Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 17/07/2013 - Data de atualização: 06/04/2017
Muitas pesquisas sobre tumor carcinoide de pulmão estão em desenvolvimento em diversos centros médicos no mundo inteiro, promovendo grandes avanços em prevenção, detecção precoce e tratamentos:
Genética
Durante as últimas décadas as pesquisas têm feito grandes progressos no entendimento de como certas alterações no DNA das células podem fazer com que elas se tornem cancerígenas. O DNA é um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas de todas as células. Nós normalmente nos parecemos com nossos pais, porque eles são a fonte do nosso DNA. No entanto, o DNA nos afeta muito mais do que isso.
Alguns genes têm instruções para controlar o crescimento e a divisão das células. Os genes que promovem a divisão celular são chamados oncogenes. Outros genes que retardam a divisão celular ou levam as células a morte no momento certo são denominados genes supressores de tumor. Os cânceres podem ser causados por alterações no DNA que se transformam em oncogenes ou desativam os genes supressores de tumor.
Os pesquisadores têm caracterizado muitas alterações do DNA em tumores carcinoides de pulmão o que pode levar ao desenvolvimento de novos exames para um diagnóstico precoce e novos medicamentos para tornar o tratamento mais eficaz.
Diagnóstico
Como o prognóstico e tratamento do tumor carcinoide de pulmão e outros tipos de câncer de pulmão são muito diferentes, é extremamente importante existir precisão no diagnóstico. Os pesquisadores fizeram grandes progressos no desenvolvimento de exames capazes de detectar substâncias específicas encontradas nas células dos tumores carcinoides, mas não de outros tipos de câncer de pulmão. A maioria destes exames tratam amostras de tecido com anticorpos artificiais produzidos em laboratório. Esses anticorpos são concebidos para reconhecer substâncias específicas em certos tipos de tumores.
Tratamento
Os pesquisadores estão aprendendo a tratar tumores carcinoides pulmonares de forma mais eficaz, por exemplo, as novas técnicas cirúrgicas permitem a remoção de partes do pulmão através de incisões menores, o que pode resultar em períodos de internação hospitalar menor e com menos dor para os pacientes. As novas técnicas de radioterapia possibilitam tratar mais precisamente o tumor, diminuindo a dose de radiação nos tecidos normais e os efeitos colaterais.
Entretanto, os tumores carcinoides metastáticos continuam sendo difíceis de serem tratados. A maioria dos tumores carcinoides se desenvolve lentamente. Como os medicamentos convencionais utilizados na quimioterapia agem contra as células que crescem rapidamente, eles não são muito eficazes contra os tumores carcinoides.
As novas terapias alvo poderão ser mais eficazes contra os tumores carcinoides. A terapia alvo atua no funcionamento interno das células cancerígenas, na programação que as torna diferentes das células normais e saudáveis. Cada tipo de terapia alvo atua de forma diferente, mas todas alteram o modo como uma célula cancerosa cresce, se divide, se repara ou interage com outras células.
O sunitinibe e o everolimus são dois medicamentos alvo que mostraram ser eficazes no tratamento de tumores neuroendócrinos que se iniciam no pâncreas. Os estudos desses medicamentos em tumores carcinoides, que são um tipo de tumor neuroendócrino, estão em andamento.
Os inibidores de angiogênese são medicamentos alvo que afetam o crescimento de novos vasos sanguíneos (angiogênese), que os tumores precisam para se desenvolverem. Alguns destes medicamentos já são usados para tratar outros tipos de câncer e estão agora sendo estudados para uso contra tumores carcinoides. Exemplos desses medicamentos alvo incluem o bevacizumabe, pazopanibe, axitinibe e cabozantinib.
Os pesquisadores também estão procurando melhorar os medicamentos relacionados à somatostatina, o que pode ajudar algumas pessoas com tumores carcinoides. Um exemplo é o pasireotídeo, que pode se revelar mais ativo do que as drogas atuais, como o octreotido e o lanreotide. Outro tratamento é ligar medicamentos similares ao octreotido a um átomo radioativo. Os radiofármacos se ligam às células carcinoides, liberando a radiação diretamente nas células e diminuindo o efeito sobre as células normais. Em estudos já realizados, este tratamento ajudou pacientes com tumores carcinoides avançados que não respondiam a outros tratamentos. Mas, mais estudos sobre estes novos fármacos são necessários.
Estes e outros medicamentos estão sendo testados em estudos clínicos.
Fonte: American Cancer Society (16/05/2016)
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abs
Carla
Carla
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