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sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Diabetes: Como escolher um medidor de glicose?

Como escolher um medidor de glicose?

O que eu preciso saber quando vou escolher um medidor para acompanhar mais de perto minha glicose no sangue?

Ter um medidor de glicose faz parte do tratamento de quem tem diabetes. Algumas pessoas necessitam fazer suas medições com mais frequência do que outras. A auto-monitorização da glicose no sangue é recomendada para todos com diabetes, mas especialmente para aqueles que tomam insulina. A quantidade de vezes que você deverá fazer os testes de glicose deve ser baseada na recomendação do seu médico.

As medições de sua glicose no sangue devem ser realizadas antes das refeições, 2 horas após as refeições, antes de deitar e sempre que sentir algum sinal ou sintoma de Hiper ou Hipoglicemia. É muito importante que você não faça nenhuma correção de sua glicemia sem antes fazer a medição.

Porque devo usar um medidor de glicose?

Os medidores de glicose são ferramentas de tomada de decisão e por este motivo, precisam apresentar resultados confiáveis. Ele é usado para:

Decidir a dose de insulina a ser aplicada no momento;
Verificar se a medicação esta sendo eficaz no tratamento;
Verificar se a alimentação esta impactando em seus níveis de glicose no sangue;
Verificar os níveis de glicose antes, durante e após a atividade física.

Descubra no vídeo abaixo a Importância do Automonitoramento dos Níveis de Glicose:

Algumas atitudes do usuário, também, podem interferir nos resultados dos testes, como por exemplo:

Sujeira ou resto de comida nas mãos;
Mãos molhadas com água ou álcool;
Armazenamento incorreto das tiras;
Falta de codificação ou troca do chip;
Uso de fitas vencidas.

E aí? Qual a melhor opção?

Existem cerca de 72 modelos de medidor de glicose no Brasil. Muitas pessoas tem dúvidas sobre como fazer uma boa escolha.

A ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária é o órgão que regulamenta e aprova os medidores que são vendidos no comércio e nas instituições públicas.

Em 2014 o INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia analisou 15 modelos diferentes de glicosímetros comercializados no Brasil, e apresentou um relatório sobre a análise dos manuais de instrução de uso de glicosímetros e seus acessórios (para acessar o relatório na integra, CLIQUE AQUI{http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/glicosimetro.pdf}).

Os resultados deste estudo demonstraram que os usuários não conseguem utilizar o produto de forma adequada, com as informações fornecidas nas instruções de uso, sinalizando um possível risco não controlado, ou seja, possibilitando o erro tanto na execução do teste, como na interpretação dos resultados.

Os medidores de glicose comercializados devem atender os critérios da ISO 15.197:2013. Estes critérios passaram a ser cobrados no final de maio de 2017, tempo necessário para adaptação dos fabricantes, para minimizar erros de resultado, uso e interpretação. Conheça abaixo quais são estes critérios:

Precisão: também conhecida como acuracidade, que é saber se os resultados dos medidores são tão precisos como os resultados de análises de sangue realizadas no laboratório. No laboratório se utiliza somente a parte branca do sangue, já o medidor utiliza o sangue total (parte branca e vermelha). Pela ISO, é aceitável uma diferença de até +/- 15% para resultados acima de 100 mg/dL e +/- 15 mg para resultados abaixo de 100 mg/dL.
Resultados imprecisos podem gerar erros, tais como: apresentar um valor acima do real, fazendo com que o paciente use uma dose de insulina maior que o necessário, podendo provocar uma crise de hipoglicemia.
Facilidade de utilização: alguns medidores precisam de chip ou código para poder realizar o teste e fornecer o resultado corretamente. Os modelos mais modernos, já vem codificado de fábrica, evitando assim erros de resultados devido a falta de codificação adequada.
Em nosso canal do YouTube você tem disponível vídeos de como manusear os medidores de glicose.
Instruções rápidas de uso: é notório que a grande maioria das pessoas NÃO leem os manuais dos seus aparelhos e equipamentos, desta maneira, para minimizar erros de manuseio dos medidores de glicose, pelas pessoas leigas, todo medidor de glicose deve ser acompanhado de um pequeno manual, com ilustrações de como deve ser usado pelo usuário leigo.
Interferência de outras substâncias: como estes medidores usam o sangue total. Certos medicamentos, excesso de triglicerídeos, quantidade de hemácias (células vermelhas do sangue), entre outros, podem interferir no resultado, subestimando ou superestimando o mesmo, levando ao paciente a tomar decisões erradas no tratamento.

Outras características que devem ser observadas são:

Portabilidade: se você levar o seu medidor com você, tenha certeza de que ele é pequeno e portátil. A maioria dos medidores vêm com um estojo que tem espaço para suas tiras, lancetas e lancetador.

Velocidade: se você verifica sua glicose no sangue várias vezes ao dia, você precisa de um medidor que mostre os resultados mais rápido.

Tamanho da amostra: a quantidade de sangue necessária para realizar o teste é muito importante. Quanto menor a gota de sangue necessária para o teste, mais confortável é a punção e mais higiênico é o seu teste.

Custo das tiras: quando se faz muitos testes durante o dia é muito importante escolher um medidor que tenha tiras com melhor custo-benefício.

Memória de resultados: se você precisa discutir os resultados de seus testes com sua equipe de saúde, escolha um medidor que tenha uma boa capacidade de armazenamento de resultados.