POR: DR. MÁRIO HENRIQUE - uninefron
Recife, 17 de janeiro de 2025
A doença renal crônica (DRC) pode causar diversas complicações, exigindo monitoramento constante. De acordo com o médico Mário Henriques, nefrologista da Uninefron, uma das complicações frequentes é a acidose metabólica. “Essa condição ocorre devido à incapacidade dos rins de excretarem adequadamente os ácidos produzidos pelo metabolismo corporal, além da redução na regeneração do bicarbonato, um composto essencial para neutralizar os ácidos e manter o pH do sangue”, explica o médico.
Ainda de acordo com Mário Henriques, mais prevalente nos estágios avançados (4-5) da DRC, a acidose metabólica pode desencadear diversos efeitos negativos, como “estímulo à degradação de proteínas, levando à perda de massa muscular; liberação de cálcio e fosfato dos ossos; aumento dos níveis de potássio no sangue, o que representa um risco ao coração; e aceleração do declínio da função renal”, garante o médico.
Segundo o nefrologista, o diagnóstico é realizado por meio de um exame de gasometria arterial, que avalia o pH do sangue e outros parâmetros. Ele ressalta que os resultados são analisados junto a sintomas e histórico do paciente. “Esses dados são interpretados pelo clínico geral ou nefrologista para determinar o tratamento adequado”, acrescenta Mário Henriques.
Sinais e sintomas da acidose metabólica
É fundamental estar atento aos sintomas da acidose metabólica. De acordo com o nefrologista Mário Henriques, os principais sintomas incluem:
- Náuseas e vômitos;
- Perda de apetite;
- Cansaço e fraqueza;
- Aumento da frequência cardíaca;
- Respiração rápida e profunda;
- Dor de cabeça;
- Confusão mental.
O médico ressalta que, em alguns casos, os sintomas podem estar ausentes ou variar dependendo da causa. Quando presentes, podem impactar a respiração, o sistema nervoso, a função cardíaca e o metabolismo geral. “Quando diagnosticada, a acidose metabólica pode ser tratada com reposição de bicarbonato (suplementação oral de bicarbonato de sódio), redução do consumo de proteínas (dieta), ingestão de alimentos alcalinizantes, como vegetais ricos em potássio, e, em casos mais graves, por meio da diálise, que auxilia na remoção dos ácidos acumulados”, explica Mário Henriques.
Dieta para prevenção e tratamento
A dieta, prescrita por um nutricionista, desempenha papel essencial na prevenção e no manejo da acidose metabólica. Deve-se priorizar alimentos como frutas, legumes, nozes e proteínas de origem vegetal, que contribuem para reduzir a acidez do organismo. Em contrapartida, é recomendado limitar o consumo de carnes, peixes, ovos e queijos, além de evitar bebidas alcoólicas.
Desafios comuns incluem:
- Adesão ao tratamento dietético e medicamentoso;
- Progressão da DRC, dificultando o manejo da acidose;
- Risco de desnutrição, especialmente com dietas restritivas;
- Efeitos adversos de suplementos alcalinizantes, como desconfortos gastrointestinais;
- Identificação precoce e monitoramento contínuo, que podem ser subestimados nos estágios iniciais.
O nefrologista da Uninefron Mário Henriques reforça que o manejo adequado da acidose metabólica em pacientes com DRC é essencial para melhorar a qualidade de vida, prevenir complicações e retardar a progressão da doença. Ele recomenda acompanhamento regular com um nefrologista, associado a uma equipe multiprofissional, para realizar ajustes terapêuticos conforme a evolução da função renal.


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abs.
Carla
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