaco. Após elucidação do possível mecanismo e com a anatomia bem estudada podemos proceder o estudo eletrofisológico e possível a ablação por cateter.

Este procedimento consiste em uma intervenção percutânea, sem cortes, apenas punção venosa e/ou arterial. É feito sob sedação profunda ou anestesia geral dependendo das condições clínicas do paciente, sempre assistido por médico anestesista.

O exame precisa de jejum de oito horas, devido à anestesia e o paciente não pode apresentar no momento nenhum processo infeccioso e/ou inflamatório. Algumas medicações precisam ser suspensas, sendo isto reportado com antecedência. A internação pode se dar no dia do procedimento e a alta com 24 horas após, dependendo do caso.

Estudo Eletrofisiológico Invasivo (EEF) e ablação por cateter

Se indica o EEF invasivo quando queremos elucidar um quadro clínico de síncope (perda transitória da consciência) ou quando já temos o registro de uma arritmia e queremos identificar o mecanismo da mesma e proceder uma possível ablação.

Após a elucidação do circuito envolvido podemos realizar a tentativa de ablação. Esta consiste em aplicar uma energia , de radiofrequencia ou crio, e tentar eliminar o circuito responsável pela arritmia.

Após o término, de acordo com as condições clínicas, o paciente é encaminhado para o quarto ou para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Se faz necessário que o paciente fique 6 horas sem mexer o membro inferior que foi puncionado, para não apresentar sangramento pela punção. Não tendo nenhuma complicação o paciente pode ter alta no dia posterior à ablação.

Como se trata de um procedimento invasivo podemos ter algumas complicações inerentes à intervenção. Alguns pacientes podem apresentar complicações vasculares no local do acesso (trombose, aneurisma, fístula). Uma vez detectado o problema, este deve ser prontamente solucionado.

Outro ponto de atenção consiste no sistema de condução normal do paciente, pois este pode estar próximo do circuito da arritmia, podendo acarretar um bloqueio do sistema de condução com necessidade de implante de marca-passo.

No seguimento após ablação avaliamos o sítio de punção e realizamos os exames de seguimento que forem necessários. Como se trata de punção solicitamos repouso relativo nos 3 primeiros dias subsequentes, não podendo dirigir e devendo evitar escadas. Após 15 dias da realização da ablação, libera-se para qualquer atividade física.

 

 

 

 

FONTE: https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/blog/


Adesivo




obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs.

Carla

 

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