Publicado em 07 de março de 2023
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A maioria dos casos acontecem em pessoas com mais de 45 anos, mas chama a atenção para o aumento no número de diagnósticos entre a população jovem
Matéria original em: https://saude.se.gov.br/saude-alerta-para-prevencao-e-tratamento-para-o-cancer-colorretal/
O mês de março é conhecido pela cor azul-marinho em conscientização
ao câncer colorretal. A doença origina-se no intestino grosso, também
chamado de cólon, e no reto, região final do trato digestivo e anterior
ao ânus.
O responsável técnico da oncologia clínica do Hospital
de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse), Gabriel
Passos, disse que a maior parte dos casos acontecem em pessoas com mais
de 45 anos, mas chama a atenção para o aumento no número de diagnósticos
entre a população jovem.
Segundo ele, os fatores de risco são
divididos entre aqueles relacionados aos hábitos de vida como o
sedentarismo, alcoolismo, tabagismo e os hereditários, a exemplo do
histórico familiar/pessoal e idade avançada.
“Como regra geral
na oncologia, quanto mais avançada a idade, maior o risco de se
desenvolver um câncer. Para o câncer colorretal, isso também se aplica. A
maior parte dos casos acontecem em pessoas com mais de 45-50 anos.
Contudo, estamos vendo um aumento de incidência em pessoas mais jovens,
que pode estar relacionada à piora no estilo de vida da sociedade”,
explicou.
Gabriel Passos destacou que a mudança do estilo de vida
é primordial para se evitar no futuro, não só o câncer colorretal, mas
outros tipos de doenças. O ideal, segundo ele, é a adoção de hábitos
como prática de atividades físicas, manter a dieta balanceada, evitar
alimentos processados e gorduras em excesso, bem como tratar a obesidade
e se abster do consumo de álcool e cigarro.
“Além da mudança de
estilo de vida, existe a estratégia do rastreamento para o câncer
colorretal, feito principalmente com o exame da colonoscopia, que é
capaz de detectar pólipos e lesões pré-cancerígenas e, no mesmo momento,
remover essas lesões, evitando o desenvolvimento do câncer”,
complementou.
O oncologista também destacou a necessidade do
tratamento e explicou que o exame padrão-ouro para o diagnóstico do
câncer colorretal é a colonoscopia. De acordo com o médico, o tratamento
dependerá do estágio da doença e das características clínicas de cada
paciente.
“Ele é capaz de detectar desde lesões pré-cancerígenas
até lesões já claramente neoplásicas. Durante o procedimento é realizada
a biópsia da lesão suspeita, que pode confirmar o diagnóstico da
doença.
O tratamento do câncer colorretal é multidisciplinar e
pode envolver cirurgia para remoção do tumor, quimioterapia e
radioterapia. A definição exata do tratamento depende do estágio da
doença ao diagnóstico e das características clínicas do paciente”.
Apesar
de ser o terceiro tipo de câncer mais comum no Brasil, segundo o
Instituto Nacional de Câncer (Inca), o colorretal tem cura. Passos
afirma ser extremamente importante que, pelo menos, a partir dos 45 anos
seja realizado o exame de colonoscopia ou muito antes, caso haja
história familiar que indique o rastreio precocemente.
“Após o
primeiro exame, o intervalo de repetição varia de acordo com os
resultados encontrados, podendo ser indicado um rastreio mais ou menos
intensivo. As chances de cura dependem do estágio da doença. Quando
falamos do câncer em estágio I, as chances de cura podem chegar a 95%.
Já para os pacientes que descobrem a doença em estágio IV, as chances
caem bastante, com menos de 15% dos pacientes vivos, cinco anos após o
diagnóstico. Essa diferença entre os resultados se dá porque a doença em
estágio IV já está disseminada para outros órgãos do corpo,
dificultando bastante o trabalho de eliminação da doença”, explicou.
FONTE: https://www.marcoazul.org.br/saude-alerta-para-prevencao-e-tratamento-para-o-cancer-colorreta/
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