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segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Estudo para Rastreamento por Imagem do Câncer de Pulmão

Equipe Oncoguia 
- Data de cadastro: 14/09/2014 - Data de atualização: 15/12/2015
O rastreamento por imagem do pulmão consistiu em um grande estudo clínico para detecção do câncer de pulmão utilizando tomografia computadorizada com doses baixas de radiação. A tomografia computadorizada do tórax fornece imagens mais detalhadas do que radiografias de tórax e permitem observar pequenas anormalidades nos pulmões. A tomografia de baixa dose utiliza uma menor quantidade de radiação quando comparada a uma tomografia padrão e não requer a utilização de contraste intravenoso.
O estudo incluiu mais de 50.000 pessoas com idades entre 55 e 74 anos, entre fumantes e ex-fumantes, com bom estado geral de saúde. Um dos critérios para participar do estudo era ter um histórico de tabagismo de 30 maços de cigarro por ano. Outro critério de inclusão era que os ex-fumantes tivessem parado de fumar há 15 anos. O estudo não incluiu pessoas com histórico prévio de câncer de pulmão, com sintomas de câncer de pulmão, que já tinham realizado cirurgia de pulmão, que usavam oxigênio domiciliar e se apresentavam outros problemas de saúde.
Os participantes do estudo realizaram três tomografias de baixa dose ou três radiografias de tórax, com intervalo de um ano, para a detecção de áreas anormais nos pulmões que poderiam indicar a doença. Após alguns anos, o estudo mostrou que aqueles que realizaram a tomografia com baixas doses de radiação diminuíram em 16% o risco de morrer de câncer de pulmão em comparação com aqueles que fizeram radiografias de tórax. Eles também diminuíram em 7% o risco de morrer por outras causas comparadas àqueles que fizeram radiografias de tórax.
O rastreamento com tomografia de baixas doses também mostrou algumas desvantagens que precisam ser consideradas. Uma delas é a detecção de uma série de anomalias que devem ser verificadas com mais exames, mas que acabam não sendo câncer. Cerca de 1 em cada 4 pessoas participantes do estudo tiveram essa constatação. Isso pode requerer de exames complementares, como tomografia computadorizada ou outros exames invasivos, como biópsias por agulha ou mesmo cirurgia para retirar uma parte do pulmão. Estes exames podem, às vezes, levar a complicações, ou raramente, a morte, mesmo naqueles que não têm câncer de pulmão ou que têm a doença em estágio inicial.
A tomografia computadorizada de baixa dose também expõe as pessoas a uma pequena quantidade de radiação a cada exame, que é menor do que na tomografia padrão, mas é maior do que a dose recebida numa radiografia de tórax. Algumas pessoas selecionados podem acabar precisando de mais tomografias, o que significa mais radiação.
Esse estudo deixou algumas questões que ainda precisam ser respondidas. Por exemplo, não está claro se o rastreamento com tomografia de baixas doses teria o mesmo efeito em pessoas com perfis diferentes daquelas que participaram do estudo, como aqueles que fumam menos (ou não fumam) ou pessoas com menos de 55 anos ou com mais de 74 anos. Além disso, no estudo os pacientes fizeram um total de 3 exames em 2 anos. Ainda não está claro qual seria o efeito nas pessoas selecionados nos próximos 2 anos.
Esses fatores, e outros, precisam ser levados em consideração pelos pacientes e seus médicos que consideram (ou não) o rastreamento com exames com tomografia computadorizada de baixa dose.

Fonte: American Cancer Society (16/05/2016)

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs

Carla
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