14 de maio de 2020
A policitemia vera produz células sanguíneas demais e afeta o bom funcionamento do sistema circulatório
A policitemia vera pertence à categoria das chamadas doenças mieloproliferativas, que se manifestam na medula óssea e provocam uma produção excessiva de células sanguíneas. Não se trata de um câncer. É diferente do que acontece com as leucemias, que afetam células-tronco jovens da medula – e não adultas. A policitemia vera faz com que o corpo produza mais glóbulos vermelhos do que precisa, deixando o sangue “grosso”. Esse espessamento pode provocar alterações no fluxo da corrente sanguínea, levando a problemas circulatórios.
O que você precisa saber? Fatos importantes sobre a policitemia vera.
- Não tem cura e é grave.
- Requer acompanhamento e tratamento, pois pode causar infarto, AVC e trombose.
- Transplante de medula óssea não é uma opção de tratamento.
- Pode virar LMA, leucemia mieloide aguda, em 5% a 10% dos casos.
- Também há risco de evoluir para mielofibrose.
Como a medula óssea funciona?
- Ela fabrica os componentes do sangue.
- As responsáveis por essa linha de produção são as células-tronco.
- Os glóbulos vermelhos transportam o oxigênio, os glóbulos brancos defendem o corpo de infecções e as plaquetas atuam na coagulação.
- Em condições normais, essas células sanguíneas nascem, amadurecem e são liberadas na corrente sanguínea quando estão prontas (maduras) para desempenhar suas funções.
- As doenças mieloproliferativas, como a policitemia vera, descontrolam justamente esse ritmo de produção e inundam o sangue com mais células do que o necessário.
O que causa a policitemia vera?
Segundo o médico, é uma doença sem cura, rara e não hereditária, mais comum entre idosos, embora hajam casos diagnosticados em jovens de até 12 anos de idade. Pelas estatísticas, há 0,5 a 1 caso por 100 mil habitantes por ano, com média de idade de 70 anos. O diagnóstico requer exames minuciosos.
De olho nos sintomas
Os sintomas da policitemia vera nem sempre se manifestam. Entre os mais leves estão: tontura, dor de cabeça, visão turva, cansaço, vermelhidão, coceira e queimação em mãos e pés, além de perda de apetite (e peso), suor noturno, sangramento de nariz e febre. Nos casos mais graves, pode gerar obstruções circulatórias, causar infarto (coração), AVC (cérebro) e diferentes tromboses.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
https://revista.abrale.org.br/
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