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segunda-feira, 18 de março de 2024

Pacientes com restrição hídrica devem evitar alimentos com muita água como macarrão, ovo e até feijão

 Sirio Libanes

08/07/2015 ·

 

Durante toda a vida, ouvimos sobre a importância de beber água. No Brasil, onde faz calor na maior parte do ano e o consumo médio diário de sal é de 12 g (o máximo recomendado são 5 g), a necessidade de beber líquidos parece ainda maior. 

Diante desses fatores, alguns problemas, como insuficiência cardíaca ou doenças renais, podem exigir uma ingestão menor de líquido. 

Quando isso acontece, o que fazer? "Esta é a pergunta que a maioria dos pacientes com restrições hídricas nos fazem", comenta o dr. Danilo Ribeiro Galantini, cardiologista no Sírio-Libanês.

Enquanto o consumo de água recomendado para a população em geral é de mais de 2 L por dia, alguns pacientes com restrições hídricas podem ter que se limitar a apenas 800 mL, o que deve considerar a ingestão de água presente nos alimentos. 

Embora muitas pessoas não saibam, a grande maioria dos alimentos tem uma grande porcentagem de água, sendo as frutas, as saladas e os legumes os mais ricos em água (veja na tabela abaixo).

Quantidade de água nos alimentos

  • Abobrinha - 96% de água
  • Alface - 95% de água
  • Amendoim torrado - 2,6% de água
  • Arroz integral cozido - 70% de água
  • Bife assado - 35% de água
  • Biscoitos - 4% de água
  • Chocolate ao leite - 1,3% de água
  • Feijão - 85% de água
  • Leite - 87% de água
  • Macarrão - 85% de água
  • Margarina - 16% de água
  • Mel - 22% de água
  • Melancia - 95% de água
  • Melão - 90% de água
  • Ovo - 75% de água
  • Tomate - 94% de água

Para controlar o consumo diário de líquidos, o dr. Galantini sugere a seus pacientes que encham uma garrafa de água com o volume máximo permitido. 

A cada líquido consumido, deve ser dispensada a mesma quantidade de água da garrafa. Alimentos com mais de 70% de água também entram na contagem. 

Por exemplo, ao comer uma fatia de melancia de 200 g, que tem 95% de água, o equivalente a 190 mL de água, devem ser dispensados 190 mL de água da garrafa que auxilia na contagem.

"Recomendamos às pessoas com restrição hídrica que evitem os alimentos com mais de 70% de água", comenta o médico.

Alimentos crus têm maior quantidade de água. Por isso, a dica é refogá-los ou assá-los para tirar o excesso de líquido. 

Quanto mais gorduroso for o alimento, como os chocolates e as bolachas, menos água eles têm.

As pessoas com restrição hídrica devem fazer controle diário de peso, sempre com a mesma técnica. 

Ou seja, pesando-se em jejum, com a bexiga vazia, despido, antes de se alimentar e, se possível, na mesma balança. 

Esse tipo de registro é imprescindível e fundamental para estabelecer a comparação evolutiva ao longo dos dias e correlacionar com sintomas e alterações de exames físico e diagnósticos complementares.

No caso da insuficiência cardíaca, o excesso de líquido faz mal porque a capacidade do coração em bombear sangue para o rim diminui, prejudicando assim o papel desse órgão em filtrar o sangue e manter a composição do corpo. 

O mesmo observa-se nos pacientes que necessitam de transplante cardíaco ou de rim, já que estão com as funções desses órgãos prejudicadas.

Alguns pacientes com cirrose hepática acabam desenvolvendo quadros em que a função renal fica prejudicada e podem acumular líquido no corpo. 

Nesses casos, é também necessário que os pacientes restrinjam a ingestão de líquidos, especialmente com alto conteúdo de sódio, como o leite e as bebidas energéticas. 

O excesso de sal no organismo desses pacientes pode provocar ascite, ou barriga d'água, que é o acúmulo anormal de líquidos dentro da cavidade abdominal.

Nos casos mencionados, em que se reconhece a necessidade de restrição hídrica, a ingestão excessiva de líquido pode determinar seu acúmulo nas pernas, nas pleuras e nos pulmões. 

Os primeiros sinais são inchaço e ganho de peso.

O excesso de líquido no organismo pode também levar à dilatação das câmaras cardíacas. 

Perdendo o formato elíptico, o coração passa a apresentar uma redução ainda maior de sua capacidade de bombear sangue para todo o corpo.

 

 

 

FONTE:

 https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/blog/


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abs.

Carla

 

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