Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 14/09/2014 - Data de atualização: 15/12/2016
O tratamento radioterápico utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células anormais que formam um tumor. Existem vários tipos de radiação, porém as mais utilizadas são as eletromagnéticas (Raios X ou Raios gama) e os elétrons (disponíveis em aceleradores lineares de alta energia). Esse tipo de radioterapia é conhecido como terapia com feixes externos.
Quando a Radioterapia é Utilizada?
Dependendo do estágio da doença e de outros fatores, a radioterapia pode ser administrada com os seguintes objetivos:
Tratamento Principal. Se o tumor não pode ser removido cirurgicamente devido ao seu tamanho ou localização, ou ainda se o estado geral de saúde do paciente não é bom o suficiente para realizar um procedimento cirúrgico.
Após a Cirurgia. Para destruir as células remanescentes da cirurgia.
Antes da Cirurgia. Para tentar reduzir o tamanho do tumor e tornar mais fácil a remoção cirúrgica.
Tratamento de Metástase. Para tratar uma única área de disseminação da doença, como um tumor no cérebro ou na glândula adrenal, o que pode ser feito junto com a cirurgia para tratar o tumor principal.
Tratamento Paliativo. Para aliviar sintomas provocados pelo câncer de pulmão avançado, como dor, sangramento, dificuldade na deglutição, tosse e problemas causados por metástases cerebrais. Nestes casos, a braquiterapia é mais frequentemente usada para ajudar a aliviar a obstrução das grandes vias aéreas.
Tipos de Radioterapia
Radioterapia com Feixes Externos
A radioterapia com feixes externos consiste em liberar uma determinada dose de radiação em um alvo, em certo período de tempo. Este é o tipo de tratamento radioterápico mais frequentemente utilizado para tratar o câncer de pulmão de não pequenas células ou sua disseminação para outros órgãos.
O tratamento é muito parecido com a obtenção de uma radiografia. O procedimento em si é indolor. Cada tratamento dura apenas alguns minutos, embora o tempo de posicionamento para o tratamento geralmente seja mais demorado. Na maioria das vezes, a radioterapia é realizada em frações diárias (doses), 5 dias por semana, por cerca de 5 a 7 semanas.
Nos últimos anos, as novas técnicas de radioterapia com feixes externos permitem um tratamento com mais precisão, com uma menor exposição dos tecidos saudáveis próximos às radiações. Essas técnicas incluem:
Radioterapia Tridimensional Conformacional. A radioterapia conformacional está baseada no planejamento tridimensional, permitindo concentrar a radiação na área a ser tratada e reduzir a dose nos tecidos normais adjacentes. Desta forma, o tratamento se torna mais eficaz, com poucos efeitos colaterais, diminuindo as complicações clínicas e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
Radioterapia de Intensidade Modulada. É uma forma de radioterapia tridimensional, onde o equipamento se move em torno do paciente, enquanto libera a radiação. Esta técnica é usada na maioria das vezes, para tumores localizados próximos a estruturas importantes, como a medula espinhal.
Radioterapia Estereotáxica. É utilizada para tratar cânceres de pulmão em fase inicial, quando a cirurgia não é uma opção devido a outros problemas de saúde do paciente. Ao contrário de outras técnicas de radioterapia, na estereotáxica é administrada uma alta dose de radiação, desde vários ângulos, diretamente no volume alvo.
Radiocirurgia Estereotáxica. É um tipo de radioterapia estereotáxica que normalmente libera a dose de radiação total em apenas uma única sessão. A cirurgia estereotáxica ou radiocirurgia é outro meio de utilização da radioterapia para tratamento de tumores cerebrais. Não é uma cirurgia em si, mas uma aplicação precisa e muito bem focalizada da radiação. O tecido normal, que fica em volta do tumor, recebe pouca ou nenhuma radiação. A técnica mais utilizada é conhecida como gama knife, que utiliza um tipo de capacete especial, para manter a cabeça na posição correta durante o tratamento
Braquiterapia
A braquiterapia é utilizada na maioria das vezes para reduzir tumores e para aliviar sintomas provocados pelo câncer de pulmão em uma das vias aéreas.
Neste tipo de tratamento, o médico insere uma pequena fonte de material radioativo, na forma de semente, diretamente sob o tumor. Isto é geralmente feito com auxílio de um broncoscópio, mas também pode ser realizado durante a cirurgia. Esta técnica limita os efeitos colaterais sobre os tecidos saudáveis adjacentes. A fonte de radiação é geralmente removida após um curto período de tempo.
Possíveis Efeitos Colaterais
Os efeitos colaterais da radioterapia dependem do local que é irradiado e da dose administrada, podendo incluir:
Alterações na pele na área tratada, que podem variar de vermelhidão a bolhas e descamação.
Perda de cabelo, na região tratada.
Fadiga.
Náuseas.
Vômitos.
Perda de apetite.
Perda de peso.
Muitas vezes, estes efeitos desaparecem após o término do tratamento. Quando a radiação é administrada junto com a quimioterapia, esses efeitos são muitas vezes mais intensos.
A radioterapia na região do tórax pode danificar os pulmões e provocar tosse, problemas respiratórios e falta de ar. Estes geralmente melhoram após o término do tratamento, embora às vezes podem não desaparecer completamente.
O esôfago, que está localizado no centro do tórax, pode ser exposto as radiações, o que pode provocar dor de garganta e dificuldade para engolir durante o tratamento. Isso pode tornar difícil a deglutição de alimentos de alimentos que não sejam macios ou líquidos por um determinado tempo. Mas, isto também melhora após o término do tratamento.
A radioterapia em grandes áreas do cérebro, às vezes, pode provocar perda de memória, dores de cabeça, problemas de concentração ou redução do desejo sexual. Geralmente estes sintomas são menores em comparação com aqueles provocados por um tumor cerebral, mas podem afetar a qualidade de vida do paciente.
Fonte: American Cancer Society (16/05/2016)
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abs
Carla
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