Cerca de 5% de todos os cânceres em homens e 10% dos que são diagnosticados em mulheres são causados pelo HPV, que atinge mais de 630 milhões de pessoas (uma a cada dez), segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
No Brasil, estima-se que entre nove e dez milhões de pessoas sejam portadoras do vírus e que 700 mil novos casos sejam registrados a cada ano.1
Pesquisa realizada com moradores de 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal identificou que 54,6% dos que participaram do exame de tipagem apresentavam infecção por HPV, sendo 38,4% portadores de HPV de alto risco para o desenvolvimento de câncer. A idade média dos participantes foi de 20,6 anos. A maioria informou estar em uma relação afetiva estável: 41,9% namorando; 33,1% casados (ou morando com o(a) parceiro(a)). O restante estava sem relacionamento, sendo solteiro (24,2%) ou divorciado (0,7%).15
O HPV
OS HPVS SÃO RESPONSÁVEIS POR ESTES NÚMEROS ALARMANTES3:
SOBRE A VACINA
Os estudos pré-lançamento das vacinas demonstraram alta eficácia (98%) na prevenção dos tipos de HPV 6, 11, 16 e 18. Eles são responsáveis, respectivamente, por 70% dos casos de câncer de colo do útero e 90% das verrugas genitais - importante problema de saúde pública.
A vacina contra o HPV já foi inserida nos calendários públicos de vacinação de 74 países. Em alguns, desde 2006.11
Em todo o mundo, já foram aplicadas mais de 270 milhões de doses.12
A vacina é considerada extremamente segura pelo Comitê Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas (GACVS, na sigla em inglês), órgão independente que auxilia a Organização Mundial da Saúde (OMS) na tomada de decisões. O risco de anafilaxia (reação alérgica grave) foi estimado em aproximadamente 1,7 casos para cada milhão de doses aplicadas, e a síncope (desmaio) foi estabelecida como uma consequência da ansiedade ou do estresse causado pelo medo da injeção. A reação é comum e pode acontecer com qualquer vacina.13
Não existe a prática rotineira de triagem para outros tipos de câncer relacionados ao HPV (para mulheres ou homens)como existe para o de colo do útero, o que muitas vezes impede o diagnóstico precoce de lesões silenciosas que podem evoluir para o câncer. Este é mais um motivo que faz da vacinação uma grande aliada da sua saúde.
CONQUISTAS
Países com altas coberturas vacinais e longo tempo de vacinação já colhem os primeiros resultados.
Os dados de vigilância precoce mostram um impacto positivo na redução da incidência de verrugas genitais e do câncer do colo do útero nos anos seguintes à introdução da vacinação contra o HPV nos programas de vacinação feminina:
1. Na Inglaterra, onde meninas de 12 a 18 anos são vacinadas desde 2008, houve redução da ocorrência da infecção pelos HPVs 16 e 18 e de verrugas genitais em 75%, 86% e 62%, respectivamente.
2. Na Austrália, onde a vacina é oferecida desde 2006 para meninas de 9 a 26 anos e para meninos de 9 a 13 anos, registra-se desde 2013:
A vacina contra o HPV já foi inserida nos calendários públicos de vacinação de 74 países. Em alguns, desde 2006.11
Em todo o mundo, já foram aplicadas mais de 270 milhões de doses.12
A vacina é considerada extremamente segura pelo Comitê Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas (GACVS, na sigla em inglês), órgão independente que auxilia a Organização Mundial da Saúde (OMS) na tomada de decisões. O risco de anafilaxia (reação alérgica grave) foi estimado em aproximadamente 1,7 casos para cada milhão de doses aplicadas, e a síncope (desmaio) foi estabelecida como uma consequência da ansiedade ou do estresse causado pelo medo da injeção. A reação é comum e pode acontecer com qualquer vacina.13
Não existe a prática rotineira de triagem para outros tipos de câncer relacionados ao HPV (para mulheres ou homens)como existe para o de colo do útero, o que muitas vezes impede o diagnóstico precoce de lesões silenciosas que podem evoluir para o câncer. Este é mais um motivo que faz da vacinação uma grande aliada da sua saúde.
CONQUISTAS
Países com altas coberturas vacinais e longo tempo de vacinação já colhem os primeiros resultados.
Os dados de vigilância precoce mostram um impacto positivo na redução da incidência de verrugas genitais e do câncer do colo do útero nos anos seguintes à introdução da vacinação contra o HPV nos programas de vacinação feminina:
1. Na Inglaterra, onde meninas de 12 a 18 anos são vacinadas desde 2008, houve redução da ocorrência da infecção pelos HPVs 16 e 18 e de verrugas genitais em 75%, 86% e 62%, respectivamente.
2. Na Austrália, onde a vacina é oferecida desde 2006 para meninas de 9 a 26 anos e para meninos de 9 a 13 anos, registra-se desde 2013:
- 59% de redução no diagnóstico de verrugas genitais em mulheres.
- 48% de queda na incidência de lesões do colo do útero de alto grau (risco de evolução para o câncer) em meninas com menos de 18 anos.
- 88% de redução nas taxas de infeção oral por HPV.14
ONDE SE VACINAR
Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS): Meninas de 9 a 14 anos, meninos de 11 a 14 anos, pessoas com HIV/Aids, bem como pacientes oncológicos e transplantados de 9 a 26 anos podem receber a vacina gratuitamente.
