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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Diálise X tratamento conservador: a escolha dos doentes idosos com doença renal crônica terminal

 POR: DR. MÁRIO HENRIQUE NEFROLOGISTA - Uninefron

Recife, 14 de fevereiro de 2025

O número de pacientes com doença renal que realizam hemodiálise tem aumentado significativamente no mundo ocidental, especialmente entre os idosos. Segundo o médico Mário Henriques, nefrologista da Uninefron, a hemodiálise (HD) proporciona maior sobrevida em casos de doença renal crônica (DRC). “Entretanto, estudos demonstram que fatores como idade avançada, múltiplas comorbidades e baixo performance status (PS) reduzem os benefícios desse tratamento em termos de longevidade”, esclarece ele.

De acordo com o médico, nessas situações o Tratamento Médico Conservador (TMC) surge como uma alternativa viável. “No entanto, a decisão entre a diálise e o tratamento conservador em idosos com DRC terminal é um processo complexo, envolvendo aspectos médicos, sociais, emocionais e éticos”, diz Mário Henriques.

Ele acrescenta ainda que, para compreender os motivos por trás da escolha entre essas opções, é fundamental conhecer suas características. “A diálise substitui parcialmente as funções dos rins, removendo toxinas e excesso de líquidos do sangue. Esse procedimento pode prolongar a vida de muitos pacientes e aliviar sintomas, como náuseas e fraqueza, associados ao acúmulo de ureia no organismo”, garante o nefrologista.

“Por outro lado, o tratamento conservador prioriza a qualidade de vida sem recorrer à diálise. Ele envolve o manejo dos sintomas, cuidados paliativos e suporte de uma equipe multidisciplinar, incluindo nefrologia, nutrição e psicologia. Essa abordagem permite que o paciente mantenha sua rotina com menos interrupções, evite complicações relacionadas à diálise e preserve o conforto e a autonomia”, explica Mário Henriques.

O especialista aponta, porém, que ambas as opções apresentam desafios. Confira:

Desafios da diálise

  • Alta demanda física e emocional;
  • Risco de complicações, como quedas de pressão arterial, infecções e perda muscular;
  • Impacto na qualidade de vida, devido à frequência e à duração das sessões, especialmente na hemodiálise.

Desafios do tratamento conservador

  • Geralmente associado a uma sobrevida menor;
  • Requer um sistema de cuidados paliativos bem estruturado e uma equipe treinada.

Mário Henriques esclarece que a escolha deve ser baseada em critérios, como idade, presença de outras doenças, qualidade de vida (avaliada pela capacidade funcional, interação social e controle de sintomas), preferências do paciente, além de suporte familiar e logístico. O nefrologista reforça que a decisão deve ser compartilhada entre o paciente, seus familiares e a equipe de saúde multidisciplinar. “Esse processo exige diálogo empático, clareza e informações detalhadas para garantir que os prós e contras de cada abordagem sejam compreendidos”, finaliza.

Saiba mais!
A doença renal crônica (DRC) terminal corresponde ao estágio mais avançado da doença, marcado por uma perda quase total da função renal. Nesse nível, os rins deixam de cumprir suas funções essenciais, como filtrar toxinas, regular o equilíbrio de eletrólitos, manter o pH do sangue estável e eliminar o excesso de líquidos do organismo.

 

 

 

 

FONTE : http://www.uninefron.com.br/2025/dialise-x-tratamento-conservador-a-escolha-dos-doentes-idosos-com-doenca-renal-cronica-terminal/
 
 
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obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs.

Carla

 

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