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quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Câncer de Pâncreas: Novidades no Tratamento do

 Equipe Oncoguia

  • - Data de cadastro: 26/09/2015 - Data de atualização: 20/08/2019



Muitas pesquisas sobre câncer de pâncreas estão em desenvolvimento em diversos centros médicos no mundo inteiro, promovendo grandes avanços em prevenção, detecção precoce e tratamentos. Confira alguns deles.

  • Alterações genéticas e detecção precoce

Os pesquisadores começam a compreender melhor como as alterações genéticas nas células pancreáticas tornam-se cancerígenas. Alterações herdadas em genes como BRCA2, p16 e os genes responsáveis pela síndrome de Lynch podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver câncer de pâncreas.

Os pesquisadores estão avaliando a forma como esses e outros genes não hereditários podem causar o câncer de pâncreas. Eles já sabem que o câncer de pâncreas não se forma de repente, se desenvolve ao longo de anos, em uma série de etapas conhecidas como neoplasia intraepitelial de pâncreas ou PanIN. Nos primeiros momentos, como PanIN 1, existem alterações em um pequeno número de genes e as células do ducto pancreático não parecem muito alteradas. Posteriormente, como PanIN 2 e PanIN 3, existem anormalidades em vários genes e as células do ducto aparentam mais anormalidades.

Os pesquisadores também estão estudando novos exames para a detecção de outras alterações genéticas adquiridas em condições pré-cancerígenas. Uma das alterações mais comuns no DNA afeta o oncogene KRAS e altera o controle do crescimento celular. Novos exames de diagnóstico são capazes de reconhecer essa mudança em amostras de suco pancreático coletados no momento da colangiografia pancreática endoscópica retrógrada (ERPC).

Por enquanto, exames de imagem como ultrassom endoscópico, ERCP e testes genéticos para alterações em determinados genes, como KRAS, são opções para pacientes com forte histórico familiar. Mas esses exames não são indicados para pessoas assintomáticas com risco médio de contrair a doença.

Outros testes estão verificando se grupos de proteínas encontradas no sangue podem ser usadas para diagnosticar o câncer de pâncreas precocemente, quando é provável que seja mais fácil de ser tratado. Alguns resultados preliminares com esta abordagem são promissores, mas ainda são necessárias mais pesquisas para confirmar sua eficácia.

Tratamento

O principal foco das pesquisas é encontrar melhores tratamentos para o câncer de pâncreas. O principal objetivos é melhorar as técnicas cirúrgicas e a radioterapia, assim como determinar a melhor combinação de tratamentos para pacientes em diferentes estágios da doença.

  • Cirurgia

A cirurgia para retirar o tumor, na maioria das vezes com a técnica de Whipple, é longa e complexa, pode ser difícil tanto para o cirurgião como para o paciente, além de requerer uma longa internação hospitalar. Uma abordagem mais recente é a cirurgia por laparoscopia, que possibilita uma rápida recuperação. Mas, ainda assim é uma cirurgia complexa.

  • Radioterapia

Alguns estudos estão verificando novas formas de administrar a radioterapia para o câncer de pâncreas. Entre elas, a radioterapia intraoperatória e a radioterapia com feixe de prótons.

  • Quimioterapia

Muitos ensaios clínicos estão em fase de teste de novas combinações de drogas quimioterápicas para o câncer de pâncreas. Muitos estudos estão avaliando  se a combinação de gemcitabina com outros medicamentos pode aumentar a sobrevida dos pacientes. Outros novos medicamentos quimioterápicos também estão sendo testados, assim como novas combinações com tipos mais recentes de medicamentos.

  • Terapia alvo

A procura de novos alvos para atacar células cancerígenas é uma área ativa de pesquisa:

Inibidores do fator de crescimento. Diversos tipos de células cancerígenas, incluindo as células do câncer de pâncreas, têm moléculas em sua superfície que as ajudam a crescer. Essas proteínas são chamadas receptoras do fator de crescimento. Um exemplo é o receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR). Vários medicamentos com o alvo EGFR estão em estudo, um deles é o erlotinibe, que já está em uso junto com gemcitabina.

Fatores antiangiogênese. Todos os tipos de câncer dependem de novos vasos sanguíneos para nutrir seu crescimento. Para bloquear o crescimento desses vasos os estudos estão centrados em novos medicamentos antiangiogênese, que já se encontram em fase de testes em ensaios clínicos.

  • Imunoterapia

As terapias imunológicas estimulam o sistema imunológico a atacar as células cancerígenas. Alguns estudos sobre estes tratamentos mostraram resultados promissores.

Anticorpos monoclonais. Uma forma de imunoterapia usa anticorpos monoclonais sintéticos em pacientes. Essas proteínas do sistema imunológico são produzidas em moléculas específicas, como o antígeno carcinoembrionário (CEA), que às vezes é encontrado na superfície das células cancerígenas do pâncreas. Atualmente, esse tipo de tratamento está disponível apenas em ensaios clínicos.

Vacinas. Vários tipos de vacinas para estimular a resposta do sistema imunológico do organismo às células cancerígenas do pâncreas estão sendo testados em estudos clínicos. Ao contrário das vacinas contra infecções, como o sarampo, essas vacinas são desenvolvidas para tratar o câncer de pâncreas. Uma possível vantagem desse tratamento é que os efeitos colaterais são limitados. Atualmente, as vacinas estão disponíveis apenas em estudos clínicos.

Medicamentos que têm como alvo pontos de controle do sistema imunológico. O sistema imunológico normalmente mantém pontos de controle, para proteger as células normais, que precisam ser ativados ou desativados para iniciar uma resposta de ataque. Às vezes, as células cancerígenas encontram formas de usar esses pontos para evitarem ser atacadas pelo sistema imunológico. Novos medicamentos que atuam sobre esses pontos de controle têm mostrado resultados promissores no tratamento de alguns tipos de câncer, e, atualmente, estão sendo estudados para uso no tratamento do câncer de pâncreas.

  • Individualização do tratamento

Alguns medicamentos parecem funcionar melhor se certos tipos de mutações puderem ser encontradas no tumor de um paciente. Por exemplo, o erlotinib pode funcionar melhor em pacientes cujos seus tumores têm uma alteração específica no gene para EGFR. Esse conceito é uma área de intenso estudo. Também pode haver algumas alterações genéticas que afetam à gemcitabina de agir em um determinado paciente. A identificação de marcadores que possam prever o quanto um medicamento vai responder antes de ser administrado é uma importante área de pesquisa em muitos tipos de câncer.

Fonte: American Cancer Society (11/02/2019)








  





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abs

Carla 

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