Pessoas que não fazem parte dos grupos contemplados pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) podem se vacinar nas clínicas privadas de vacinação:
• HPV4 (contra quatro tipos de HPV): licenciada para meninas e mulheres de 9 a 45 anos de idade e meninos e homens de 9 a 26 anos.
A vacinação de homens e mulheres fora da faixa etária de licenciamento das vacinas fica a critério médico.10
RECOMENDAÇÕES
Para que a proteção seja eficaz, é necessário receber todas as doses e seguir os intervalos de aplicação corretamente.
RECOMENDAÇÕES
• A vacinação deve ser iniciada o mais cedo possível, a partir do 9 anos de idade.
• São recomendadas duas ou três doses na dependência da idade de início da vacinação.
• Para meninas e meninos de 9 a 14 anos, 11 meses e 29 dias são duas doses com intervalo de seis meses entre elas (0-6 meses).
• A partir dos 15 anos, são três doses: a segunda, um a dois meses após a primeira, e a terceira, seis meses após a primeira dose (0 -1 a 2 – 6 meses).
• Independentemente da idade, para meninas e mulheres imunodeprimidas por razão de doença ou tratamento, o esquema recomendado é obrigatoriamente o de três doses: 0 – 1 a 2 – 6 meses.
RESULTADOS
Em países que adotaram a vacinação há uma década os estudos já mostram a diminuição de casos das doenças causadas pelo HPV na população vacinada.8,9
QUANDO SE VACINAR
A vacinação deve acontecer o mais cedo possível, a partir dos 9 anos de idade.4,5
O objetivo é garantir a proteção antes que ocorra a primeira relação sexual. Estudos mostram que 46% das mulheres e 60% dos homens contraem o HPV de dois a três anos após o início da atividade sexual.
Mas adultos também podem se beneficiar da vacinação.10
DÚVIDAS
Para a transmissão do vírus é preciso haver penetração?
Não, para a transmissão do HPV basta o contato com a pele infectada, ou seja, não é necessário haver sexo com penetração. O uso de preservativos (camisinha) continua muito importante, mas no caso do HPV não é totalmente eficaz.
Homens que fizeram circuncisão têm menor risco de serem infectados?
A área sob o prepúcio - pele que recobre a glande (cabeça) do pênis - pode fornecer um ambiente favorável para a sobrevivência do vírus. Mas isso não quer dizer que homens circuncidados possam se descuidar da proteção.
A vacinação elimina a necessidade de fazer o exame preventivo?
O exame ginecológico preventivo (Papanicoloau) possibilita o rastreamento de lesões assintomáticas que podem evoluir malignamente. Ele é recomendado mesmo para mulheres que se vacinaram, uma vez que as vacinas previnem os principais tipos de HPV relacionados ao câncer do colo do útero, mas não todos.
Esteja atento/atenta! Se perceber algo diferente, procure o seu médico.
REFERÊNCIAS
• 1 Sociedade Brasileira de Imunizações.
• 2 Impacto global do papilomavirus humano e doenças relacionadas
• 3 Relação causal entre HPV e câncer.
• 4 Sociedade Brasileira de Imunizações.
• 5 SBIm - Perguntas e respostas sobre a vacinação contra o HPV.
• 6 HIV/AIDS Guia de imunização SBIm/SBI.
• 7 Asma, alergia e imunodeficiências: Guia de Imunização SBIm/ASBAI.
• 8 Resultados na Austrália.
• 9 Resultados nos EUA.
• 10 Calendário de Vacinação SBIm Adulto.
• 11 Mapa de produção Vacinas e produtos biológicos (IVB), Organização Mundial da Saúde
• 12 Atualização sobre a segurança das vacinas contra o HPV
• 13 Taxa observada de reações de vacinas - HPV
• 14 HPV - Manual Australiano de Imunizações
• 15 Dados preliminares do projeto POP-Brasil-Estudo Epidemiológico sobre a Prevalência Nacional de Infecção pelo HPV (Ministério da Saúde / Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre - divulgação 27/11/2017).
• 2 Impacto global do papilomavirus humano e doenças relacionadas
• 3 Relação causal entre HPV e câncer.
• 4 Sociedade Brasileira de Imunizações.
• 5 SBIm - Perguntas e respostas sobre a vacinação contra o HPV.
• 6 HIV/AIDS Guia de imunização SBIm/SBI.
• 7 Asma, alergia e imunodeficiências: Guia de Imunização SBIm/ASBAI.
• 8 Resultados na Austrália.
• 9 Resultados nos EUA.
• 10 Calendário de Vacinação SBIm Adulto.
• 11 Mapa de produção Vacinas e produtos biológicos (IVB), Organização Mundial da Saúde
• 12 Atualização sobre a segurança das vacinas contra o HPV
• 13 Taxa observada de reações de vacinas - HPV
• 14 HPV - Manual Australiano de Imunizações
• 15 Dados preliminares do projeto POP-Brasil-Estudo Epidemiológico sobre a Prevalência Nacional de Infecção pelo HPV (Ministério da Saúde / Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre - divulgação 27/11/2017).
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
Onda Contra Câncer (ondacontracancer.com.br)
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