Incontinência urinária é a perda involuntária da urina pela uretra. O distúrbio é mais frequente no sexo feminino e pode manifestar-se tanto na quinta ou sexta década de vida quanto em mulheres mais jovens.
Atribui-se essa prevalência ao fato de a mulher apresentar, além da uretra, duas falhas naturais no assoalho pélvico: o hiato vaginal e o hiato retal.
Isso faz com que as estruturas musculares que dão sustentação aos órgãos pélvicos e produzem a contração da uretra para evitar a perda urinária e o músculo que forma um pequeno anel em volta da uretra, sejam mais frágeis nas mulheres.
Causas:
A eliminação da urina é controlada pelo sistema nervoso autônomo, mas pode ser comprometida nas seguintes situações:
– comprometimento da musculatura dos esfíncteres ou do assoalho pélvico;
– gravidez e parto;
– tumores malignos e benignos;
– doenças que comprimem a bexiga;
– obesidade;
– tosse crônica dos fumantes;
– quadros pulmonares obstrutivos que geram pressão abdominal;
– bexigas hiperativas que contraem independentemente da vontade do portador;
– procedimentos cirúrgicos ou irradiação que lesem os nervos do esfíncter masculino.
Tipos e Sintomas:
– incontinência urinária de esforço: o
sintoma inicial é a perda de urina quando a pessoa tosse, ri, faz
exercício, movimenta-se;
– incontinência urinaria de urgência: mais grave do que a de esforço,
caracteriza-se pela vontade súbita de urinar que ocorre em meio as
atividades diárias e a pessoa perde urina antes de chegar ao banheiro;
– incontinência mista: associa os dois tipos de incontinência acima
citados e o sintoma mais importante é a impossibilidade de controlar a
perda de urina pela uretra;
– enurese noturna: é a incontinência que ocorre durante o sono. O
exemplo mais típico é o da criança que faz xixi na cama. Embora a
maioria das crianças já tenha aprendido a controlar a micção em torno
dos três aos quatro anos de idade, considera-se normal que algumas
crianças ainda urinem na cama até os cinco ou seis anos.
Tratamento:
O tratamento da incontinência urinária por esforço é basicamente cirúrgico, mas exercícios ajudam a reforçar a musculatura do assoalho pélvico. Para a incontinência urinária de urgência, o tratamento é com medicamentos e fisioterapia.
Recomendações:
– procure um médico para diagnóstico e identificação da causa e do tipo de perda urinária que você apresenta;
– não pense que incontinência urinária é um mal inevitável na vida das
mulheres depois dos 50, 60 anos. Se o distúrbio for tratado como deve, a
qualidade de vida melhorará muito;
– considere os fatores que levam à incontinência urinária do idoso – uso
de diuréticos, ingestão hídrica, situações de demência e delírio,
problemas de locomoção – e tente contorná-los. Às vezes, a perda de
urina nessa faixa de idade é mais um problema social do que físico;
– evitar a obesidade e o sedentarismo, controlar o ganho de peso durante
a gestação, praticar exercícios fisioterápicos para fortalecer o
assoalho pélvico, são medidas que podem ser úteis na prevenção da
incontinência urinária.
IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente
habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar
remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas
caráter educativo.
Dica elaborada em fevereiro de 2.018.
Fontes:
FONTE: https://bvsms.saude.gov.br/incontinencia-urinaria/
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