Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 06/04/2017 - Data de atualização: 06/04/2017
O tratamento dos tumores carcinoides de pulmão depende do tipo e do estadiamento do tumor. Outros fatores, como estado de saúde geral do paciente e sua condição de tolerar a cirurgia também são importantes.
Muitos médicos utilizam o sistema de estadiamento TNM para descrever formalmente a extensão da doença. Mas para fins de tratamento, a maioria dos médicos usam um sistema mais simples, dividindo esses tumores em dois grupos:
Tumores ressecáveis. São aqueles que podem ser tratados com cirurgia.
Tumores irressecáveis. São aqueles que não podem ser removidos completamente por cirurgia.
Tumores Carcinoides de Pulmão Ressecáveis
Os tumores carcinoides ressecáveis não se disseminaram muito além de onde se iniciaram e podem ser completamente removidos cirurgicamente. Pelo sistema de estadiamento TNM inclui a maioria dos tumores estágios I, II e IIIA.
Para pacientes em condições de realizar uma cirurgia, esses cânceres são tratados cirurgicamente. A extensão da cirurgia depende do tipo, tamanho e da localização do tumor. Os tumores carcinoides atípicos podem precisar de uma cirurgia mais extensa do que os carcinoides típicos. Os gânglios linfáticos próximos também são removidos, especialmente se o tumor for carcinoide atípico.
A maioria dos pacientes com tumores carcinoides de pulmão ressecáveis são curados com tratamento cirúrgico e não necessitam de outros tratamentos. Alguns especialistas indicam tratamento adicional para pacientes com carcinoide atípico disseminado para os linfonodos, que pode ser quimioterapia, radioterapia ou ambos. Mas não está claro se esses tratamentos reduzem a chance de recidiva ou se aumentam a sobrevida.
Tumores Carcinoides de Pulmão Irressecáveis
Os tumores carcinoides irressecáveis incluem aqueles que cresceram demais ou se disseminaram para serem completamente removidos cirurgicamente, incluindo a maioria dos estágios IIIB e IV, bem como os pacientes sem condições físicas para a cirurgia.
O tratamento depende do estágio da doença, da localização do tumor, se o carcinoide é típico ou atípico, e se o paciente apresenta sintomas da síndrome carcinoide.
Para os tumores estágio IIIA em pacientes que não podem ser submetidos a cirurgia, os médicos geralmente indicam radioterapia para tratar carcinoides típicos e quimioterapia e radioterapia para carcinoides atípicos.
Algum tipo de tratamento sistêmico é frequentemente indicado para tumores avançados (estágios IIIB e IV), às vezes junto com radioterapia. Os análogos da somatostatina, como a octreotide ou a lanreotide podem ser úteis para pacientes com síndrome carcinoide ou cujos tumores podem ser vistos na cintilografia do receptor da somatostatina. Também são opções de tratamento a químio e a terapia alvo.
Em geral, os carcinoides típicos tendem a crescer lentamente, e a quimioterapia muitas vezes não é muito bem sucedida. Se o paciente tiver apenas um pequeno número de tumores que podem ser removidos, a cirurgia é provavelmente a melhor opção.
Os tumores carcinoides de pulmão geralmente se disseminam primeiramente para o fígado. Se o tumor se disseminou apenas para o fígado, mas não pode ser removido com a cirurgia, outra opção de tratamento pode ser o transplante de fígado. Esta é uma cirurgia complexa que a maioria dos médicos ainda considera experimental.
Se o tumor está localizado no fígado e está provocando sintomas, procedimentos como a ablação ou a embolização da artéria hepática podem ser úteis. Eles podem aliviar os sintomas ou retardar o crescimento do tumor, mas é muito improvável que resulte em cura.
Para pacientes com câncer em estágio inicial que não podem ser submetidos a cirurgia, a maioria dos médicos indica a radioterapia para carcinoides típicos e quimioterapia mais radioterapia para carcinoides atípicos.
A radioterapia externa também pode ser administrada para aliviar os sintomas provocados por tumores nos ossos, como dor, por exemplo. Para doença mais disseminada, os medicamentos radioativos podem ser uma opção de tratamento.
Recidiva
Os tumores carcinoides podem, às vezes, recidivar vários anos após o tratamento inicial. Se isso acontecer, as opções de tratamento dependem do local da recidiva e dos tratamentos que já foram realizados. Os cânceres que recidivam localmente ou em apenas 1 ou 2 áreas podem às vezes ser tratados com uma nova cirurgia. Se a cirurgia não for uma opção, a radioterapia, a quimioterapia ou outros medicamentos podem ser tentados. Como as recidivas podem muitas vezes serem difíceis de serem tratadas, uma opção é considerar a participação em estudos clínicos com novos tratamentos.
Fonte: American Cancer Society (16/05/2016)
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abs
Carla
Carla
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